Pokémon Sword e Shield são os dois novos jogos da famosa série da Nintendo, que foram lançados no Switch e já com enorme sucesso — são mais de 6 milhões de cópias vendidas no mundo todo, apenas na primeira semana no mercado. No entanto, eles podem se revelar títulos sem a inovação que os fãs esperavam, ainda que tenham um bom apelo nostálgico, gráficos bonitos e a jogabilidade que a saga Pokémon já consagrou — incluindo elementos de RPG, exploração e colecionismo. Leia abaixo a análise completa do TechTudo e saiba se vale a pena jogar.

A nova região

Pokémon Sword e Shield se passam em Galar, região inédita na série. Como todo game da saga, o cenário é inspirado em lugares reais do mundo — neste caso, o Reino Unido e parte da Europa ocidental. A ideia é que o jogador seja um treinador de Pokémon novato neste local, em busca do estrelato e de ser o campeão da grande liga.

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A história não é das mais originais, mas é assim que a série Pokémon funciona há mais de 20 anos, e tem dado certo desde então. Porém, o enredo vai revelando surpresas ao longo de seus acontecimentos. O básico, realmente, não muda, mas há personagens únicos que dão um tom de aventura e surpresas durante a trama — inclusive com revelações mais gritantes do meio para o final da história, para não citar spoilers.

Conteúdo? Nem tanto

Apesar de a história fazer bem o serviço, Pokémon Sword e Shield podem ser alvo de críticas por conta do seu conteúdo. O jogo tem menos de 100 Pokémon inéditos, um número bem abaixo da média dos jogos anteriores. Além disso, muitos são apenas novas formas para criaturas já conhecidas — as chamadas formas regionais —, somando também pouco mais de 400 criaturas no jogo, em sua totalidade. Quem esperava a "Pokédex" completa pode se decepcionar.

Além disso, em termos de jogabilidade, Pokémon Sword e Shield trazem poucas inovações reais. O que há de verdadeiramente novo são as formas Dynamax e Gigantamax, que fazem com que suas criaturas cresçam a tamanhos gigantescos dentro das batalhas.

Elas funcionam bem e são divertidas de acompanhar, além de visualmente interessantes. Porém, ficam com um jeito de "falta de criatividade" frente a outras inovações de batalhas que jogos passados já trouxeram — como a Mega Evolução, ausente por aqui.

Há espaço ainda para outras adições pontuais. As Wild Areas, por exemplo, são locais com bastante espaço de exploração e com conectividade online, para interagir com outros jogadores que estão por ali, ao mesmo tempo.

Neste mesmo lugar encontramos Raids, inspiradas por Pokémon GO, que colocam vários participantes para lutar contra um Pokémon ao mesmo tempo, recompensando-os com a captura, ao final. São momentos legais e divertidos, mas nada que mude drasticamente a natureza dos jogos de Pokémon em relação ao que já era conhecido.

Esse sentimento se repete ao longo de toda a aventura em Pokémon Sword e Shield. Os jogos procuram não inovar tanto, a não ser pela região inédita e um ou outro sistema da jogabilidade. Ainda assim, e por outro lado, eles possuem a marca registrada e o carisma da série Pokémon como nenhum outro.

É bom, no fim das contas?

Jogar um game de Pokémon em um console principal da Nintendo tem sido um sonho antigo de muitos fãs, e Pokémon Sword e Shield permitem isso. Mesmo que não sejam exatamente inovadores, os dois jogos fazem bem o seu "feijão com arroz". A jogabilidade torna a experiência interessante e nada cansativa. Mesmo quem esperava algo totalmente diferente vai acabar

... se divertindo ao jogar a aventura.

Talvez fosse a ocasião de questionar se inovações muito diferentes realmente importam para um game da saga principal de Pokémon, já que Pokémon Sword e Shield se saem tão bem em todo o restante. A jogabilidade marcante da série continua aqui, bem como o esquema de RPG, colecionáveis e, claro, as batalhas. O "básico" ainda é básico, de verdade, mas bem feito em um sentido mais amplo.

Vale somar isso a tudo que já se conhecia da série, como criação de novos personagens Pokémon, conectividade online para batalhas e trocas, além do grande desafio de vencer os líderes de ginásio. Pokémon Sword e Shield são bons representantes da marca — não por acaso, estão entre os mais vendidos do Switch na atualidade.

Por mais que números de vendas talvez não se traduzam exatamente em qualidade, Pokémon Sword e Shield podem se provar, ao longo do tempo, com atualizações e melhorias, como a Nintendo costuma fazer com seus jogos. Além disso, quem jogou Pokémon Let’s Go Pikachu e Let’s Go Eeevee, somente, também pode ter surpresas aqui ou ali.

Os gráficos não são exatamente os melhores do mundo, mas estão em um nível aceitável para o Switch. Pokémon Sword e Shield também são os jogos mais bonitos de toda a série, por mais que limitações técnicas ocorram, como personagens aparecerem "do nada" em alguns cenários maiores.

Pokémon Sword e Shield também não fazem feio no quesito dificuldade. Apesar de haver batalhas verdadeiramente fáceis contra líderes de ginásio, há desafios nas Wild Areas que podem "tirar a paz" dos jogadores e forçar uma estratégia maior. Sem falar no "pós-jogo", quando acaba a história principal, e é preciso completar os Pokémon do game.

Conclusão

Pokémon Sword e Shield não são tão inovadores quanto deveriam, mas nem sempre isso importa. É verdade que eles podem decepcionar alguns jogadores, não há como refutar isso. No fim das contas, porém, ainda são jogos de Pokémon, e isso conta bastante, pois a diversão continua no alto.

Os gráficos não são feios, apesar de pequenos problemas técnicos, e os games são bem grandes, com bastante conteúdo, para prender o jogador por algumas horas. Fica a esperança para que um próximo jogo seja um pouco diferenciado por parte da Nintendo, mas estes são bons novos capítulos, para fãs novos e antigos.

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