Demon’s Souls é um jogo exclusivo de PS3 que foi lançado em 2009 pela From Software e ficou famoso pela dificuldade elevada nos combates. O criador do game, Hidetaka Miyazaki, percebeu o potencial do título e o usou de inspiração para criar a franquia Souls, que, hoje, conta com os três Dark Souls, Bloodborne e o futuro lançamento Sekiro: Shadows Die Twice, todos com a mesma promessa de serem os mais difíceis já lançados. Em 2019, Demon’s Souls completa 10 anos e se encontra mais influente do que nunca com alguns fatos interessantes sobre a série na bagagem. Relembre a história das obras de Miyazaki a seguir.

Origem em King’s Field

Embora Demon’s Souls tenha servido de modelo para os três jogos da franquia Dark Souls, ele mesmo também nasceu como o sucessor espiritual de outra franquia da From Software. Mais especificamente, Demon’s Souls é o herdeiro do jogo King’s Field, que foi lançado originalmente em 1994.

Com alta dificuldade e labirintos bem pensados, o jogo conquistou público e crítica em versões para Playstation, PlayStation 2, PSP, PC e até dispositivos mobile, com direito a três sequências diretas. Em 1995 saiu King’s Field II, e em 1996, King’s Field III. Após um longo intervalo, em 2001 a série chegou ao fim com King’s Field IV.

No entanto, sua popularidade no ocidente foi bem restrita, já que o primeiro jogo foi lançado apenas no mercado japonês. Ainda assim, sua atmosfera intrigante e constantes desafios baseados em mecânicas de aprendizado, tentativa e erro serviram de molde para o nascimento de Demon’s Souls em 2009.

Remake a caminho?

Demon’s Souls foi localizado para os Estados Unidos e lançado com mais sucesso e reconhecimento global que a franquia King’s Field. Ainda assim, não chegou perto da fama de Dark Souls e, com isso, milhões de fãs de Souls ainda não tiveram a chance de experimentar o Demon’s Souls original. Com isso, há uma crescente demanda e pedidos para que a From Software reviva o jogo original, que teve seus servidores online desligados.

Há tempos circulam pela internet boatos sobre um port, remake ou relançamento de Demon’s Souls, da mesma forma que aconteceu com o primeiro Dark Souls, que foi remasterizado para PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch em 2018. Em entrevista ao site Game Informer, o diretor Hidetaka Miyazaki falou um pouco sobre o assunto.

“É como escrever um livro quando se é mais jovem. Você olha para o seu trabalho passado e sente algo tipo ‘meu Deus, no que eu estava pensando?’. Não é como se eu tivesse vergonha dele, só não gosto de revisitar trabalhos antigos”. Como a Sony é dona da marca, a decisão final fica a seu critério, mas Miyazaki disse que estaria satisfeito com um remake, desde que ele fosse feito por um estúdio apaixonado e talentoso, que entendesse bem o jogo original. Até o momento, não há qualquer anúncio oficial de um remake, reboot, port ou relançamento.

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Mudança de ares

Com a evolução dos videogames geração após geração, cada vez mais o design focado em alto desafio visto em séries consagradas como Mega Man, Contra e Battletoads foi deixado para trás, dando lugar a experiências mais tranquilas, repletas de checkpoints, com a possibilidade de salvar o progresso em qualquer lugar, com direito a continues e vidas ilimitadas.

Isso ajudou novas filosofias de design a encontrarem seu espaço, como os jogos sandbox na linha de GTA, nos quais é mais importante curtir as possibilidades do gameplay do que passar por desafios de morte e repetição, e também permitiu a construção de narrativas épicas focadas na interação com um vasto mundo, como em Assassin’s Creed. Os videogames ficaram mais interessantes do que nunca, mas também mais fáceis e burocráticos no processo.

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A série Demon’s Souls detectou bem essa mudança de ares e se focou em entregar uma experiência inspirada nos jogos 8 e 16 bits, quando reflexos rápidos, habilidade e memorização de padrões eram requisitos para conseguir progredir nos jogos. Diferente dos jogos triple A lançados por empresas como Ubisoft e Activision, a FromSoftware resgatou o prazer do desafio, e chegar até o final do jogo era um desafio para poucos.

Chefes, armadilhas e alta dificuldade

O jogo de Hidetake Miyazaki se destaca em diversos fatores que trabalham em conjunto para criar uma atmosfera única e desafiadora. O grande charme de Souls, herdado e aprimorado de King’s Field, é a forma como os inimigos, itens e arquitetura dialogam entre si, criando um único ambiente coeso, tenso e instigante.

Como no clássico Ninja Gaiden, as batalhas contra chefes são eventos em si mesmos. Cada encontro contra chefões é memorável, e derrotá-los causa um grande sentimento de satisfação, como se o jogador tivesse conquistado um desafio que parecia intransponível depois de perder dezenas de vidas.

Alguns jogadores consideram a experiência frustrante, enquanto outros pensam que o processo de repetição e aprendizado é exatamente o seu charme e maior atrativo. Seja como for, a ideia de coletar almas e utilizá-las como moeda de troca para comprar armas e atributos veio para ficar, e todas as sequências mantiveram a ideia de, ao morrer, precisar revisitar o mapa e retornar ao ponto da morte para resgatar os seus pontos perdidos.

Outra grande sacada de Demon’s Souls foi o seu saudoso modo online, no qual era possível deixar mensagens vagas pelo cenário para alertar outros jogadores sobre os desafios do cenário. Mais um legado que persiste até hoje na série Souls e seus derivados, contribuindo para a mística de que todos estão juntos nesta jornada por um dos games mais desafiadores e divertidos da atualidade.

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Via GameInformer



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