Os novos Ryzen 3 2200G e Ryzen 5 2400G da AMD são os primeiros processadores Ryzen da marca que chegam com placas de vídeo integradas a bordo. A novidade permite que os dois quad-core tenham acesso a GPUs Vega de bom desempenho. Com isso, os componentes devem ser alternativas de baixo custo para quem deseja ter um computador gamer sem gastar muito e com performance de respeito.

Para descobrir se os novos processadores são para você, conheça os pontos positivos e negativos de investir nas novas APUs da AMD a seguir.

PONTOS POSITIVOS

1. Bom custo-benefício

Ryzen 5 2400G e Ryzen 3 2200G já são encontrados em pré-venda no Brasil (Foto: Divulgação/AMD)

As novas APUs chegaram ao Brasil com preços competitivos. O Ryzen 3 2200G está em pré-venda por R$ 499, valor que envolve um quad-core de 3.5 a 3.7 GHz, combinado com uma placa de vídeo Radeon Vega de 1.250 MHz. Por sua vez, o Ryzen 5 2400G, que roda entre 3.6 e 3.7 GHz, tem oito núcleos lógicos e GPU RX Vega de 11 núcleos, e está em pré-venda por R$ 965.

O preço engloba, portanto, bons processadores quad-core e placas de vídeo de entrada que equilibram performance e consumo em um único pacote. Para termos de comparação, apenas uma placa de vídeo GTX 1050 Ti fica na faixa dos R$ 850.

As novas APUs da AMD possibilitam a montagem de bons computadores para gamers menos exigentes e com um orçamento mais barato.

2. Você já tem uma placa-mãe AM4 por aí

Um ponto importante a respeito dos

... novos processadores acelerados da AMD é a compatibilidade com as placas-mãe AM4 já disponíveis no mercado. Dessa forma, é possível realizar um upgrade no seu computador sem precisar gastar dinheiro na compra de uma placa-mãe.

Porém, há alguns pontos de atenção em relação ao upgrade, já que algumas placas precisam de atualização de BIOS para reconhecer os Ryzen 3 2200G e Ryzen 5 2400G.

3. Excelentes para HTPCs

Ryzen 3 2200G tem quatro núcleos e GPU Radeon Vega de 8 unidades computacionais (Foto: Divulgação/AMD)

Embora possam ser usados para games em resoluções mais baixas com promessa de boa qualidade de imagem e performance, um uso interessante para as novas APUs da AMD está nos HTPCs. Com GPUs de bom desempenho, os novos processadores da marca tendem a dar conta de reproduzir mídia em 4K com tranquilidade – tudo sem impedir que o HTPC da sala rode alguns games de vez em quando no televisor.

Como a APU concentra processador e placa de vídeo em um único chip, é possível montar computadores com perfil compacto e discreto, ideais para ocupar pouco espaço na estante.

PONTOS NEGATIVOS

1. Performance boa, mas limitada

As novas APUs da AMD misturam bons processadores quad-core com placas de vídeo Radeon Vega de entrada. Os componentes devem levar os processadores integrados da AMD para um patamar de performance muito superior a qualquer APU lançada pela marca anteriormente. Além disso, as GPUs usadas nos novos Ryzen 3 2200G e Ryzen 5 2400G tendem a ser mais rápidas do que as Intel HD e UHD Graphics que calçam os produtos da concorrente Intel.

Por outro lado, a performance gráfica das APUs não deve ser suficiente para alcançar placas de vídeo de entrada. Ao apostar nessa solução para um PC gamer mais barato, o consumidor precisa lembrar que o perfil da máquina deve ser adequado para games em resoluções mais baixas, como 720p.

Segundo benchmarks de sites como PC World e Extreme Tech, as novas APUs começam a sentir dificuldades em games mais pesados ao rodá-los em Full HD. Por conta disso, é importante ter expectativas razoáveis a respeito do desempenho das placas.

2. As novas APUs controlam PCIe em x8 e não x16

As novas APUs da AMD têm uma limitação sensível no que diz respeito à performance gráfica, mesmo combinadas às placas de vídeo dedicadas da Nvidia ou AMD. As APUs controlam as interfaces PCIe, usadas para instalar placas de vídeo nos PCs, com oito vias, ou x8. Do outro lado, processadores Ryzen e opções da Intel oferecem x16, que é muito mais rápido.

Isso pode ser percebido no caminho da informação que trafega entre processador e placa de vídeo. Normalmente, quanto mais larga a banda, mais rápido o sistema durante o processamento de tarefas que envolvam gráficos pesados, como em games.

3. Você não tem um processador antigo para fazer atualização da sua placa-mãe

Algumas placas-mãe AM4 precisam de atualização de BIOS para reconhecer as novas APUs (Foto: Divulgação/AMD)

A história é a seguinte: embora toda placa AM4 seja compatível fisicamente com as APUs da AMD, algumas precisam de atualizações de BIOS para reconhecer os novos processadores da Advanced Micro Devices. O problema é que, na maior parte dos casos, é preciso ligar a placa com um processador reconhecido encaixado no slot AM4.

Como a APU não é reconhecida sem a atualização, você pode acabar com um impasse. Por isso, antes de comprar o processador, pode ser interessante pesquisar em qual situação está a placa-mãe.

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