O formato de áudio em MP3, responsável por popularizar a prática de baixar músicas na Internet, está com seus dias contados. Há tempos, o tipo de arquivo vem sendo substituído por outros com maior qualidade e menor tamanho. Na última sexta-feira (12), seus criadores anunciaram que estão abandonando o programa de licenças do formato.
Na prática, isso significa que não há mais uma patente protegendo o tipo de arquivo. Ou seja, qualquer um pode criar produtos com suporte MP3, sem ter que pagar nada aos seus desenvolvedores, como antes era feito. O fato é que a morte anunciada não vem do fato de que não há mais licenciamento, mas de que outras tecnologias vem tomando seu lugar.
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O tipo de arquivo MP3 foi desenvolvido na década de 1980, por membros do Instituto Fraunhofer de Circuitos Integrados, uma divisão de uma instituição de pesquisa alemã financiada pelo Estado. Esse formato transformou a forma como lidávamos com arquivos de áudio, por ocupar somente 10% do arquivo original. Com a capacidade de transmitir músicas com facilidade ao MP3 Player, o formato MP3 foi uma revolução no mercado tecnológico e fonográfico (sem esquecer, é claro, da pirataria facilitada por essa tecnologia, que cessou em parte devido ao streaming).
Bernard Grill, diretor da divisão Fraunhofer e um dos diretores de desenvolvimento do MP3, apresenta o formato AAC como sucessor do MP3: “é mais eficiente e oferece muito mais funcionalidades”. O formato AAC já é usado pela Apple de forma padrão aos seus produtos.
No entanto, "a morte do MP3" não significa que os arquivos que já existem nesse formato irão deixar de funcionar. Apenas significa que, em algum momento no futuro, as plataformas que o suportam serão mais raras. E não é um anúncio alarmista, afinal, até hoje conseguimos rodar as antigas fitas VHS se tivermos um videocassete que ainda funcione.
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A diferença entre MP3 e ACC
AAC significa Advanced Audio Coding ou, em português, Codificação de Áudio Avançado. MP3 é uma abreviação de MPEG Layer 3. Ambos são “compressores de Áudio”. A diferença fica nas especificações de cada: a taxa de compressão no AAC é de 96 Kbps e oferece a mesma qualidade que o MP3, com compressão de 128 Kbs. Isso significa que os arquivos AAC tem maior qualidade e menor tamanho. Não à toa, são o futuro.
Além disso, outros números também mostram a superioridade do AAC. Esse formato possui 48 canais, e o MP3 apenas 5.1, e uma frequência de amostragem que varia entre 8 kHz e 96 kHz, enquanto o MP3 varia de 16 kHz a 48 kHz. A proposta do uso do AAC ganhou força com artistas como Neil Young, um incentivador do uso do Pono, rival do Sony Walkman.
Via Fraunhofer e Engadget
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