Todo ano, a história se repete. As duas maiores fabricantes de TVs lançam seus modelos topo de linha no mercado, sempre com tecnologias diferentes. Mas enquanto a LG aposta há anos nas telas OLED, a Samsung começou a usar os pontos quânticos, ou QLED, em seus aparelhos. A tecnologia é a base da última linha lançada pela marca no Brasil, que tem quatro modelos. Entre eles, está essa Q7FN de 65 polegadas, que tem resolução 4K e promete imagens de altíssima qualidade. Mas será que ela vale a pena? Testamos para descobrir.
Design
Por fora da TV, o que se vê é um modelo que privilegia a espessura. Ou melhor, a falta dela. O modelo Q7F da Samsung mede apenas um centímetro nas bordas, que quase nem existem, e menos de cinco no meio. A TV tem partes em aço escovado e uma textura na traseira, que dão um ar todo elegante. Ela foi pensada para ficar pendurada na parede, e só tem uma porta em todo o seu corpo. É nela que se conecta o cabo de fibra óptica, cuja outra ponta é ligada no One Connect.
O aparelho serve como uma espécie de “gabinete” de PC, onde fica quase todo o hardware da TV, incluindo as outras portas: três USB, quatro HDMI, uma ethernet, uma saída óptica, entre outras. Um belo acervo, que pode ficar escondido em uma prateleira ou até longe da TV, já que o cabo que liga o One Connect a ela mede cinco metros.
Tela
O modelo também usa uma tecnologia que, apesar do nome, é bem diferente do OLED adotado pela rival LG. O QLED é uma evolução, de certa forma, das telas LED. A imagem é gerada com a ajuda de uma luz de fundo, que funciona em conjunto com os chamados pontos quânticos, responsáveis por definir a cor exibida. Essa solução consegue gerar cores mais intensas e um brilho consideravelmente mais alto do que outros modelos, como o da própria LG, chegando fácil a 1.500 nits, segundo a própria Samsung.
Em imagens 4K bem coloridas, há até uma certa saturação, mas a qualidade e a nitidez são notáveis mesmo em ambientes bem claros e em um ângulo de visão bem acentuado. No entanto, a tecnologia ainda peca um pouco na exibição de pretos e tons mais escuros, especialmente quando a imagem não é 4K. Em vez de ausência de cor, o que se vê em uma parte preta da cena é uma região em um tom de cinza bem mais escuro. Não chega a ser um problema grave, mas a diferença é sentida na comparação com uma tela OLED. De toda forma, ainda sobre a tela, a taxa de atualização é de 120 hertz, uma boa notícia para gamers.
Software
Por dentro, na questão do software, também há algumas diferenças enormes. A Q7F da Samsung roda um sistema baseado no Tizen, uma plataforma de código aberto que a empresa também adota em outros aparelhos, como os relógios inteligentes da linha Gear e o mais recente Galaxy Watch. O sistema já vem com alguns bons apps instalados, com destaque para o Steam Link, para transmitir e jogar os games do Steam no PC direito para a TV.
Fora isso, o software conversa muito bem com outros aparelhos, identificando até por nome dispositivos conectados à porta HDMI. Aliado ao controle remoto único e bem compacto, isso permite comandar vários outros eletrônicos usando apenas o acessório da TV — desde que sejam compatíveis, claro. O sistema também se integra bem ao aplicativo Smart Things da Samsung, que permite controlar a TV pelo celular e configurar horários para ela ligar e desligar, por exemplo.
Conclusão
Um resumo da ópera? A Samsung ainda não conseguiu superar o nível de fidelidade do preto e das cores das telas OLED da LG. Mesmo assim, é inegável que a fabricante faz um ótimo trabalho com brilho e intensidade. Fora isso, a marca ainda tem um software cad
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