A Xiaomi tem uma verdadeira legião de fãs e se antigamente muitos consideravam que isto só acontecia devido aos preços baixos, o tempo acabou por comprovar que isto não corresponde à verdade. É que o preço dos equipamentos da Xiaomi continua a subir, especialmente depois da separação da marca Redmi, e os clientes não se afastaram da marca. Bem pelo contrário. Estão sempre à espera do próximo topo-de-gama, o que leva a ocasionais rupturas de stock. É esta, aliás, a situação do mais recente Xiaomi Mi 10 e Xiaomi Mi 10 Pro. Mas o que torna esta marca tão interessante?

Opinião: afinal o que torna a Xiaomi tão interessante?

Mi Note 10

Será marketing?

Definitivamente não. Não digo que a Xiaomi não tenha um bom marketing fora da Europa. No entanto, por cá, está bem longe do valor de investimento da Huawei e da Samsung. Dito isto, as acções são muito limitadas e normalmente passam por reviews e pouco mais.

A força da Interface da Xiaomi

Esta é daquelas marcas que foi crescendo organicamente. Uma espécie de passa-a-palavra. Há muitos anos, mesmo antes de ter tido contacto com um smartphone da Xiaomi, descobri a interface MIUI e não quis outra coisa. Aliás gostei tanto desta ram que em colaboração com alguns utilizadores de um fórum espanhol bem conhecido comecei a criar roms personalizadas para alguns equipamentos. Tive na altura um BQ Aquaris 5 e este foi um dos equipamentos para o qual ajudei a desenvolver e a testar algums roms baseadas na interface MIUI.

Nessa mesma altura, se não estou em erro em 2013 e muito antes disso, já se falava muito da Xiaomi em Portugal. Da Xiaomi e da interface MIUI. A “culpa” é de um grande site chamado miuiportugal.com que fez sempre um excelente trabalho a divulgar as novidades desta interface.

Eu falei do exemplo da BQ mas na realidade existem vários equipamentos para os quais existem ROMS personalizadas da Xiaomi e acredite ou não, houve muitos utilizadores que entraram no mundo da Xiaomi devido à interface.

Os equipamentos

A Xiaomi começou o seu caminho a fabricar equipamentos entrada-de-gama. De facto, eram dispositivos extremamente baratos e isso tornou-os muito apetecíveis. Depois, dos entrada de gama vieram os gama média e por fim os topo-de-gama. Ou seja, começaram a conquistar pelo preço e funcionalidades e, agora, sendo a qualidade bastante superior, já não faz grande impressão pagarmos mais para deitarmos a mão a um Xiaomi. Seja como for, foi aqui que este fabricante conquistou muitos pontos.

É que esta marca conseguiu colocar gamas média com boas características na mão de pessoas que infelizmente só conseguiam comprar entradas de gama de outros fabricantes. Isto ajudou a aumentar o interesse pela marca e sobretudo a criar-se alguma empatia.

Isto leva-me de novo à questão com que começámos. Afinal o que torna a Xiaomi tão interessante? A resposta é: duas coisas.

Primeiro, o preço foi o fator principal para cativar os utilizadores e criar empatia. Isto gerou um passa-palavra enorme que é das melhores formas de marketing. Segundo, a preocupação com o software atualizando inclusivamente que já têm vários anos para a última versão da interface.

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