Na piscina, no banho ou na chuva? Parece simples, mas nem sempre é tão fácil saber quais são os limites das caixas de som quando o assunto é água. Isso porque algumas fabricantes não são exatamente muito claras sobre as características de proteção dos dispositivos, o que deixa os usuários em dúvida sobre alto-falantes à prova d'água e aqueles que são apenas resistentes.

Interpretações equivocadas sobre a relação das caixas de som com a água podem causar danos permanentes nesses aparelhos, por isso é importante saber mais sobre a proteção. Para evitar danificar os alto-falantes por causa de informações incertas, entenda a seguir as diferenças entre cada tipo de caixa de som: resistente à água e à prova d'água.

Resistente ou à prova d'água? Entenda as diferenças entre os dois tipos de caixa de som (Foto: Isabela Giantomaso/TechTudo)

IPXX: entenda o significado do código

Produtos resistentes ou à prova d'água, geralmente, vêm acompanhados do código IP (Ingress Protection Marking), certificação internacional que define o nível de proteção de um eletrônico em relação a objetos sólidos - poeira, na maioria das vezes - e a líquidos, principalmente a água doce.

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O primeiro passo para entender o IP desses dispositivos é saber que "IP" vem sempre seguido de dois dígitos (por exemplo, IP68), que indicam, cada um, respectivamente

... , o grau de proteção contra poeira e contra água. No caso do exemplo anterior, o número "6" indica o nível de resistência à poeira, enquanto o dígito "8" indica quão protegido contra a água o aparelho pode estar.

Caixas de som à prova d'água são ideais para imersão (Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo)

Quando uma caixa de som é resistente ou à prova d'água, mas sem proteção contra poeira, o produto pode ser vendido com um "X" no lugar do primeiro dígito (por exemplo, IPX7), indicando que não é protegido contra sólidos. Há, portanto, uma escala que define quão resistente à água um aparelho eletrônico pode ser ou não. Confira a lista a seguir para descobrir o que cada número significa:

Esses níveis de resistência à água dependem de muitos fatores no design das caixas de som ou celulares, principalmente quanto à vedação e ao material usado. Alto-falantes revestidos com borracha hidrofóbica, entradas de cabos cobertas e saídas de metal inoxidável, por exemplo, têm mais chance de alcançar um grau mais alto na escala IP de resistência. Basicamente, quanto mais cuidadosa for a vedação e mais resistentes à corrosão ou impermeáveis forem os materiais, maior será a capacidade do eletrônico de resistir a líquidos.

Resistente a líquidos: o que isso significa?

Dentro da escala IP, uma caixa de som resistente à água chega, por convenção, até o nível seis, que seria o mais alto grau de resistência antes da imersão na água (exemplo: IPX6). A partir disso, comprar uma caixa de som de nível de proteção igual ou menor que "6" significa adquirir um aparelho resistente à água, no máximo.

Sony SRS-XB3 tem certificação IPX5 de resistência à água (Foto: Gabrielle Lancellotti/TechTudo)

Essas caixas de som podem passar por respingos, gotas em direções variadas e até jatos d'água, mas não são indicadas para imersão, seja em poças d'água ou em uma banheira. Isso porque o código de proteção delas não cobre mergulhos em líquidos.

No Brasil, há diversos modelos para comprar, como a JBL Wind (com resistência IP45 e preço de R$ 199), Sony SRS-XB3 (IPX5 e preço de cerca de R$ 700) e JBL Xtreme (resistente a respingos e preço de R$ 1.400). Em geral, caixas de som com certificação até IPX6 funcionam bem debaixo de chuva fina, pequenos jatos d'água e até à beira da piscina - sem mergulhos, é claro.

Caixas de som à prova d'água

Caixas de som à prova d'água são aquelas consideradas resistentes o suficiente para serem imersas na água, ou seja, com certificação IPXX igual ou maior que "7". Esses dispostivos estão preparados, em geral, para mergulhos em piscinas e banheiras. Entre as certificações "7" e "9K", há diferentes capacidades de resistência à imersão, assim como o tempo que cada aparelho suporta ficar mergulhado na água.

Grande parte das fabricantes lança modelos que podem ficar imersos por até 30 minutos a uma profundidade de um metro, ou seja, de certificação IPX7. No entanto, essas são informações que podem variar de companhia para companhia. Duas caixas de som podem ter a mesma certificação à prova d'água e, ainda assim, suportarem condições (tempo, pressão e profundidade) diferentes na água.

JBL Clip 2 é à prova d'água com certificação IPX7 (Foto: Divulgação/JBL)

Por uma questão de vedação e dos materiais usados, são raras as caixas de som que podem ser imersas na água salgada. Afinal, a água do mar - ou de alguns rios - é altamente corrosiva para algumas das estruturas de metal presentes em caixas de som, relógios e celulares.

No Brasil, é possível encontrar diversas caixas de som à prova d'água à venda, como UpSound Aqua (com certificação IP67 e preço de cerca de R$ 100), JBL Clip 2 (IPX7 preço de R$ 300) e JBL Charge3 (IPX7 e preço de R$ 900)

Custo-benefício

Por causa da proteção especial, as caixas de som à prova d'água podem ter preços iniciais ligeiramente mais altos do que os modelos que são apenas resistentes à água. Com isso, o custo-benefício desses dispositivos depende mais da função desejada por cada usuáro do que exatamento do custo.

UpSound Aqua: caixa de som é à prova d'água e tem preço acessível (Foto: Divulgação/UpSound)

Por exemplo, para quem pratica esportes mesmo debaixo de chuva, faz muitos eventos na piscina ou gosta de levar a caixa de som para a praia, talvez a melhor opção seja comprar um aparelho à prova d'água. Já para quem quer apenas ter uma proteção a mais para uma caixa de som comum, investir em um dispositivo apenas resistente pode ser a melhor solução.



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