Para algumas pessoas, fechar aplicações no smartphone é algo quase automático. Carregam duas vezes no botão Home do iPhone ou carregam no botão “multitasking” do Android e toca de fechar aplicações.

Tudo fechadinho, estamos a poupar muita bateria, certo? NÃO! Está errado!

Já foi confirmado pela Google e até pela Apple, que fechar as aplicações não vai ajudar na poupança de bateria, aliás, só vai piorar. Portanto, quando as próprias empresas dizem isto… Provavelmente não precisa de mais informação, mas vamos tentar explicar um pouco.



Afinal, como é que funciona o gestor de recursos do iOS e do Android?

No iOS da Apple, por exemplo, as aplicações podem estar em 1 de 5 estados a qualquer momento. No Android, o sistema é muito similar, por esse motivo não vale a pena explicarmos duas vezes o funcionamento. A ideia é que entendam este conceito.

  • Parada: A aplicação não está em funcionamento.
  • Activa: A aplicação está em funcionamento no ecrã.
  • Inativa: Esta é uma fase de transição, em que a Aplicação está no ecrã mas não está a fazer nada, enquanto muda para outra aplicação.
  • Segundo Plano: Quando uma aplicação não está no ecrã, mas está a funcionar. Como por exemplo, a fazer refresh à sua lista de emails.
  • Suspensa: A aplicação está em segundo plano, mas não está a fazer nada. Está apenas em memória.

Gestão de memória automática

Tanto no Android da Google como no iOS da Apple, temos algoritmos de gestão de memória. De forma a usar eficientemente os recursos dos nossos aparelhos, sem termos de mexer um único dedo.

Assim, a sua grande missão é fechar aplicações que precisam de ser fechadas. Normalmente aquelas que estão inativas há muito tempo e que estão a usar recursos como memória ou bateria que simplesmente não deviam.

Estes algoritmos são muitos bons a perceber aquilo que precisamos, seja o refresh de um aplicação, voltar a abrir, etc… Tudo de maneira automática!

É que caso não saiba, existem várias vantagens ao deixar as aplicações abertas

Afinal, aplicações que já estão na memória abrem mais rapidamente, do que uma aplicação encerrada.

É no fundo, um pouco como abrir o seu portátil que estava em “sleep”. Em vez de o ligar ou reiniciar. Ou seja, é muito melhor deixar o sistema funcionar à sua maneira, do que obrigar a encerrar e voltar abrir certas aplicações.

Assim, numa questão de poupança de bateria, é pior voltar a abrir uma aplicação de início, do que ‘acordar’ uma que esteja inativa na memória. A memória RAM do seu smartphone é para ser usada! Para que serve ter 6GB, 8GB ou até 12GB de RAM no seu aparelho, se passa a vida a fechar as apps?

Então, como é que posso poupar bateria, sem fechar aplicações?

Se quer mesmo poupar bateria, há imensas coisas, bem mais eficazes que pode fazer! Ora veja:

  • Diminuir o brilho do ecrã.
  • Desligar o ‘refresh’ automático das aplicações em segundo plano.
  • Modos de baixo consumo (Existem em ambos os sistemas operativos).
  • Desligar o acesso à sua localização para as aplicações que não precisem.
  • Etc…

Até podem ligar o modo de avião se estiverem mais aflitos, mas o que importa no meio de tudo isto, é que não faz sentido fechar aplicações só porque sim. Ah e aquelas aplicações estilo “Clean Master”… Cada vez que uma pessoa instala uma aplicação dessas. Morre um bichinho fofinho, algures no globo.


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