Os smartphones já andam a chegar ao mercado com grandes quantidades de memória há algum tempo, especialmente quando olhamos para o mundo Android, que já viu um ou outro modelo a chegar às prateleiras com 12GB de memória RAM.
No entanto, agora que a Samsung fez um autêntico ‘all-in’ com o seu S20 Ultra e os seus super 16GB de RAM, é que nos começamos a questionar como é que tudo isto é possível?
Ou seja, como é que um simples smartphone pode ter 16GB de memória RAM, se um PC Desktop Gaming com a mesma memória, precisa de ter 2 (ou mais) módulos gigantescos na motherboard!
Se 16GB de RAM cabem no S20 Ultra. Porque é que a RAM do PC é tão ‘grande’?
A resposta é extremamente simples… É tudo devido ao custo, dissipação de calor e requisitos de cada plataforma. Isto já para não falar na segurança e qualidade de construção.
Caso não saiba, já temos vários cabos de uso de memória de alta densidade em computadores portáteis. No entanto, se por alguma razão estes chips de memória RAM falham. Então, o aparelho é basicamente considerado como perdido, indo automaticamente para o caixote do lixo. Afinal de contas, o preço de trocar a mainboard (onde a RAM está soldada), é quase igual ao preço de uma máquina completamente nova.
É por isso que os servidores, PCs desktop e portáteis continuam a usar módulos DIMM ou SODIMM, que por sua vez têm duas grandes vantagens em relação à memória integrada que podemos encontrar nos smartphones, tablets e smartwatches.
Vantagens:
- Módulos RAM (DIMM e SODIMM) são removíveis, e em muitos casos, é possível atualizar para velocidades mais elevadas, ou quantidades de memória mais altas.
- É possível meter chips de memória RAM de baixa densidade em ambos os lados do módulo, o que torna a produção muito menos complexa e extremamente mais barata.
Em suma, é tudo uma questão de preço! (Mas também de calor!)
Muito resumidamente, a RAM de um PC é posta em pequenas boards que são posteriormente montadas na motherboard. Por isso, não precisam de ser extremamente pequenas. Desta forma, as fabricante podem usar sets de chips modulares, que são mais baratos, mais flexíveis, e o calor não se concentra num único ponto.
Entretanto, num smartphone existe muito menos espaço disponível. Por isso, este design modular deixa de existir. Desta forma, é mais difícil implementar memória, o método é menos flexível, os chips são mais caros e na verdade… A velocidade é seriamente ‘capada’ pelo calor extra.
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