Nos últimos dez anos, diversas tecnologias surgiram com a capacidade de mudar a vida em sociedade. De assistentes virtuais com inteligência artificial até os carros elétricos autômatos, muitos acontecimentos da década passada eram apenas assunto de ficção científica até seus lançamentos. Além disso, foi um período de tempo marcado por novos dispositivos. Basta lembrar que, em 2010, alguns dos produtos que "abalaram o mercado" incluíram, por exemplo, o Kinect, o primeiro iPad e o primeiro Galaxy S. Veja, a seguir, nove tecnologias que mudaram o mundo nos últimos dez anos.

O TechTudo comemora 10 anos em dezembro de 2020! Desde o seu surgimento, em 2010, o site vem descomplicando a tecnologia para você e assim se consolidou como o maior portal de technology news do Brasil, segundo a Comscore. Para comemorar a data, o site lança uma série especial para relembrarmos como a tecnologia evoluiu nesse tempo. E conte com o TT para descobrirmos juntos o que nos aguarda pelos próximos anos!

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1. Assistentes virtuais

Até menos de dez anos atrás, controlar dispositivos eletrônicos por meio de comandos de voz era impensável para a maioria das pessoas. O lançamento e a popularização dos assistentes virtuais, como a Siri, em 2011, a Cortana, em 2014, e o Google Assistente, em 2016, trouxe consigo novas possibilidades de uso de aparelhos, ainda pouco comuns até então.

Agendar reuniões e eventos, reproduzir a playlist preferida ou simplesmente programar o alarme são algumas das inúmeras possiblidades de interação oferecidas pelos assistentes virtuais. A IA é acionado por meio de comandos de voz, permitindo comunicação direta com os respectivos sistemas operacionais sem precisar usar as mãos ou olhar para a tela. Atualmente, o sistema é comum em computadores e celulares.

Além disso, os sistemas de controle por voz podem ser configurados para funcionar em vários idiomas e atender às preferências de diferentes usuários, como é o caso da Alexa, que pode reconhecer até dez vozes e armazenar suas preferências de música e agenda telefônica, oferecendo uma experiência personalizada de uso da tecnologia.

2. Smart homes

Além de celulares e tablets, os assistentes virtuais também desempenham papel decisivo na integração de aparelhos para a smart home. O conceito de casa inteligente, ou casa conectada, envolve o uso da tecnologia para integrar eletrodomésticos inteligentes, fechaduras, lâmpadas, chuveiros, entre outros dispositivos via internet e com controle à distância.

Embora ofereça conforto, segurança e maior eficiência energética, uma casa conectada ainda tem custos elevados atualmente. Os preços, porém, estão em baixa. Já é possível, por exemplo, comprar caixas de som smart de R$ 229, como a Amazon Echo Dot, ou por R$ 553, caso da Apple HomePod Mini. Já os aspiradores robôs, cujas vendas dispararam no Brasil em 2020, surgem por menos de R$ 500 no país. O mesmo vale para acessórios como tomadas smart, que podem sair por cerca de R$ 100. Algumas fabricantes, como a Positivo, inclusive vendem kits para smart home a partir de R$ 309.

3. Reconhecimento facial

O reconhecimento facial aprende os traços únicos de uma pessoa para identificá-la de forma precisa e segura, a ponto de não haver confusão entre usuários. Seu uso pode ser mais conhecido para o desbloqueio de smartphones, como Face ID da Apple, mas as aplicações vão além dessa utilização.

Vale mencionar o reconhecimento biométrico recém implantado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que permite a identificação de eleitores a partir dos traços do rosto. A inovação também é utiliz

... ada por instituições bancárias e fintechs na hora de validar o acesso ao aplicativo e liberar transações com menor perigo de fraudes e crimes cibernéticos.

Além disso, a revolução promovida pelo reconhecimento facial ganhou espaço internacional na segurança pública de vários países. Um levantamento feito pela Surfshark, empresa que desenvolve ferramentas de proteção de privacidade na internet, informa que 98 países atualmente usam tecnologias de reconhecimento facial em algum tipo de vigilância pública.

4. Redes sociais e mensageiros

As redes sociais causaram um grande impacto na forma de comunicação e interação entre as pessoas, especialmente após a popularização de plataformas como Facebook, Twitter e Instagram. Atualmente, esse tipo de serviço reúne bilhões de usuários no mundo inteiro, a ponto das empresas responsáveis se tornarem algumas das mais valiosas do mercado.

O tamanho do Facebook também impactou nos principais rivais que surgiram depois. Foi o caso do Instagram, que surgiu há 10 anos com a proposta de oferecer um espaço para o compartilhamento de fotos e vídeos. Desde que aplicativo foi comprado pela empresa de Mark Zuckerberg em 2012, a rede social se tornou rapidamente uma plataforma que reúne mais de 800 milhões de usuários ativos por mês. Hoje, suas funções já vão além da troca de mensagens e mídia, integrando também uma loja virtual.

Os mensageiros também evoluíram nos últimos anos. O destaque é o WhatsApp, o primeiro a decolar no segmento e ainda o principal app dessa categoria no Brasil. Fundado em 2009, o serviço cresceu principalmente desde 2014, quando foi adquirido pelo Facebook, e já chega aos 2 bilhões de usuários. Assim como o Instagram, a solução busca se diversificar para além da função de chat. A principal aposta para os próximos anos foca na área financeira, por meio do Whatsapp Pay.

