XCOM Boardgame é um jogo de tabuleiro produzido pela Fantasy Flight e lançado no Brasil pela Galápagos Jogos. O “boardgame” é inspirado no título XCOM: Enemy Unknown, famoso nos computadores e também com versões nos consoles. O principal diferencial é que, além de dados, cartas e pecinhas, ele também usa um aplicativo oficial, que controla as ações dos jogadores e dita o rumo da partida. Veja mais detalhes:

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Totalmente cooperativo

XCOM é um jogo cooperativo no qual até quatro jogadores podem participar, cada um com em um papel que controla a base de operações das defesas da Terra contra alienígenas, jogando contra o tabuleiro. São quatro patentes possíveis: Comandante, Diretor Científico, Capitão e Chefe de Operações, cada qual com sua tarefa bem definida.

XCOM é um boardgame 100% cooperativo (Foto: Felipe Vinha)

O Comandante, por exemplo, é quem define os custos da base e precisa saber o que os outros podem ou não fazer no tabuleiro. O Capitão é o responsável pelos combates internos e nas missões. Já o Chefe de Operações é o jogador que controla o aplicativo e direciona as comunicações da partida. Por fim, o Diretor Científico pesquisa novas tecnologias que podem ajudar a equipe a lidar com as ameaças.

É possível jogar com menos de quatro jogadores, mas as regras mudam um pouco. Com dois, por exemplo, é necessário que cada usuário use dois personagens. No final das contas, os quatro cargos precisam sempre participar das partidas, o que faz com XCOM Boardgame seja ideal com pelo menos quatro participantes.

Simulando a tensão

O principal atrativo do boargame de XCOM é realmente o uso do aplicativo, o que pode parecer um pouco estranho. Afinal, como mídia totalmente offline, como os jogos de tabuleiro, pode fazer uso de um meio eletrônico para funcionar de forma obrigatória? A resposta vem por meio da simulação de tensão que o jogo faz com o adereço.

O app de XCOM simula totalmente a tensão do jogo (Foto: Felipe Vinha)

O app, que está disponível em português para iOS, Android e também PC, dita totalmente o rumo do jogo, desde a montagem do tabuleiro e posicionamento das peças, passando pelas ações dos jogadores e dos inimigos em cada turno. O game nem mesmo vem com manual de instruções na caixa, apenas uma folha básica que sugere a instalação do aplicativo e cujo usuário siga as instruções completas por lá.

Um turno de XCOM Boardgame é dividido em duas fases: a cronometrada e a de resoluções. Na primeira, os jogadores possuem um tempo pré-definido para realizar as ações e posicionar as peças no tabuleiro, enquanto a segunda, apenas resolve as pendências e efeitos das cartas, peças e combates contra inimigos.

Um turno de XCOM tem duas fases (Foto: Felipe Vinha)

A fase cronometrada é definida por ações que o aplicativo conduz: compra de cartas, posicionamento dos inimigos no tabuleiro, recebimento de dinheiro e por aí vai. Cada ação é direcionada a um dos cargos disponíve

... is entre os jogadores, que por sua vez devem realizá-las dentro do tempo estabelecido pelo app..

O tempo, por sua vez, varia bastante. Há ações que podem ser realizadas em até 25 segundos, enquanto outras dispõem de apenas seis segundos. É preciso ficar atento aos comandos do aplicativo, já que perder a oportunidade de realizar uma ação pode definir a derrota certa para a equipe da XCOM.

Aplicativo guia as fases de XCOM (Foto: Felipe Vinha)

O cronômetro do aplicativo não apenas simula a tensão do jogo de computador real, mas também serve para ditar a aleatoriedade e deixar o game mais variado. Nenhum turno é igual ao outro. Além disso, é sempre necessário informar ao app algumas condições da partida: como por exemplo saber se a base da XCOM foi destruída, ou quantos continentes já entraram em pânico por causa da invasão de OVNIs. Isso pode definir o fim da jogatina, com derrota para os humanos.

O app é obrigatório

Aproveitar um game de tabuleiro com aplicativo obrigatório pode ser algo desanimador para o público mais tradicional. Afinal de contas, para jogar será preciso ter tablet, telefone ou computador com bateria o suficiente para encarar, pelo menos, uma hora de partida. Vale lembrar que o app é totalmente obrigatório e as regras inviabilizam o jogo sem uso do software.

O app funciona como um controle para XCOM (Foto: Felipe Vinha)

Isso por causa da já citada aleatoriedade e controle da ferramenta sobre os fatos que ocorrem no game. É o aplicativo que também ativa a missão final dos jogadores, caso alguns requisitos já tenham sido cumpridos, e que pode dar a vitória aos humanos – caso vençam o desafio final, é claro.

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Contudo, XCOM Boardgame funciona muito bem com o aplicativo. Ele controla boa parte do jogo e não é possível jogar sem ele, mas o game ainda usa cartas, dados, miniaturas e depende bastante das ações dos jogadores. Desta forma, a plataforma se torna mais um complemento à diversão.

Mesmo com app, XCOM tem peças tradicionais (Foto: Felipe Vinha)

Apesar de algumas falhas e incoerências, como o tutorial do aplicativo ser mais difícil do que o nível de dificuldade “Fácil”, o uso do app só contribui para uma forma diferente de se aproveitar um jogo de tabuleiro e, de certa forma, inovar e disponibilizar para os fãs uma adaptação de videogame para mídia offline, mas que por sua vez não abandona alguns elementos digitais.

Outros jogos

Apesar de ser inovador e diferente, XCOM Boardgame não é o primeiro jogo de tabuleiro a fazer uso de aplicativos. Há outros games disponíveis no mercado que também requerem um extra eletrônico, como Alquimistas, Capitão Jack Pott e até mesmo clássicos, como Detetive e Super Lince, que estão recebendo novas versões atualizadas. 



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