Depois de muita espera, a versão final do Oculus Rift está pronta e com previsão de entrega para março de 2016. A expectativa pelo produto tem seu motivo: desde o ‘boom’ gerado pela campanha no Kickstarter, em 2012, o dispositivo de realidade virtual passou por várias atualizações, teve datas de lançamento adiadas e chegou a ser desconsiderado por especialistas de tecnologia.

Conheça os óculos de realidade virtual mais esperados para 2016

Conheça a trajetória do gadget da Oculus VR e veja o que esperar do aparelho que promete revolucionar o mundo dos games e das simulações, com ajuda do controle do Xbox One, um sensor e o Oculus Remote

Conheça todas as versões do Oculus Rift (Foto: Divulgação/Oculus VR)

Desenvolvimento e primeiro protótipo

O Oculus Rift foi idealizado por Palmer Luckey, que começou a trabalhar no gadget em 2009, na garagem de casa. O primeiro protótipo foi finalizado dois anos mais tarde, quando o desenvolvedor tinha 18 anos.

Em 2012, o projeto começou a tomar corpo de verdade e foi apresentado no Sundance Film Festival. Alguns meses depois, Luckey conheceu o programador John Carmack, com quem criou a Oculus VR, em julho. Já em agosto, a dupla lançou a campanha no Kickstarter, que trazia o conceito ilustrado abaixo.

Modelo conceitual do Rift, divulgado no Kickstarter (Foto: Divulgação/Oculus VR)

Na época, o headset anunciado tinha entre suas especificações técnicas o rastreamento óptico com 6 graus de liberdade (DoF), em latência ultra baixa. A tela de LCD de 5,6 polegadas ostentava resolução de 1280 x 800 pixels (640 x 800 por olho), visualizada através de lentes duplas, que produziam campo de visão de 90 graus horizontal e 110 diagonal e davam “o efeito 3D mais realista da atualidade”, segundo os desenvolvedores.

Download grátis do app do TechTudo: dicas e notícias de tecnologia no seu Android ou iPhone

O Rift de 2012 vinha com entradas DVI/HDMI e USB, pesava 220g e era compatível com plataformas móvel e PC. O acessório, que foi vendido por preços a partir de US$ 275 (cerca de R$ 560 na época), acompanhava uma cópia do DOOM 3 BFG, jogo desenvolvido pelo próprio John Carmack especialmente para o gadget da Oculus.

Protótipo 2

Durante a GamesCom 2012, a Oculus apresentou um segundo protótipo. Tampado por uma fita adesiva, o modelo já trazia o design retangular exibido no DK1. As especificações técnicas eram basicamente as mesmas. A exibição teve por objetivo apenas aproximar o Rift de seu público-alvo, os gamers.

Protótipo do Rift apresentado na GamesCom 2013 (Foto: Reprodução/YouTube)

DK1

O DK1 foi o modelo de fato entregue aos 9.522 apoiadores da campanha no Kickstarter, que alcançou arrecadação de mais de US$ 2,4 milhões. Os modelos comprados através do financiamento col

... etivos foram enviados a partir de março de 2013. A empresa também vendeu o kit através de seu próprio site, por US$ 300.
DK1, primeiro Rift entregue a desenvolvedores e apoiadores da campanha no Kickstarter (Foto: Divulgação/Oculus VR)

No primeiro modelo para desenvolvedores, a tela de 1.280 x 800 pixels tinha 7 polegadas. Fatores como taxa de atualização e tempo de comutação de pixel melhoraram em relação ao protótipo original, reduzindo a latência e o borrão ao movimentar a cabeça rapidamente. Com o aumento do display, o 3D passou a não se sobrepor e tanto o olho esquerdo quanto o direito ganhou maior campo de visão.

Outro aspecto técnico que melhorou foi o rastreamento óptico. Nos primeiros protótipos, o dispositivo corria a 250 Hz, enquanto no DK1 a taxa era de 1000 Hz. A atualização incluiu lentes intercambiáveis, permitindo a correção de dioptrias simples. Fora isso, o aparelho ficou 30 gramas mais pesado que a primeira versão.

Protótipo HD

Em junho de 2013, a Oculus apresentou uma versão do Rift com tela 1080p na E3, Electronic Entertainment Expo. O modelo veio para dar uma resposta à principal crítica ao gadget, a baixa resolução do display.

