O Google divulgou, na última semana, o relatório anual de segurança do Android. No documento, a empresa apresenta as iniciativas e modificações que ela tem feito para tornar o sistema móvel menos suscetível a ameaças e invasões - o que mudou para melhorar a privacidade e a proteção dos dados dos usuários.

Logo na primeira página a gigante é enfática: em 2017, o Android deu um salto e hoje apresenta algumas das soluções de proteção que lideram a indústria. Entenda algumas das mudanças que o Android recebeu para melhorar a segurança.

Google diz que tem aumentado segurança da Play Store (Foto: Luciana Maline/TechTudo)

O Android é um dos sistemas operacionais mais usados no mundo e está presente em mais de 2 bilhões de dispositivos. O número crescente de usuários desperta o interesse de hackers na criação de malwares que exploram, principalmente, o desatenção de alguns usuários.

Desde o StageFright, em 2015, o sistema recebe updates de segurança mensais. Hoje, a maioria das ameaças vem através da Play Store, em apps com códigos ocultos para as mais variadas finalidades, desde exibir anúncios pornô em aplicativos infantis a roubar criptomoedas.

Play Protect

Sabendo disso, o Google tem reforçado a segurança. O Play Protect é uma das soluções apresentadas para amenizar esse problema. Lançado durante a Google I/O 2017, o recurso do Android funciona como um grande antivírus. Além de analisar os apps da Play Store

... , a ferramenta também vasculha os aplicativos instalados no celular.

De acordo com o Google, são mais de 50 bilhões de apps sondados todos os dias. Cerca de 60% dos apps removidos contaram com a ajuda da inteligência artificial presente no Play Protect. Foram mais de 700 mil aplicativos detectados como ameaça retirados da Play Store.

Proteção offline

Baixar aplicativos de fora da loja oficial é uma faca de dois gumes. Se por um lado é uma das premissas da ideia de sistema aberto do Google, por outro, com usuários menos experientes, pode significar a instalação de lixos de todo o tipo no celular. Em análises internas, o Google identificou que ao baixar apps de fora da loja oficial, um smartphone está nove vezes mais propenso a instalar um software malicioso.

Para tentar acabar com este problema, a empresa permitiu que o Play Protect também passasse a avaliar aplicativos quando o celular está fora da internet. Com essa mudança, o Google impediu que mais de 10 milhões de apps maliciosos fossem instalados em aparelhos Android.

Atualizações

Atualização no Android é um tema polêmico. Porém, no relatório de segurança anual, o Google fez questão de mostrar que em relação aos updates de segurança o ecossistema está em evolução. Em 2017, mais de um bilhão de dispositivos receberam algum patch de correção.

A empresa também reforçou que está investindo para encontrar brechas de segurança. Por meio do seu sistema de recompensa, o Google pagou quase R$ 4 milhões a pesquisadores de segurança que encontraram alguma falha no Android.

Solução do Google verifica apps da Play Store e do celular (Foto: Divulgação/Google)

Mais segurança no Oreo

O Android 8.0 Oreo também recebeu diversas melhorias de segurança. A empresa modificou o kernel do sistema, usado para a integração do hardware com o software, tornando-o mais robusto contra ataques. Também mudou a API de sobreposição, usado para aplicativos ficarem em tela cheia, impactando a forma como ransomwares age.

O que vem por aí

O Android P ainda está no forno, mas algumas mudanças de segurança já foram anunciadas. Uma delas promete dar mais privacidade aos usuários ao bloquear a permissão de apps inativos a recursos do celular. Desta forma, apps que não estiverem abertos na tela não teriam acesso à câmera ou ao microfone, por exemplo.

Com informações Google e Cnet



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