5. Streaming de vídeo e música

Os serviços de streaming de vídeo e música se tornaram a principal forma de consumo de mídias e importante fonte de retorno financeiro à indústria do entretenimento. Lançado em 2008, o Spotify cresceu na esteira do sucesso do iTunes e se tornou uma das maiores plataformas de conteúdo de músicas e podcasts mundiais. Hábitos como comprar CDs ou, mais recentemente, o download de músicas e discos favoritos, foram substituídos pela reprodução online, com um catálogo de milhões de faixas sempre à disposição.

Outro setor que passou por mudanças significativas foi o audiovisual. Com a chegada de plataformas de conteúdo online, as videolocadoras, que já vinham sacrificadas pela popularização dos downloads de filmes e vendas de DVDs piratas, tiveram seu fim sacramentado com a chegada das plataformas de streaming no país em 2011. Na última década, a forma de consumir filmes e séries mudou completamente com o crescente número de streamings, como Netflix, Globoplay e o recém-chegado Disney+.

De acordo com dados da Netflix, até junho deste ano, o número de usuários no Brasil já superava os 17 milhões de inscritos no serviço, o que faz do país o segundo maior mercado da plataforma, perdendo apenas para os Estados Unidos. No entanto, líder do segmento nacional é a Globoplay, que alcançou 20 milhões de assinantes este ano.

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6. Armazenamento em nuvem

Embora a associação imediata do conceito de armazenamento em nuvem seja com serviços como Google Drive, Dropbox, OneDrive e iCloud, a tecnologia é muito mais abrangente e responde por boa parte do funcionamento da Internet. No dia a dia, a solução permite eliminar dispositivos físicos e guardar arquivos sem ocupar a memória do celular ou computador.

É o armazenamento em nuvem que possibilita, por exemplo, a existência de plataformas de conteúdo online em geral, como Netflix. Quando o usuário dá play na programação de filmes e séries nesse ou em qualquer outro serviço de streaming, ele se conecta a servidores espalhados pelo mundo inteiro que são responsáveis por armazenar o conteúdo da plataforma.

Soluções como Amazon Web Services, Google Cloud, Microsoft Azure também surgiram da necessidade de manter serviços online sempre ativos e que, por isso, requerem uma grande estrutura de armazenamento disponível em vários locais. Com a evolução da conectividade, a infraestrutura descentralizada que esses serviços oferecem tende a ganhar ainda mais protagonismo no uso da Internet.

7. Carros elétricos, autônomos e voadores

Carros elétricos surgiram no contexto da maior preocupação com o meio ambiente e a necessidade de soluções para a mobilidade urbana. Com a promessa de emissão zero de gases poluentes, maior conforto e economia a longo prazo, a tecnologia já é realidade em vários países do mundo, embora tenha preços ainda bastante elevados e limitação de postos de recarga.

Aliada a outras inovações de software e hardware, a tecnologia também permitiu a chegada dos carros autônomos, que se dirigem sozinhos. Veículos do tipo já caminham o percurso regulatório nos EUA e outros países com a promessa de reduzir acidentes, reduzir falhas e diminuir o congestionamento no trânsito.

Uma variação do carro elétrico, os chamados VTOLs (sigla de Vertical Take-off and Landing) ainda não têm previsão de chegada ao mercado, mas já são testados mundo afora. Um veículo do tipo é movido por hélices e baterias e se parece com um grande drone. Uma das empresas com projetos na área é a brasileira Embraer, que anunciou recentemente a criação de uma startup para desenvolver carros que voadores e outras tecnologias similares.

8. Bitcoin e outras moedas virtuais

Em 2008, Satoshi Nakamoto (um pseudônimo) publicou um artigo em que explicava a ideia do livro de registros digital que deu origem ao Bitcoin. No entanto, foi somente nos últimos cinco anos que as moedas digitais realmente ganharam destaque no cenário mundial. Enquanto isso, a tecnologia por trás da invenção, chamada de blockchain, já é usada em diversas aplicações do dia a dia. Cartórios de todo o Brasil, por exemplo, usam a segurança dessa rede para registrar documentos.

É possível que o Bitcoin e as demais criptomoedas mudem para sempre o mundo das finanças. Em 2017, a moeda digital mais famosa do mundo chegou ao seu máximo preço histórico, próximo de US$ 20 mil, mas logo caiu fortemente após o estouro da bolha. Em 2020, o Bitcoin voltou a disparar, mas dessa vez o consenso é de que os motivos são diferentes.

Para grandes investidores de Wall Street, o Bitcoin tem potencial para se tornar uma reserva de riqueza como o ouro. Já bancos centrais apostam que a tecnologia pode servir como modernização de moedas nacionais. Autoridades brasileiras, por exemplo, já confirmaram que o real poderá ser transformado em criptomoeda nos próximos anos.

9. Tecnologia 5G

O 5G ainda está sendo introduzido no Brasil, com o leilão da tecnologia de 2019 adiado para 2020 e, agora, esperado apenas para o primeiro semestre de 2021. No entanto, no resto do mundo, já se tem amostras de como a tecnologia pode acelerar a digitalização de cidades inteiras. A quinta geração de conectividade é uma das portas de entrada para o que se chama de cidade inteligente, um conceito que envolve a integração da infraestrutura urbana. Dessa forma, o recurso ajuda a alinhar o funcionamento de semáforos, iluminação e câmeras de segurança, com dispositivos que utilizam esses serviços, como os próprios veículos autônomos.

Além da maior velocidade em relação ao 4G, o 5G se destaca pela baixa latência, permitindo respostas mais rápidas a comandos. Essa qualidade também é vista como revolucionária para campos como a agricultura e medicina, no qual cirurgias à distância pode levar atendimentos melhores a mais pessoas mesmo em locais remotos. Os últimos dez anos podem ter sido de maior dominância do 4G, mas o novo padrão já começa a mostrar resultados e traz grande expectativa para a próxima década.

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