Fotografar pessoas ou fazer um retrato, como é mais conhecido, não é tarefa simples. É preciso tomar certos cuidados - desde a escolha certa da lente ao melhor ângulo - na hora de estabelecer a melhor configuração em sua câmera DSLR, independente do modelo, para que possa aproveitar todo o potencial no resultado final. Confira abaixo sete dicas para não se frustrar mais com fotos que estejam com uma qualidade abaixo do esperado.

Filtros para lentes de câmeras DSLR: entenda para que serve cada tipo

Modelo de câmera utilizado nesta lista foi a Canon T3i (Foto: Heloisa Facin/TechTudo)

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Lentes

Mantendo em mente que aqui estamos focando em câmeras DSLRs, no caso dessa matéria uma Canon T3i, é crucial citar quais as melhores lentes a serem usadas quando produzimos um retrato. 

Quanto mais real a distância focal da sua lente, ou seja, uma reprodução aproximada com o alcance da visão do olho humano, melhor vai ser o resultado. Isso acontece porque lentes grande angulares (abaixo de 24mm), quando usadas muito próximas do seu objeto, tendem a deixar o fotografado com um rosto e corpo maiores do que realmente são. 

Veja como a distância focal de uma lente pode aumentar ou diminuir as proporções (Foto: Heloisa Facin/TechTudo)

As lentes ideais para retratos são aquelas com distância focal fixa de 50mm, 60mm, 85mm, 105mm ou 200mm; ou as lentes com zooms de 24-70mm, 24-120mm ou 70-200mm. 

Lembre-se: qualquer distância que seja maior do que 200mm também pode causar distorção, deixando a pessoa com o rosto e corpo muito finos e achatados. Além disso, para o fotografo fica muito mais difícil se posicionar no ambiente ou se comunicar com o fotografado a mais de 300mm de distância. 

Balanço de Branco (WB) e Fotometria

O WB e a medição da luz, a fotometria, são essenciais para qualquer tipo de fotografia. No entanto, eles têm papel especial em se tratando de retratos. 

Nas configurações de sua DSLR, selecione o tipo de luz que mais corresponde à luz de seu cenário no momento da foto. Caso esteja em ambientes fechados, com luz artificial, selecione a opção "Luz fluorescente branca" (ícone de lâmpada) na câmera e procure acender todas as luzes possíveis no local, para aumentar a quantidade de luz no ambiente e evitar sombras indesejadas no rosto do fotografado. 

Caso esteja sob luz natural, como a luz do dia, por exemplo, selecione a configuração mais indicada, como a opção "Luz de dia" (ícone de sol). Se sua fonte de iluminação principal for seu flash esterno, defina o WB em "Flash" (com o ícone de raio). 

Esses modelos de câmeras, além das opções de WB, também oferecem uma medição automática da quantidade de luz que está sendo recebida pelo sensor de sua DSLR. Entretanto, é fotografo quem define como ele quer que essa luz seja medida. Existem quatro opções de fotometria: matricial, parcial, pontual e ponderada com predição central.

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Para iniciantes, o ideal é utilizar a medição matricial. Ela é a mais indicada para a maioria dos casos, pois faz uma medição geral e tenta amenizar a diferença em motivos contraluz. 

O balanço de branco bem definido é essencial para uma boa foto (Foto: Heloisa Facin/TechTudo)

Foco e abertura

Tão importante quanto utilizar uma boa lente para a realização de um retrato, é saber gerenciar o foco em sua câmera. O foco é aquele que pode ser o herói de sua foto ou seu pior inimigo, se for mal utilizado. Para aqueles que ainda estão iniciando no mundo da fotografia, o mais aconselhado é utilizar o foco automático, e assim prestar bastante atenção nos pontos onde a sua câmera está focando no rosto a ser fotografado. 

Lembra dos pontinhos vermelhos que piscam no seu visor quando você pressiona levemente o obturador? Pois é, esses pontinhos indicam onde a câmera “entende” ser o motivo principal a ser destacado na foto. É possível selecionar um ponto específico a ser focado na opção automática também. No entanto, tenha cuidado. Isso vai restringir bastante o foco da imagem para um ponto específico e, caso você tenha selecionado uma abertura muito baixa em sua lente, você pode criar zonas de desfoque ainda no rosto da pessoa. 

Outra dica para fazer um bom clique é ter cuidado ao fotografar com um valor de abertura (F) muito baixo. A menos que queira uma profundidade de campo mais rasa, aqueles que criam aquele fundo bem desfocado (bokeh), as chances de você desfocar partes indesejadas do seu fotografado são grandes. 

