A Colômbia é o novo destino do programa Internet.org, que visa melhorar condições de acesso à web no mundo. Mark Zuckerberg, presidente do Facebook e líder do projeto, encontrou-se com o presidente colombiano Juan Manuel Santos na última quarta-feira (14), em Bogotá, e também realizou uma sessão de perguntas e respostas na cidade. Na ocasião, comparou wearables aos primeiros celulares "tijolões".

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Mark Zuckerberg e o presidente da Colômbia em Bogotá, Juan Manuel Santos (Foto: Divulgação/Facebook)

O executivo já havia anunciado o evento no seu perfil na rede social, e pouco depois do encontro com o chefe de estado revelou as novidades. Em outro post no Facebook, deu uma notícia que já era esperada: o Internet.org ganhou um app na rede local Tigo, dando acesso gratuito a uma série de funcionalidades na grande rede para os colombianos.

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A escolha da Colômbia é significativa, porque apenas cerca de 50% das pessoas do país tinham acesso à Internet. O local é o primeiro país latino-americano a receber os serviços (e quarto do mundo, após Zâmbia, Tanzânia e Quênia). O acesso gratuito permitirá que os usuários acessem serviços básicos de empregos, saúde, finanças e comunicação.

Este é mais um passo bastante importante para o Internet.org, empreitada de Mark Zuckerberg que conta com apoio de diversas grandes empresas. O projeto busca soluções para levar conexão de Internet e serviços básicos, de graça, para o mundo todo. Foi lançado em agosto de 2013 para reverter os dados que comprovam que a maioria da população mundial ainda não utiliza a rede.

Presidente do Facebook abordou diversos assuntos durante Q.A. na Colômbia (Foto: Reprodução/Facebook Q.A.)

Em uma sessão de perguntas e respostas na Pontificia Universidad Javeriana, na capital colombiana, Mark Zuckerberg falou sobre assuntos da tecnologia atual e o Internet.org. Esta foi a primeira sessão de Q&A feita pelo executivo fora dos Estados Unidos. Confira abaixo os principais temas abordados:

Internet.org

Mark Zuckerberg: Nossa missão é ajudar a conectar todos no mundo. A maioria das pessoas no mundo ainda não têm acesso à Internet, o que foi difícil para eu entender no começo. Somente cerca de um terço das pessoas do mundo têm web. Há três barreiras que queremos superar: acesso físico, de sinal de Internet, economia, porque muita gente não tem as condições de pagar pelo serviço, e a pior delas, falta de informação. A maioria das pessoas não teve acesso sobre o que se pode fazer na Internet. Por isso queremos dar estes serviços básicos a estas pessoas.

Repetições no feed do Facebook

MZ: Muita gente escreve sobre isso. Muitas vezes você vê uma história que um amigo postou e depois vai ver de novo, quando alguém comentar neste post. O que fazemos com este ranqueamento, sem ordem cronológica, é que se você tem 100 ou 200 amigos no Facebook, provavelmente centenas ou milhares de posts serão postados e você poderá ver. Mas como muita gente não fica o dia todo no Facebook, temos que fazer isso. E receberíamos ainda mais reclamações se não fizéssemos.

Ataques na França

MZ: Foram relevantes para eu falar. Não foram só ataques terroristas só para causar dano e amedrontrar pessoas. Foi especificamente sobre liberdade de expressão. Foi para silenciar alguém que disse algo que ofereceu alguém. E o que nós queremos fazer é dar uma voz a todos. Há muitas coisas que

... podem ficar à frente disso. Censuras de Governos, falta de dispositivos, e mesmo quando você tem isso, quando se vive em uma sociedade de medo, porque algum extremista pode não gostar do que você escrever, isso não é liberdade de expressão e vai contra o que acreditamos e queremos fazer. Todos têm que se unir não só contra o terrorismo, mas também para dar a todos no mundo uma voz.
Os primeiros celulares eram horríveis, e é neste estágio que estamos agora com estas novas tecnologias (wearables)
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook

Censura

MZ: Vamos tentar sempre respeitar as leis dos países onde entramos, e dar às pessoas o máximo de liberdade que puder. Não posso pensar em exemplos onde uma companhia não fazer parte de um país, por causa de um protesto de uma lei, tenha feito bem. Mas há muitos exemplos de que a tecnologia implantada nestes locais criando uma oportunidade melhor para estas pessoas. E acho que esta é a nossa missão. Muita gente fala que não contrario governos por causa dos nossos trabalhos. Quero falar sobre isso, porque não operamos em todos os países, ainda somos em bloqueados em alguns, e os nossos negócios estão bem, acreditem. Então, é realmente sobre a nossa missão.

Futuro e wearables

MZ: Acho que há algumas tendências diferentes para os próximos anos que vão mudar como nos conectamos. A primeira é que muito mais gente estará na Internet, espero que a grande maioria das pessoas tenha rede – o que não vai acontecer se a gente não se esforçar para isso. E isso já vai mudar muita coisa. Sobre as ferramentas, agora temos o feed de notícias, os grupos, as mensagens, e acho que haverá muito mais ferramentas no futuro. Haverá muitas companhias fazendo um ótimo trabalho, com certeza, e nós vamos evoluir com nossos projetos.

A terceira coisa que você mencionou são novas plataformas. A cada 10, 15 anos, as coisas mudam. Antes, eram desktops. Hoje, são celulares. E isso vai mudar. E terão plataformas ainda mais integradas à nossa vida. É fácil imaginar que nós teremos algo que podemos usar, mas que pareçam óculos normais e não sejam esquisitos como algumas coisas (wearables/vestíveis), que existem hoje, para ter contato com tudo que existe no mundo. Mas vai demorar até chegar lá. Vocês lembram: os primeiros celulares eram horríveis, e é neste estágio que estamos agora com estas tecnologias.

Via TNW, QAwithMark e Facebook



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