A tecnologia planar-magnética marcou presença no lançamento do CL2 Planar da RHA, primeiro fone de ouvido intra-auricular com o novo recurso. A novidade chama a atenção por prometer maior qualidade de som sem custar as fortunas dos fones eletroestáticos. Nessa tecnologia, o controle de vibrações do áudio é mais preciso do que no modelo simples de driver dinâmico.
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Assim, os aparelhos planar-magnéticos chegam com a promessa de alta qualidade de som, menos interferências e preços mais competitivos. Nas linhas a seguir, entenda como funciona o fone de ouvido planar-magnético e conheça as diferenças em relação aos headphones tradicionais. Além disso, descubra vantagens e desvantagens da nova tecnologia.
Como fones comuns funcionam?
Não só fones de ouvido, mas também todo alto-falante comum (que não seja planar-magnético) funciona com um conjunto de imãs, diafragmas e com indução eletromagnética. O conjunto forma o chamado “driver dinâmico”. Nesse design, o som é transmitido eletricamente a uma bobina, envolta por um imã. Conforme a energia passa, a bobina se contrai e se expande (em fones de ouvido, trata-se daquele círculo de cobre no entorno do diafragma).
A contração e expansão da bobina faz com que o diafragma – a membrana no interior do fone de ouvido, ou a concha de tecido do alto-falante – vibre. Assim, o componente movimenta o ar no seu entorno e produz o som.
O sistema tradicional domina o mercado porque é de fabricação relativamente simples e bem escalável. A mesma abordagem permite a criação de produtos com menor performance, mas custos mais controlados, e também dispositivos de alta qualidade de som – mas, nesse caso, há o uso de designs mais caros do ponto e materiais especiais, como o neodímio.
Drivers eletroestáticos
Acima falamos sobre alguns tipos de drivers dinâmicos com designs diferentes e que rendem produtos de maior qualidade (e preço geralmente bem mais alto). Um caso típico são os drivers eletroestáticos.
Nesse modelo, diafragma e bobina viram basicamente um componente só. O diafragma reativo à eletricidade fica envolto entre duas placas, por onde a corrente elétrica se propaga. A passagem de corrente por essas duas faces faz com que o diafragma eletroestático vibre, mais uma vez provocando a reprodução de som.
Essa solução rende som de alta qualidade porque o controle sobre as vibrações é mais preciso do que no modelo simples de driver dinâmico. O problema é que fones com essa construção precisam de drivers proporcionalmente maiores para gerar alto volume. Outra questão são os custos: o Shure KSE1500 é um caso típico de fone com driver eletroestático e não sai por menos de US$ 3 mil, ou R$ 12.478 em conversão direta.
E o que é o planar-magnético?
O princípio por trás do funcionamento do fone de ouvido planar-magnético é o mesmo dos modelos anteriores. O diafragma reage à eletricidade e, ao vibrar, movimenta o ar em seu entorno – algo que nós percebemos como som.
A questão é que a construção desse tipo de fone usa um diafragma de material muito mais fino e delicado do que as versões de neodímio usadas nos melhores drivers dinâmicos. O diafragma é ainda permeado por pequenos fios e envolto por imãs cuidadosamente desenhados para garantir que o diafragma encaixe precisamente no campo magnético gerado por eles.
A passagem de eletricidade pelos pequenos fios que permeiam o diafragma o faz magnético. Isso quer dizer que o material passa a reagir e mudar de forma de acordo com o campo magnético criado pelos imãs.
Dessa forma, os fones de ouvido podem produzir som de maior qualidade porque o diafragma tende a reagir de forma mais uniforme e precisa à passagem da corrente do que a solução com bobinas dos drivers estáticos. A capacidade de mover o material de forma mais uniforme garante maior resol
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