O acréscimo fez com que os objetos no mundo virtual ficassem mais nítidos, especialmente à distância. O protótipo, porém, não chegou a virar um kit de desenvolvimento.

Protótipo do Oculus Rift HD, apresentado em 2013 (Foto: Divulgação/Oculus VR)

Crystal Cove

A CES 2014 viu mais um update do Rift, chamado Crystal Cove Prototype. A grande mudança era a substituição do LCD por OLED. A mudança de tecnologia ajudou a reduzir a latência do headset, garantindo mais velocidade de resposta aos movimentos do usuário.

Esta versão também ganhou um sistema de rastreamento de movimentos. O corpo do aparelho recebeu mais de vinte pontos de infravermelhos, que são acompanhados por uma câmera, garantindo que o gadget entenda onde está a cabeça do usuário. Isso reduziu o mal-estar que muitos sentiram ao se movimentarem usando o Rift.

Qual óculos de realidade virtual vale a pena comprar? Comente no Fórum do TechTudo

Crystal Cove, protótipo do Rift apresentado na CES 2014 (Foto: Divulgação/Oculus VR)

DK2

Em março de 2014 a Oculus abria para encomenda o DK2, que começaria a ser enviado aos compradores em julho do mesmo ano. Uma das principais evoluções em relação ao DK1 foi no display, que passou de um LCD de 640 x 800 pixels por olho para um OLED com 960 x 1080 pixels/olho. A taxa de atualização também subiu de 60 Hz para até 75 Hz e, assim como no Crystal Cove, o DK2 recebeu sensores infravermelho.

DK2, segundo kit do Rift para desenvolvedores, foi vendido em 2014 (Foto: Divulgação/Oculus VR)

A versão continuou com o rastreamento interno a 1000 Hz e as portas HDMI e USB. Os acessórios inclusos no segundo kit foram o adaptador HDMI-DVI, adaptador de carregamento, plugs de carregamento, par de lentes para olhos míopes e pano para limpar lentes. O DK2 ficou significativamente mais pesado, com 40g.

Crescent Bay Prototype

Em julho de 2014, o Facebook fechou a compra da Oculus VR por US$ 2 bilhões. Apenas dois anos depois, a companhia trazia ao público mais uma atualização do device VR, batizado de Crescent Bay Prototype. Uma das maiores mudanças do modelo foi a capacidade de seguir os movimentos da cabeça em 360º, graças à presença de LEDs de rastreamento na traseira.

Crescent Bay Prototype, versão do Rift lançada logo após compra da Oculus pelo Facebook (Foto: Divulgação/Oculus VR)

Outra inovação foram os fones de ouvido com áudio 3D e a incorporação da tecnologia RealSpace 3D, que conta com algoritmos de reverberação que funcionam com o corpo do usuário. O resultado é uma maior imersão e aumento da sensação de realismo em jogos de realidade virtual.

Consumer Edition

A Consumer Edition, também chamada simplesmente de versão final, é a que está à venda desde janeiro de 2016. O aparelho será enviado a partir de 28 de março para quem comprou o gadget pelo site da Oculus. Vale lembrar que não há entrega no Brasil.

Anunciado em maio de 2015, o Rift versão de consumidor possui duas telas OLED que, combinadas, geram resolução de 2160 x 1200 pixels. A taxa de atualização pulou para 90 Hz e o headset ficou mais leve, aumentando o conforto do usuário.

Consumer Edition, versão final do Rift, é vendida por US$ 599 (Foto: Divulgação/Oculus VR)

Além disso, o óculos de realidade virtual manteve os avanços do Crescent Bay Prototype, combinando rastreamento de movimento em 360º, áudio 3D e baixa latência. O kit final, que custa US$ 599 (cerca de R$ 2.400), vem com câmera de monitoramento externo, Oculus Remote e controlador de Xbox One, além do próprio Rift.



>>> Veja o artigo completo no TechTudo

Sobre Gerência Imóveis

A primeira plataforma que conecta o proprietário à imobiliária e/ou corretor de imóveis com o foco em potencializar as vendas e torná-las mais seguras maximizando o tempo do corretor.