O Raspberry Pi 4 é a nova geração do minicomputador que traz uma série de novidades em termos de especificações e recursos. Com processador quad-core mais poderoso, memória RAM DDR4 de até 4 GB e suporte a 4K, a placa trouxe upgrades significativos que devem habilitar seu uso como um computador desktop de baixo custo, cenário nem sempre viável Pi 3, que era mais limitado.
A seguir, veja o que muda de uma geração para outra e quais são as diferenças em performance do novo Raspberry em relação ao Pi 3, de 2016, e ao Pi 3 B+, de 2018. Além disso, descubra os preços da placa mais atual, que já está à venda no mercado internacional, mas não tem previsão de lançamento no Brasil.
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Especificações
Assim como todo Raspberry, o Pi 4 é construído em torno de um processador de arquitetura ARM, a mesma usada nas CPUs dos smartphones. O modelo em questão é um quad-core da Broadcom, com velocidade de até 1,5 GHz em cada um de seus núcleos Cortex-A72. Já o Pi 3 original, lançado em 2016, também era um Broadcom quad-core, mas com velocidades de 1,2 GHz em núcleos Cortex-A53. A versão B+ do Pi 3, anunciada em 2018, chega a 1,4 GHz.
Embora a diferença no valor da frequência do processador pareça pequena, o ponto aqui é a arquitetura dos núcleos. Os Cortex-A72 são mais poderosos do que os A53 e devem dar ao Pi 4 uma margem de manobra maior.
Outro detalhe importante das fichas técnicas é a quantidade de memória RAM. O Raspberry Pi 3 é comercializado com apenas 1 GB de RAM DDR2, antigo padrão de memória que começou a sair de circulação entre os anos de 2007 e 2008 nos PCs. O Pi 4, que poderá ser adquirido com 1 GB, 2 GB ou 4 GB de RAM, usa o padrão DDR4, mais recente e rápido.
Há também diferenças importantes na capacidade de processamento gráfico entre as plaquinhas. O Pi 3 é capaz de dar saída a uma resolução máxima de 1080p a 60 fps. O Pi 4, por outro lado, pode controlar telas 4K a 60 fps. Além disso, o novo PC traz hardware para decodificar vídeo em H.265 e já é compatível com o OpenGL 3.0, conjunto de fatores que o tornam muito mais avançado na performance gráfica.
Desempenho
A clara vantagem do Pi 4 diante do Pi 3 em termos técnicos é visível também em comparativos de desempenho, que o colocam à frente da placa de geração anterior. A Raspberry Foundation, entidade que desenvolve o miniPC afirma que o Pi 4 foi desenvolvido para funcionar de forma equivalente a um desktop de entrada, porém com preço mais baixo.
A promessa parece consistente com as aferições de desempenho obtidas em diversos reviews já disponíveis da nova placa. O site especializado Tom’s Hardware mediu o desempenho da placa em diversos cenários: no teste de estresse Sysbench, o Pi 4 e seu processador quad-core mais poderoso somaram 394 pontos contra distantes 263 do Pi 3, diferença de quase 50% para a nova geração.
Outros exemplos são os testes da revista especializada MagPi, que mostra o Pi 4 com um desempenho que chega a ser 400% maior do que o Pi 3 no teste Linpack, originalmente desenvolvido para medir a performance de supercomputadores e que afere a capacidade bruta de processamento de um sistema.
Recursos
Mais atual e com um perfil mais adequado para o uso como um desktop, o Pi 4 também tem vantagens relacionadas a conectividade e funcionalidades. A nova geração da placa chega com duas portas USB 3.0, inexistentes no Pi 3, que só oferecia interfaces USB 2.0. Além disso, a conexão de rede deve ser melhor na versão de 2019, já que agora o usuário tem acesso a uma interface Gigabit Ethernet, superior à usada no Pi 3.
Outros avanços ficam por conta do Bluetooth 5.0,
Preço
O Pi 4 já está disponível no exterior, mas ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. Lá fora, o novo Raspberry tem preços que partem dos US$ 35 (algo em torno de R$ 135, em conversão direta, sem impostos) para a opção com apenas 1 GB de memória RAM. A versão com 4 GB, mais indicada para o uso como desktop, sai por US$ 55 (cerca de R$ 210).
Já o Pi 3 é fácil de ser encontrado no Brasil. Importado em caráter oficial, o modelo pode ser, inclusive, comprado em edição nacional, que conta com homologação da Anatel. Os preços para a edição brasileira da placa começam em R$ 265.
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