Spam é um termo comum da Internet que não só faz referência direta a e-mails indesejados, mas também a comportamentos em redes sociais para propagar noticias falsas e gerar tráfego para correntes. Além disso, eles servem como vetor para ataques tipo phishing ou mesmo golpes cada vez mais elaborados por estelionatários. Por dia, estima-se que mais de 100 bilhões de spams são enviados por e-mail. A seguir, confira todos os detalhes sobre a prática e descubra como se prevenir para evitar receber esse tipo de conteúdo.

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O que é spam?

Spam são conteúdos enviados pelo remetente sem o consentimento do destinatário. Associados principalmente com e-mails – mas hoje também uma realidade em redes sociais, esses materiais consistem em mensagens de propaganda de bens e serviços, mas podem envolver práticas de phishing, usadas por criminosos.

O volume de tráfego desse tipo de mensagem impressiona. O site SpamLaws, que discute e dá visibilidade a questões referentes à privacidade e a segurança na Internet, afirma que, por dia, 250 bilhões de e-mails são enviados no mundo todo. Desse conjunto, pelo menos 45% se encaixam na classificação de spam, o equivalente a mais de 112 bilhões de e-mails.

Há diferentes versões a respeito da origem do termo Spam. Uma delas afirma que o termo é, na verdade, uma sigla para “Sending and Posting Advertiement in Mass” (“Enviar e Postar Propaganda em Massa”, em tradução livre). Há também quem afirme que a expressão foi, na verdade, emprestada de uma antiga esquete do humorístico britânico Monty Python em que os personagens cantam “Spam”, uma marca de carne de porco enlatada de forma ininterrupta em uma cantina.

Em termos históricos, aceita-se que o primeiro caso de spam ocorreu em 1994, envolvendo dois advogados, parte de um fórum de discussões e submissões de artigos, que acabaram enviando mensagens relacionadas à loteria para todos os participantes. O tráfego chegou a comprometer a performance do fórum e a reação de usuários irritados logo tipificou o episódio como spam, em referência à esquete do Monty Python: conteúdo que ninguém pediu, chegando várias vezes, de forma irritante e a ponto de encerrar as demais discussões do fórum.

A denominação reforça a ideia de que spam nada mais é do que conteúdo que chega até você sem ter sido solicitado, enchendo sua caixa de entrada – ou sessão de filtro para mensagens do tipo spam – no seu serviço de e-mails.

Quais são os tipos de spam?

  • Propaganda: o mais comum entre os tipos de spam, esses conteúdos são anúncios publicitários não solicitados pelo destinatário e podem ser tanto de produtos e serviços lícitos como ilícitos. Em geral, não oferecem riscos, apenas lotam a caixa de entrada e causam desperdício de tempo;
  • Fake News: os boatos e teorias conspiratórias da Internet podem aparecer como spam. O método é similar à disseminação de notícias falsas pelas redes sociais: o conteúdo chega com um título alarmante, faz referência a uma situação que gera indignação e convida o usuário a enviar o material para o maior número de contatos possível;
  • Correntes: com objetivo similar ao spam de fake news, as correntes apostam na superstição do usuário para tecer ameaças: caso não compartilhe o e-mail com outras 10 pessoas, terá azar, perderá dinheiro e etc. Outra abordagem adapta o gancho para um desfecho mais positivo: compartilhe o e-mail com X pessoas para ter mais sorte, conhecer uma pessoa especial ou arrumar emprego, por exemplo;
  • Estelionato: ataques tipo phishing que usam um spam para tentar obter dinheiro da vítima prometendo acesso a uma herança misteriosa, ou uma compensação financeira no fu
... turo, caso o usuário se disponha a fazer uma contribuição imediatamente para determinada causa. Os estelionatários também podem aplicar spam para direcionar o usuário para páginas falsas de lojas e bancos atrás da interceptação de dados pessoais e bancários;
  • Vírus: também é possível que o spam venha com algum tipo de malware, seja por meio de anexos ou links que levam o usuário a baixar e executar algum software prejudicial, capaz de infectar o computador para distribuir malwares de todos os tipos.
  • Quais são os riscos?

    Os riscos associados com o spam vão variar diretamente em função do tipo de conteúdo e objetivo por trás da sua distribuição pelos autores. Se o spam em questão é apenas um anúncio publicitário, seu maior ônus será a perda de tempo e produtividade por conta da necessidade de abrir o e-mail e eliminá-lo da sua caixa postal.

