Tony Hawk's Pro Skater 1+2 é o remaster dos dois primeiros games da clássica franquia de skate da Activision. Com lançamento para PlayStation 4 (PS4), Xbox One e PC (Windows), o título traz todas as pistas e skatistas das versões originais, além de boa parte da icônica trilha sonora. Uma boa surpresa foi a inclusão da música "Confisco", da banda brasileira Charlie Brown Jr.

Com novos atletas, playlist renovada e mais ajustes, a gameplay está ainda mais precisa e prazerosa. Outro destaque é o visual do game, que foi completamente remodelado para aproveitar o poder dos consoles e PCs atuais. No review a seguir, confira a análise completa com os prós e contras de Tony Hawk's Pro Skater 1+2.

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Não é a primeira vez que a Activision tenta reviver os lançamentos originais da franquia do skatista californiano. Em 2012, foi lançado Tony Hawk's Pro Skater HD (PC e Xbox 360), que trazia o mesmo conjunto de pistas, mas errou feio na adaptação da jogabilidade, que não se parecia em nada com a que fez a fama da série.

De volta às origens

Após o fracasso com a versão remasterizada e mais recentemente com o Tony Hawk's Pro Skater 5, a Activision resolveu entregar o novo projeto de remaster às mãos da Neversoft, responsável pelos títulos originais. A ideia era recriar todas as pistas e clima dos games do PS1, mas com um ar mais moderno.

Assim surgiu Tony Hawk's Pro Skater 1+2, que segue exatamente a mesma estrutura dos dois primeiros games da série, em que o objetivo é cumprir uma lista de tarefas em diferentes pistas, jogando em sessões curtas de dois minutos. Pontuações altas, combinações de manobras e coleta de itens pelo mapa estão entre as missões mais comuns, separadas em 19 níveis diferentes, localizados nas mais diversas partes do mundo, incluindo Nova York, São Francisco e Miami.

Jogabilidade à moda antiga

Para corrigir os erros do passado, a Neversoft pôs como foco preservar ao máximo a jogabilidade original dos games, que, embora tenha sempre agradado aos jogadores, se perdeu nas tentativas de inovação das versões mais recentes. Agora, com um jogo que passa exatamente a mesma sensibilidade de controles e resposta rápida dos títulos originais, o resultado não poderia ser melhor.

Apesar da manutenção da gameplay original, o jogo incorpora alguns dos comandos e funções que fizeram sucesso em versões posteriores, como switches durante os manuais, wallplants (pular em uma parede e usar as mãos para se ejetar na direção contrária) e outras manobras. Além disso, para evitar conflitos com fãs mais puristas, há opção de desligar completamente essas inovações e limitar a gameplay aos comandos e física de Tony Hawk's Pro Skater 1 ou 2 (em que sequer existiam manuais).

Trilha sonora clássica e visual de primeira

A principal e mais aguardada mudança está na parte gráfica, completamente remodelada sob o poder dos consoles e computadores atuais. O resultado é dos melhores, com modelos de skatistas bastante realistas e repletos de detalhes, animações de movimentação e manobras mais fluídas. A desenvolvedora também caprichou nos mapas clássicos da franquia, que ganharam texturas em alta definição e efeitos visuais dignos de 2020.

A repaginação visual também passou pelos menus dos games, que abandonaram as telas originais dos jogos por uma nova versão mais moderna e intuitiva. Lá, é possível escolher entre as pistas de Pro Skater 1 ou 2, selecionar skatistas, opções de personalização, desafios e perfil do jogador, além do acesso às opções gerais.

