Home Sweet Home é um jogo de terror independente desenvolvido pela YGGDrazil Group Co.,LTD. O game está disponível para Windows no Steam e traz uma experiência aterrorizante que explora crenças e entidades da mitologia tailandesa. Mas entre tantos outros jogos de sobrevivência em primeira pessoa, será que ele consegue se destacar apenas pela temática? Confira no review:

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Lar, (não tão) doce lar

Já faz algum tempo que os jogos de terror embarcaram na fórmula de Outlast e Amnesia. A exploração em primeira pessoa traz uma jornada mais pessoal ao jogador, mesmo que ele esteja no papel de outra pessoa. Home Sweet Home não foge as últimas tendências, muito pelo contrário, nos apresenta o medo em um cenário onde crenças são parte do cotidiano.

Home Sweet Home (Foto: Divulgação)

O jogo traz como temática principal a mitologia tailandesa e crenças relacionadas ao budismo. A fina camada que separa a realidade da ficção é o ponto chave de Home Sweet Home. Apesar de repetir um estilo já batido – sobrevivência em primeira pessoa –, o jogo também inova por trazer contos desta maneira para a narrativa. Não parece muito, mas o simples fato de serem mitos que mexem com a convicção humana já muda completamente a atmosfera.

O protagonista da história é Tim, um homem que perdeu sua esposa, Jane, em circunstâncias misteriosas. Em certa noite, ele acorda em um cenário que mais parece um pesadelo e é perseguido por uma entidade feminina, que se transporta entre paredes e manchas de sangue. Contudo, isto é apenas o começo. Outras entidades, também baseadas em mitos tailandeses, marcam sua presença entre os cômodos escuros, claustrofóbicos e becos sem saída.

A história de Home Sweet Home é baseada em mitos tailandeses (Foto: Reprodução / Taís Carvalho)

Tudo que vai, volta

Em termos de jogabilidade, não temos nada de novo; o game traz a mesma mecânica de sobrevivência já vista em diversos jogos do gênero, onde o protagonista tem apenas uma lanterna e não pode usar armas para se defender. Sua única maneira de manter-se vivo é evitar as entidades a todo custo e buscar itens ou pistas para desvendar o mistério de Jane.

Entretanto, ainda que o jogo seja repetitivo neste quesito, a maneira na qual a história se desenvolve é onde está o verdadeiro charme do jogo. Os acontecimentos são ativados pela exploração, que é linear e mantém um ritmo tenso do começo ao fim.

Os sustos vêm de todos os lados, de criaturas correndo em frente as portas, sombras no canto do olho e objetos que, de repente, despencam do teto. O ocultismo é responsável por grande parte da sensação de total desconforto e desolação criada pelo jogo, sempre colocando o jogador em teste.

Home Sweet Home tem cenas de arrepiar a espinha (Foto: Reprodução / Taís Carvalho)

Como todo bom jogo de sobrevivência, a trama é contada de diferentes maneiras. Temos o ponto de vista de Tim em primeira pessoa, as páginas perdidas do diário de J

... ane, jornais antigos e rádios – que são fáceis de entender graças a presença de legendas em português no jogo. A trama gira em torno do karma e fala sobre decisões que podem afetar uma pessoa em suas próximas vidas. 

No entanto, um dos pontos mais interessantes do jogo está nas entidades sobrenaturais descritas no budismo, hinduísmo e outras religiões. Alguns textos encontrados trazem informações extras sobre mitologia e descreve esses fantasmas, como os Preta, por exemplo – "espíritos famintos" que são apresentados como pessoas que acumularam karma ruim em vidas passadas.

Junto com a mecânica de furtividade, há também quebra-cabeças entre um cenário e outro. Contudo, o nível de dificuldade deles nem se compara as tentativas de fuga. As respostas são fáceis, em sua maioria, e as pistas costumam estar bem próximas ao próprio quebra-cabeça.

Home Sweet Home detalha crenças derivadas do budismo (Foto: Reprodução / Taís Carvalho)

Karma negativo

Não é apenas a história do jogo que está ligada ao karma. Home Sweet Home fez sua estreia no PC com um visual chamativo, mas pecou em suas decisões no quesito otimização. O resultado fez com que o game apresentasse travamentos e queda de quadros no primeiro dia de lançamento. Em resposta, uma atualização já está disponível para corrigir o problema, porém, ainda apresenta “engasgos” mesmo em computadores que estão acima dos requisitos recomendados.

Em compensação, temos gráficos que aterrorizam nos detalhes e efeitos de iluminação, no bom sentido. Os corredores e ambientes lembram muito P.T. e até mesmo Silent Hill em certos momentos, com cenários que refletem o sentimento da trama de Tim e sua esposa. O trabalho sonoro também é impecável e parte essencial da composição que cria o clima de tensão e medo do jogo. A experiência se torna ainda melhor se for jogada com fones de ouvido.

Os gráficos de Home Sweet Home são aterrorizantes, no bom sentido (Foto: Reprodução / Taís Carvalho)

Conclusão

Home Sweet Home é um jogo que merece a atenção dos fãs de terror. O título pode não apresentar o mesmo nível de Outlast e outros do gênero, mas executa bem a sua proposta e traz um cenário mitológico ainda não vistos em outros games. Mesmo sendo curto – com cerca de três ou quatro horas de duração – Home Sweet Home é um jogo que surge com o terror de maneira mais sutil, porém, não falha em trazer verdadeiros momentos de pânico e desespero.

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