    Spams mais sofisticados e preparados para outros fins, como distribuição de ramsonwares, ou estratégias para enganar os destinatários em golpes são um problema bem maior. Desatenção com esse tipo de e-mail pode levar a prejuízos financeiros sérios e de difícil recuperação, já que é comum ter criminosos por trás da distribuição desses materiais criando estratégias de divulgação dos spams que cobrem seus rastros e impedem que as autoridades consigam identificá-los.

    Outro problema com o enorme volume diário de spams é que é bem fácil perder um e-mail importante. Por vezes, seu provedor de pode se enganar e creditar como spam uma mensagem importante. De forma similar, se sua caixa de e-mails lotar de spams, você não terá espaço para receber mais nenhum e-mail e isso também pode provocar a perda de mensagens importantes.

    Onde o spam está presente?

    Embora a associação com e-mails ainda seja mais evidente, o bombardeio constante de conteúdo repetitivo, não solicitado e irritante não é mais exclusividade das caixas de entrada. Os spams são encontrados hoje em redes sociais, como Facebook e Twitter, ou mesmo em serviços de mensagens, como o WhatsApp.

    O que muda nesses canais é a forma em que o conteúdo é disseminado. No WhatsApp, por exemplo, o principal tipo de spam não é o publicitário, mas sim o de notícias falsas e correntes, que instigam os destinatários a compartilhar o material para seus contatos, seguido pelos golpes que buscam interceptar dados e roubar dinheiro das vítimas. No Facebook, a disseminação de spam tem mais relação com anúncios, embora notícias falsas, discurso de ódio e golpes também se façam presentes.

    Como fazer para evitar spams?

    No e-mail, o primeiro cuidado é sempre marcar como spam aquelas mensagens que você considera encaixarem na definição de publicidade indesejada. Isso irá orientar o serviço de e-mails que você usa para que saiba dar a destinação correta para eventuais novas mensagens desse remetente, não apenas na sua conta, mas nas dos demais usuários da plataforma. Outro cuidado importante é não participar em correntes e não compartilhar fake news que eventualmente chegam até você.

    Por fim, também é importante lembrar que, se você está recebendo spam, é porque alguém possui seu endereço de e-mail. Diante disso, procure ter o cuidado em manter seu endereço de e-mail tão pessoal e restrito quanto o seu número de celular, divulgando-o apenas para pessoas e sites confiáveis.

    Já no Facebook, é recomendado que o usuário verifique registros de acesso da sua conta e as suas atividades, excluindo interações que não reconhece, além de fazer o mesmo com apps e jogos associados à sua conta. A rede social considera spam postagens de páginas que pedem para o usuário compartilhar ou dar like, divulgação de links que levam a anúncios, páginas que postam o mesmo conteúdo inúmeras vezes, ou perfis que postam muita coisa todos os dias.

    O Instagram tem algumas recomendações para que você não seja inundado por requisições de contas spam. Você pode tornar a sua conta privada, desativando as sugestões de perfis parecidos. Outras medidas interessantes são reportar os perfis infratores, além de bloqueá-los.

    No WhatsApp, os spams podem ser de tipos bem variados – indo das notícias falsas e correntes a golpes – e isso impõe a necessidade de ter mais atenção. Fique atento e desconfie de mensagens enviadas pelos seus contatos que fogem do padrão. Caso um amigo apareça com uma mensagem suspeita, com linguagem e conteúdo que foge do seu comportamento, pode ter tido seu celular infectado com algum malware que dispara mensagens em massa. Nesses casos, o conteúdo geralmente busca despertar a curiosidade para baixar arquivos ou interagir com links que podem infectar o aparelho com algum malware. Também é possível bloquear contatos suspeitos.

    O Twitter aplica uma série de tecnologias que visa identificar automaticamente contas suspeitas – de usuários reais ou robôs – em promoverem spam. Entretanto, a capacidade de reação dessas ferramentas é limitada e uma forma de auxiliar no combate é sempre reportar eventuais infratores.

    Do ponto de vista do usuário, a forma mais eficiente de evitar spammers é a ferramenta de bloquear os contatos suspeitos. A rede social explica que contas flagradas realizando spam a partir da identificação e reclamações por parte de outros usuários perdem visibilidade e podem eventualmente acabar desativadas.

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