Sites de conteúdo pornográfico são maioria entre os que usam o PC de usuários para minerar moedas virtuais. A descoberta foi feita pela empresa chinesa de segurança 360NetLa e divulgada na última quarta-feira (7). A análise identificou que 628 sites, entre os 300 mil mais acessados, segundo o ranking do Alexa, contêm um código para usar o processador dos visitantes com o intuito de ganhar dinheiro. Desse total, quase 49% eram sites pornô.
A mineração de bitcoin, monero e outras moedas digitais em sites acontece sem a autorização do usuário. Ao acessar a página, a pessoa está, automaticamente, colaborando com a ação, sem receber nada em troca. Além disso, o processador pode ficar sobrecarregado e, consequentemente, o computador, mais lento. O consumo de energia elétrica também pode aumentar significativamente.
Além dos sites pornográficos, que representam 48,9% dos sites, outras temáticas também aparecem no relatório: fraude (8%), publicidade (7%), mineração (7%), cinema e televisão (6%) e outras categorias, como jogos online e proxy, entre eles, o The Pirate Bay.
A companhia também mapeou as palavras-chave mais usadas no endereço dos sites que usam o hardware do PC dos usuários para fazer cálculos complexos e, assim, conseguir moedas virtuais. "Porn", "film" e "stream" aparecem em maior tamanho na nuvem de termos, ou seja, foram encontradas mais páginas sobre esses assuntos.
Como funciona
Sites que têm um grande número de usuários, mas que não contam com meios para monetizar a página – como, por exemplo, os sites pornográficos – direcionam seu tráfego para sites com ferramentas de mineração. Essas ferramentas fornecem scripts e usam os computadores dos visitantes como uma “máquina escrava” para conseguir bitcoins ou outras moedas. A mineração de criptomoedas aumenta o consumo de energia, além de sobrecarregar o processador e diminuir a velocidade da máquina.
Como se proteger
Há diversas maneiras de evitar que sites explorem seu computador para gerar moedas virtuais. Entre elas, a mais simples é usar extensões para navegadores que prometem impedir o tráfego de informações associado à exploração de criptomoedas.
Outra possibilidade é utilizar extensões que bloqueiam scripts em geral. Por exemplo, o NoScript para o Firefox. Para o Chrome, uma opção é o ScriptSafe, que possui a mesma finalidade no navegador do Google.
Utilizar um navegador de internet focado em segurança e privacidade também protege o computador, um exemplo é o Tor. Esse tipo de navegador não permite que os scripts sejam executados por padrão, aumentando a segurança sem precisar utilizar recursos adicionais.
Via Motherboard e NetLab
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