Uma pesquisa recente realizada pela Trend Micro aponta uma nova onda de ataques hackers a roteadores domésticos para minerar bitcoin. Somente entre os meses de julho e setembro de 2017, houve um aumento de 90% dos casos desse tipo no mundo. Segundo a empresa de segurança, roteadores podem ser integrados a redes de botnets para distribuir ataques e sequestrar máquinas com a intenção de minerar a moeda virtual.

A pesquisa indica uma possível mudança de estratégia entre criminosos cibernéticos. No lugar do ransomware para pedir resgates em criptomoedas, hackers estariam optando por minerá-las por conta própria. Entenda o problema e saiba se proteger a seguir.

Como proteger o roteador de invasores mineradores de bitcoin (Foto: Reprodução/Pond5)

Roteadores residenciais, mesmo de fabricantes famosas como D-Link, Intelbras, Technicolor, Thomson e TP-Link, são normalmente pontos desprotegidos da rede. Por isso, podem ser atacados para facilitar a infecção de computadores por malwares mineradores de bitcoin. Se o roteador for comprometido, os outros dispositivos podem ser transformados em bots para minerar criptomoedas. Veja três medidas para proteger o roteador.

Mudar senha do roteador

Roteadores domésticos costumam vir configurados com uma senha padrão que pode ser descoberta facilmente pelo hacker. A primeira medida, portanto, é alterar login e senha que dão acesso às configurações do roteador. O procedimento pode variar conforme o modelo do aparelho, mas a opção costuma ficar localizad

... a no menu “Sistema” ou “Segurança”. Para continuar, tenha em mãos o IP do roteador.

Passo 1. Acesse o endereço IP do roteador por meio do navegador de um computador ou celular. Você deve saber o login e a senha do aparelho. Tente combinações como “Admin; admin” ou “Admin; password”. Em caso de dúvida, entre em contato com a empresa prestadora de serviços de internet.

Entre no IP do roteador e acesse usando login e senha padrões (Foto: Reprodução/Paulo Alves)

Passo 2. Procure o menu “Sistema” ou “Segurança” do painel e acesse a opção de senha. Digite uma nova senha e salve para aplicar a mudança. O passo a passo pode ser diferente em roteadores da Intelbras, Technicolor, Thomson, D-Link e TP-Link.

Altere a senha do roteador no painel de configurações (Foto: Reprodução/Paulo Alves)

Atualizar o firmware

O firmware do roteador é o sistema que faz a gestão das funções do aparelho. Assim como no computador ou celular, um software atualizado significa mais proteção para o dispositivo. O processo de update pode variar dependendo do modelo do roteador, mas costuma estar no mesmo menu de troca de senha. Busque pelo menu de sistema ou firmware e procure uma nova versão.

Em alguns casos, como em roteadores da Thomson, é preciso entrar em contato com a empresa provedora de internet para obter o pacote de instalação. Já em aparelhos da TP-Link, D-Link ou Intelbras, é possível obter o arquivo diretamente pelo site da fabricante.

Atualize o firmware do roteador obtendo o arquivo online ou com a operadora (Foto: Reprodução/Paulo Alves)

Ativar o firewall

O firewall é uma camada de proteção nativa do roteador que impede a conexão de dispositivos não-autorizados, e deve ficar habilitada para dificultar a ação de hackers. Roteadores Wi-Fi tendem a sair de fábrica com o firewall ativado, mas é importante certificar-se que a prestadora de serviços de Internet alterou as configurações no momento de instalação.

Habilite o firewall e verifique se há opção de “Trusted computers” para inserir o endereço MAC dos computadores confiáveis Windows ou MacOS e facilitar a identificação de máquinas invasoras.

Ative o firewall do roteador e filtre por endereço MAC, se for possível (Foto: Reprodução/Paulo Alves)

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