Se mesmo assim, ainda preferir fazer sua foto com muita abertura, verifique o foco da imagem após você capturá-la em 100% de zoom durante a reprodução. Caso prefira usar o foco manual, sempre verifique os resultados em 100% de zoom durante após a captura para ver se estão como pretendido. 

Observe a diferença com relação a abertura na profundidade de campo (Foto: Heloisa Facin/TechTudo)

Cenário

Fique atento ao cenário escolhido para a captura das fotos. Fundos com muita informação podem tornar mais difícil a tarefa de manter o seu personagem principal em primeiro plano. Faça o teste com diferentes ângulos. As vezes, dois passos para o lado podem tirar aquela pessoa desconhecida que está aparecendo no fundo da foto.

Outra solução criativa, caso sua foto seja feita com fundo de natureza é procurar cores que contrastem com seu motivo principal. O resultado fica bem interessante. 

Um cenário "limpo" e bem planejado faz com que a pessoa ganhe destaque na imagem (Foto: Heloisa Facin/TechTudo)

Exposição

Seja cuidadoso na hora de definir a velocidade do disparo. Fotos tremidas ou desfocadas são mais prováveis quando deixamos o obturador mais lento. Caso a iluminação do cenário não esteja colaborando para a velocidade/abertura que você deseja usar, experimente aumentar o ISO e observe como vai ficando o resultado. Procure não utilizar menos que 1/80 de um segundo. A velocidade ideal para fotografia de pessoas é de 1/100 de um segundo. Quanto mais rápido o disparo, mais detalhes você consegue capturar. 

Com a velocidade do obturador correta, é possível evitar tremidas e desfoque (Foto: Heloisa Facin/TechTudo)

Flash

Geralmente, as máquinas DSLR, assim como as compactas, oferecem a opção de flash embutido. Entretanto, na captura de retratos, nem sempre esse é o tipo de flash mais aconselhado, porque flashs embutidos nada mais são que uma luz “dura” que vai diretamente refletir o motivo desejado. Na maioria das vezes, essa dureza causa sombreamento em áreas indesejadas como no côncavo dos olhos, embaixo do queixo e até mesmo exaltando marcas de expressão sem que o fotografo ou fotografado tenham a intenção de mostrar. 

 Além disso, flashs diretos geralmente proporcionam o famoso efeito de olhos vermelhos. Isso acontece, pois não há nenhum tipo de suavização dessa luz. Por isso, em estúdios e até mesmo em fotos externas é bem comum utilizarem flashs externos com aquele “papel branco” ou difusor que faz justamente esse efeito de ampliar e suavizar a luz que sai do aparelho. 

Utilize o teto da sala e reflita a luz em tetos brancos e baixos (menos de 3m). Lembre-se da velocidade de sincronia da câmera, e não exceda a velocidade do obturador a menos que você use a configuração da sincronia da velocidade alta de FP.

Não se desespere caso não tenha um flash externo para utilizar. Veja esse tutorial de como fazer o seu próprio difusor para flash embutido.

Com a velocidade do obturador correta, é possível evitar tremidas e desfoque (Foto: Heloisa Facin/TechTudo)

Ângulo

Há um ditado em que diz: não existe pessoa feia, existe ângulo ruim. É verdade. Todos nós temos aquela expressão, lado e jeito favoritos na hora de fazer uma foto.

Ao fazer um retrato, a regra é a mesma. Portanto, procure conversar com o fotografado, entenda suas preferências, tente fazer com que ele se sinta sempre mais a vontade no decorrer de uma sessão de fotos. Geralmente, é do meio para o fim que a pessoa passa a se sentir mais a vontade e a mostrar suas reais características.

Não há certo e errado nesse caso, no entanto, uma sugestão é sempre evitar fazer fotos com ângulos de baixo para cima. Capturas assim tendem a mostrar alguns detalhes que talvez não sejam desejados como a famosa “papa” abaixo do queijo e uma aparência do corpo e rosto maiores do que a pessoa realmente é. 

Prefira fazer sua foto com o ângulo na altura dos olhos do retratado ou até mesmo de cima. Caso seja preciso, não se acanhe, suba em alguma cadeira ou banquinho. O resultado desses ângulos é, na maioria das vezes, bastante satisfatório.

Procure sempre fotografar o melhor ângulo do retratado. Fotos tiradas de cima, em geral, tem melhores resultados (Foto: Heloisa Facin/TechTudo)
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