Jump Force foi lançado para PS4, Xbox One e PC, com uma premissa bem simples: unir personagens de vários animes e mangás, em um jogo de luta de arena, com sistemas simples e com bastante “fan service”. O problema é que ele aposta em alguns conceitos estranhos e decepciona muito na hora de entregar um produto digno da qualidade de personagens tão amados por todo o mundo. Leia o review completo e entenda:

Um mundo não tão novo assim

Jump Force erra primeiro em tentar se focar em algo que ele não – e, com isto, queremos dizer “um jogo com enredo”. Por ser um game de luta de arena, ele poderia se focar apenas nos combates e ser mais honesto com seus jogadores, mas não é o que acontece por aqui. Em vez disso, o título tenta contar uma história, mal escrita e com as piores desculpas possíveis e imagináveis.

O jogo começa com uma luta de Goku e Freeza no meio do Times Square, nos Estados Unidos. “Ué”, você deve estar pensando. Mas é verdade: o game se passa no “mundo real”, em cenários que mesclam elementos vindos do mundo dos animes e mangás, a partir da invasão de algo chamado de “Guerreiros Venom”, que está ameaçando todas as realidades.

Logo, o jogador é convidado a criar seu personagem, para que ele participe da história e descubra que os heróis se uniram na chamada Jump Force – J-Force, no Japão – para poder combater os vilões e libertar as realidades dos Venom – não confundir com o inimigo do Homem-Aranha, claro.

A desculpa para a história existir é a mais básica que já vimos em um game do tipo. Não há muitos detalhes ou justificativas adicionais além disso e o jogador nem precisa jogar o enredo para destravar todos os 40 personagens principais – eles ficam acessíveis logo após o prólogo, depois de todos os treinamentos e tutoriais.

Elenco de peso

Como citamos, são 40 personagens principais em Jump Force, entre eles figurões, como Goku, Luffy e Naruto, compondo o trio de “protagonistas” dos principais animes no estilo “shonen”. A seleção geral é boa, mas também poderia ser melhor. A Bandai Namco jogou seguro demais ao selecionar os lutadores.

Há uma clara falta de equilíbrio. Por exemplo: Dragon Ball e Naruto possuem mais de cinco personagens em todo o elenco, enquanto My Hero Academia ou Black Clover, apresentam apenas um. Tudo bem que são animes um pouco mais desconhecidos, mas até mesmo enormes sucessos, como Cavaleiros do Zodíaco, estão apenas com dois participantes. O jeito é aguardar para ver o que vem via DLC.

Jogabilidade é o ponto menos fraco da corda

Mas o que falar da jogabilidade? Acredite: ela é competente. Não chega a decepcionar, apesar de ser bem básica. Jump Force tenta ser um jogo de luta, mas não consegue. Não há princípios básicos de combo, equilíbrio ou estratégias. Ele, na verdade, é um game de arena, onde os golpes funcionam igual contra os oponentes e há apenas comandos básicos de um soco forte e fraco.

Mas ele faz isso bem. O sistema é funcional, e isso já é uma vitória. Apesar de não ter sido produzido por um estúdio de luta – como foi Dragon Ball FighterZ, ano passado – e também não seguir estilos tradicionais do formato, ele pode agradar quem queira jogar o multiplayer, por exemplo, apesar de todos os outros pesares. Sem falar que é possível configurar a dificuldade do computador, para quem busca desafios superiores.

Ainda sobre a jogabilidade, o game oferece poucos modos além da história. Multiplayer online e offline, treinamento e é isso. Não há um menu inicial, apenas o mapa onde seu personagem fica andando e selecionando as opções. A impressão que dá é que a Bandai Namco quis replicar o sistema de navegação de Dragon Ball Xenoverse por aqui.

Isso é até bom, pois cria uma familiaridade com quem já jogou Xenoverse, ainda que alguns menus tenham acessos confusos e as missões sejam pouco claras. Porém, Jump Force tem outro erro

... gravíssimo: as telas de carregamento. Elas aparecem mais vezes do que gostaríamos e os “loads” demoram demais. Muito, mas muito mesmo.

Já os gráficos…

Temos sentimentos mistos com os gráficos de Jump Force. Eles parecem estranhos, mas os efeitos especiais na luta, pelo menos, são competentes e impressionantes – empolgantes até. Porém, paramos por aí. Todo o resto do game é bem mal feito visualmente, com animações quebradas e falhas durante a narrativa e personagens modelados em um 3D que tenta ser realista, mas que não combina com a estética de anime.

Depois de nos acostumarmos tanto com jogos de anime com gráficos que imitam as animações, fica estranho ver essa opção pelo “3D genérico”. Até dá para entender, visto que o título mistura vários estilos de traço diferentes, então talvez tenha sido uma opção para não deixar os gráficos destoantes. Contudo, um game mais antigo do que este e no mesmo formato – J-Stars Victory Vs – consegue ser mais bonito e ter escolhas visuais mais relevantes.



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