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Um dos elementos mais memoráveis de toda a franquia, em principal nos dois primeiros jogos, a trilha sonora está praticamente intacta em Pro Skater 1+2. O lançamento traz várias das canções que marcaram época nas versões originais do game. "No Cigar", de Millencolin, "Superman", de Goldfinger, e a inusitada colaboração de Anthrax e Public Enemy em "Bring Tha Noize" estão presentes em toda a sua glória, dividindo espaço com novas faixas como "Bloody Valentine", do rapper Machine Gun Kelly, e "Confisco", da banda brasileira Charlie Brown Jr., inclusa graças ao apelo dos fãs brasileiros e a uma "forcinha" de Bob Burnquist.

Velhos e novos conhecidos

Assim como no segundo game da série, para jogar a campanha principal, é possível criar o seu próprio personagem, ou usar um dos skatistas do elenco de profissionais e ex-profissionais do jogo. No total são 21 skatistas, que vão dos experientes Tony Hawk, Bob Burquist, Eric Koston e Elissa Steamer (os modelos foram adaptados para refletir suas aparências atuais), até os recém-adicionados Nyjah Huston, Leo Baker e a brasileira Leticia Bufoni.

Cada personagem tem suas próprias características, como habilidade para saltos, altura dos ollies (pulo com o skate), manuais (equilibrar o skate em duas rodas) e corrimãos, além de manobras especiais. Isso ajuda a decidir o seu estilo de jogo, mas a verdade é que a escolha afeta muito pouco a jogabilidade, já que rapidamente é possível obter pontos de atributos e melhorar as habilidades do atleta selecionado.

Uma das principais novidades foi a inclusão de uma loja de roupas, vista em versões mais recentes dos games da série. Nela, os jogadores podem gastar o dinheiro obtido cumprindo objetivos em diversas peças de marcas famosas, como camisetas, bonés, tênis e até shapes para o skate. Vários dos itens são desbloqueados em níveis mais avançados, obrigando um certo avanço para liberar as roupas mais legais.

O ponto negativo fica para as opções de personalização dos skatistas criados, que só têm um estilo de corpo disponível (ou seja: nada de pesos, alturas ou formatos diferentes). A parte de penteados, barbas e rostos também é bastante limitada, especialmente quando comparada à variedade enorme de indumentária. Por fim, skatistas profissionais como Tony, Bob ou Nyjah não podem ter roupas ou acessórios alterados, e ficam limitados a três skins predefinidas que acompanham o jogo (uma padrão e outras duas a serem desbloqueadas em desafios).

Criando pistas e jogando online

Sucesso em Tony Hawk's Pro Skater 2, o editor de pistas está de volta, dessa vez ainda mais robusto e fácil de usar. Com criatividade e tempo para investir, é possível criar verdadeiras obras-primas no editor, usando centenas de objetos, rampas e corrimãos, além de peças especiais, como loops e saltos gigantes. E não para por aí: as pistas podem ser compartilhadas online com a comunidade de jogadores, dando a milhões de skatistas virtuais acesso ao nível personalizado.

Outra melhoria possibilitada pela evolução dos consoles é o novo modo online de Tony Hawk's Pro Skater 1+2, que, além de criar uma experiência divertida, estende a vida útil do game. As sessões contam com diversos jogadores online, que andam pelas pistas simultaneamente enquanto novos desafios são propostos – como corridas por pontuações altas ou realização de combos robustos, por exemplo.

Apesar de um ou outro problema de conexão (capazes de arruinar completamente uma manobra ou combo perfeito), o modo online aposta no simples, e é uma boa opção para testar suas habilidades contra jogadores mais experientes. A modalidade poderia se beneficiar de desafios mais longos e complexos, assim como algum sistema de rankeamento, para parear usuários com níveis de habilidade similares.

Conclusão

Com foco total em entregar um produto de qualidade, que faz jus ao legado da franquia Tony Hawk's Pro Skater, o remaster 1+2 da Neversoft cumpre o objetivo de forma brilhante, em um pacote recomendado para os antigos fãs que desejam matar a saudade dos clássicos, ou para novos jogadores que buscam uma introdução à série. O game é um exemplo a ser seguido quando o assunto são remasters de jogos antigos.

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