Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah (KAUST), na Arábia Saudita, estão investigando o uso de lasers para tornar o Wi-Fi mais rápido. A tecnologia conta com um nanocristal que ajuda a acelerar a troca de dados em redes sem fio que, em vez de ondas de rádio como o Wi-Fi da sua casa, usam luz emitida por LEDs. O resultado do método é um protocolo de comunicação sem fio que pode trocar informações a velocidades de 2 Gbps (gigabits por segundo) sem causar interferência.
Mudanças em padrão Wi-Fi podem melhorar conexão e diminuir interferências
As análises em torno da ideia de usar lasers como interface de troca de informações em redes sem fio não são novidade, mas o estudo árabe chama a atenção pela velocidade atingida em testes de laboratório. Os tais 2 Gbps (equivalente a 250 MB/s) superam recordes anteriores em institutos tecnológicos do mundo todo em pesquisas envolvendo luzes e redes sem fio.
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Uma sala equipada com essa tecnologia poderia ter um ambiente de rede sem fio baseado apenas em luz via LEDs. As lâmpadas emitiriam luz branca comum, que iluminaria todo o cômodo, ao mesmo tempo que serviriam para transmitir informações a dispositivos conectados.
Isso é possível porque a lâmpada de LED piscaria em velocidades tão altas que o olho humano seria incapaz de perceber as oscilações na iluminação. Cada movimento seria identificado por um dispositivo conectado com códigos binários, mais ou menos como se um celular conectado a essa rede captasse essas diferenças de luz e as decodificasse como um código Morse, recebendo assim as informações emitidas.
Segundo os cientistas da KAUST, teoricamente, a velocidade máxima que esse tipo de tecnologia permitiria seria a de 10 Gbps (equivalente a 1,5 GB/s).
O uso comercial dessas tecnologias de redes sem fio a luz ainda está um pouco distante. Entretanto, algumas
Além disso, a tecnologia poderia resolver problemas de interferência, evitando criar o cenário de espectro muito poluído, comum de encontrar em áreas mais povoadas onde uma enorme quantidade de redes sem fio se sobrepõe em uma mesma faixa de frequência, causando baixo desempenho.
Via KAUST, Phys.org, New Atlas, ACS Photonics
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