Considerado um recurso necessário para grande parte da população em busca da casa própria, o financiamento de imóveis pela Caixa Econômica Federal (CEF) tem sofrido alterações consideráveis em suas regras nos últimos anos. Estas mudanças, somadas à falta de informação e algumas vezes até mesmo de planejamento financeiro, leva muitas pessoas a adiar ou até mesmo cancelar o sonho de ter “um lugar para chamar de meu”.

A novidade divulgada pela Caixa de ampliar o financiamento para até 80% do valor de imóveis usados por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) promete reaquecer as vendas de imóveis no País e estimular a realização do sonho da casa própria. Confira o que mudou, quais os impactos e como você pode aproveitar dessas alterações para ter o imóvel que você sempre quis ainda em 2016!

O que é o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e a diferença para o SFI

Para ficarem mais claras as medidas adotadas pela Caixa entre 2015 e 2016 é importante entender o que é SFH (Sistema Financeiro de Habitação). Afinal, é por meio deste sistema que é disponibilizada a maior parte do crédito para financiar imóveis no Brasil. Além disso, fois o SFH que sofreu alterações nas regras anunciadas pela CEF.

Existem dois sistemas de financiamento: o SFH e SFI (Sistema Financeiro Imobiliário). O primeiro deles tem como recurso de crédito, tanto para o financiamento de compra quanto de construção de imóveis com cunho residencial, contas do FGTS e da Poupança. Para solicitá-lo é necessário se enquadrar em alguns critérios específicos do sistema que inclui, por exemplo, um preço máximo para o imóvel que será financiado.

Das vantagens do uso desta modalidade estão a taxa de juros anual fixa e a definição de um valor máximo de cobrança pela instiuição financeira para administrar o financiamento contratado. Por isso ele acaba sendo a melhor opção para quem quer financiar um imóvel na maior parte dos casos.

Já o SFI abrange os imóveis que não se enquadram nas regras delineadas para o uso do SFH. Como recurso de crédito para esta opção estão os fundos de renda fixa, seguradoras, fundos de pensão e bancos de investimentos.

Não é permitido utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para amortizar a dívida e não há definição estabelecida sobre a taxa de juros cobrada pela instituição financeira que conceder o financiamento. Apesar de haver limites predefinidos no Código de Defesa do Consumidor em relação a contratos de aquisição de imóveis por meio de financiamentos, as operações nesta modalidade são relativamente livres.

Medidas adotadas pela Caixa em 2015 e o impacto no sonho da casa própria

Em abril de 2015, com a intenção de conseguir lidar melhor com a redução do montante disponível na poupança – principal fonte de recursos para o SFH, a Caixa fez alterações consideráveis nas regras  do sistema. Dentre elas, a redução do limite de financiamento de imóveis usados pelo SFH a 50% – o que exigia do interessado em comprar a casa própria ter a outra metade do valor do imóvel para pagar a vista.

Fonte: IBRAFI – Instituto Brasileiro de Estudos Financeiros e Imobiliários

Ao colocar na “ponta do lápis” o montante do financiamento, a negociação se tornou inviável para muitos. Em consequência disso e da instabilidade econômica no País, o mercado imobiliário foi afetado como um todo – assim como os planos de ter uma casa própria.

Para diminuir os impactos da medida, o banco foi beneficiado em 2015 com a liberação de recursos do FGTS em linhas especiais de crédito. Com isso a Caixa permaneceu líder absoluta no mercado de crédito para financiamento imobiliário no ano, detendo 67,2% de participação. Em valores, isso representou mais de R$ 91 milhões. Foram mais de 792 mil unidades financiadas que beneficiaram 2,9 milhões de pessoas no Brasil, segundo a própria instituição financeira.

O que muda em 2016 no financiamento pela Caixa  

No dia 08 de março de 2016, durante a divulgação do balanço financeiro anual (2015) pela presidente do banco, Miriam Belchior, a CEF anunciou novidades: frente aos bons resultados e a possibilidade de um impacto negativo ainda maior que o apresentado no começo de 2016, o FGTS, em parceria com a Caixa, disponibilizou mais recursos que prometem reaquecer o mercado. Com isso foi possível à CEF ampliar o percentual máximo da cota de financiamento – caso utilizado o Sistema de Amortização Constante (SAC). Confira os percentuais alterados pela Caixa:

Fonte: Caixa Econômica Federal

A intenção, segundo Belchior, é ampliar em 13% o volume de contratações de financiamento para 2016. Isso corresponde a mais 64 mil habitações em relação a 2015, sendo 29,7 mil provenientes de recursos do FGTS e 34,3 mil da poupança. Uma ótima oportunidade para você conseguir realizar o sonho da casa própria!

Quem já possui um imóvel financiado também pode comemorar!

O banco público também reativou a possibilidade de compra do segundo imóvel por meio do financiamento. As taxas de juros e prazos definidos são os mesmos determinados para quem comprará o primeiro. Boas novas, não é mesmo?

 

O que você achou das mudanças nas regras para financiamento de imóveis pela Caixa? Aproveite o espaço para comentários e compartilhe as suas dúvidas sobre financiamento com a gente!


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