O ano de 2016 foi repleto de grandes lançamentos. Com Uncharted 4: A Thief's End, Overwatch, Doom e tantos outros títulos, a briga pelo posto de melhor jogo do ano foi acirrada. Por outro lado, uma série de títulos decepcionaram, pois prometiam muito, mas não entregaram aquilo que os jogadores tanto esperavam ver.

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Muitos destes jogos, entretanto, não poderiam ser considerados os piores do ano, o que não impediu que eles proporcionassem grande tristeza a seus jogadores. Seja por meio de promessas não cumpridas, problemas de execução ou simplesmente por não se equipararem ao legado de suas respectivas franquias, alguns games de 2016 deixaram muito a desejar.

No Man’s Sky chegou cheio de problemas, chegando a causar travamentos nos consoles (Foto: Divulgação/No Man's Sky)

Confira, nesta lista, os sete jogos que decepcionaram os jogadores em 2016:

No Man’s Sky

Com certeza um dos títulos que mais se encaixa nesta categoria, o jogo da Hello Games chegou prometendo um universo rico, vasto e extremamente variado. Com cenários criados de forma aleatória e em tempo real, a ideia era permitir que o jogador viajasse pelo espaço catalogando criaturas, descobrindo planetas e desvendando a história dos antepassados.

Contudo, o que se viu foi um game muito abaixo do esperado. Lançado em agosto de 2016 para PC e PS4, No Man’s Sky chegou cheio de problemas, chegando a causar travamentos nos consoles, e pouca variedade prometida. Os gráficos também não eram tão bonitos quanto nas imagens de divulgação, enquanto os animais estão longe de serem majestosos como nos trailers. O universo é, sim, grande, mas extremamente vazio e repetitivo.

Isso sem falar na polêmica sobre o modo multiplayer do título, uma indicação que chegou até mesmo a ser ocultada com adesivos nas cópias físicas do game. A promessa de um mundo conectado não se tornou verdadeira, e rendeu para a desenvolvedora até mesmo uma investigação por propaganda enganosa, a qual conseguiu se livrar.

Mighty No. 9

O game de ação já nasceu como uma grande promessa apenas pelo gabarito de seu criador – Keiji Inafune, responsável por grandes franquias da Capcom como Mega Man e Dead Rising. E como a empresa japonesa está há anos sem criar um game do robozinho azul, nada mais empolgante do que ver o desenvolvimento de uma espécie de "sucessor espiritual", trazendo os conceitos que tornaram o personagem clássico em uma nova era.

Mighty No. 9 chegou cheio de problemas de performance e travamentos, fruto de um desenvolvimento conturbado (Foto: Reprodução/Victor Teixeira)

Fruto d

... e uma campanha milionária de financiamento coletivo, Mighty No. 9 passou longe de ser o grande jogo que todos esperavam. Muito pelo contrário, o que se viu foi uma experiência pouco criativa, cheia de clichês e com gráficos feios, bem abaixo daquilo que as plataformas atuais são capazes de entregar.

Além disso, o game chegou cheio de problemas de performance e travamentos, fruto de um desenvolvimento conturbado que chegou a atrasar Mighty No. 9 por diversas vezes – sem impedir, claro, que Inafune continuasse recebendo doações dos fãs. O resultado, no final das contas, depôs contra o designer e deixou os fãs de Mega Man ainda mais carentes de um bom título com o personagem.

Homefront: The Revolution

Homefront: The Revolution é daquelas séries que mereciam jogos de qualidade apenas por sua premissa. Nele, os EUA estão completamente dominados pela Coreia do Norte, enquanto o jogador faz parte de um grupo de soldados da única resistência contra o regime. Além de um desenvolvimento problemático, porém, a série sofre também com fatores de mercado, com sua empresa-mãe, a THQ, falindo assim que a sequência foi anunciada, mesmo com os resultados medianos do antecessor.

Homefront:The Revolution além de um desenvolvimento problemático, porém, a série sofre também com fatores de mercado (Foto: Divulgação/Deep Silver)

A esperança dos fãs se acendeu, entretanto, quando os trabalhos na continuação passaram para as mãos da Crytek (de Crysis), apenas para verem a empresa, também, se afundar em problemas. No final das contas, a marca foi vendida novamente e caiu nas mãos da Deep Silver. A desenvolvedora Damnbuster Studios foi a responsável pelos trabalhos no game, mas Homefront: The Revolution acabou se provando um game ainda pior que o anterior.

A escolha de criar um jogo de mundo aberto até foi acertada, trazendo mais profundidade e variedade ao universo. Entretanto, o que se vê é um título cheio de problemas visuais e de jogabilidade, extremamente punitivo e com missões repetitivas e pouco cativantes. Alguns críticos chegaram a categorizar o game como “desnecessário”, indicando que, esse sim, deve ser o final de uma franquia cheia de potencial.

Umbrella Corps

Apenas a citação do nome Resident Evil já é suficiente para chamar a atenção de muita gente. E, na sequência de duas ótimas remasterizações de games clássicos da franquia, a Capcom decidiu seguir para o caminho inverso e lançar um shooter. Nasceu, assim, Umbrella Corps, um título que, para a maioria dos fãs, nunca deveria ter existido.

Para testar a utilização de um novo motor gráfico, o Unity, a Capcom leva os jogadores para o futuro da série, onde empresas farmacêuticas rodam cenários de combate contra monstros para treinar seus soldados e entenderem melhor o legado da Umbrella. A jogabilidade é altamente focada no multiplayer, com times de três contra três competindo em diferentes modos.

Umbrella Corps tem jogabilidade focada em multiplayer (Foto: Reprodução/Gematsu)

Na prática, entretanto, essa ideia gerou um shooter extremamente problemático, com gráficos ruins e pouquíssima variedade. Quem não quer jogar online, ainda, encontra pouquíssimas opções em um modo single player desinteressante e com missões simplórias. O resultado foram vendas muito abaixo do esperado, que levaram até mesmo a uma dificuldade de se encontrar jogadores na rede. A ideia não funcionou, pura e simplesmente, e nem mesmo os fãs mais assíduos de Resident Evil a aprovaram.

Battleborn

Mais um dos diversos games que tentaram seguir a mesma linha de Overwatch, Battleborn tem uma peculiariade – ele saiu antes do game da Blizzard. O que não impediu, claro, que ele acabasse passando totalmente despercebido para alguns jogadores, enquanto outros até tentaram se aventurar por esse mundo mas acabaram não permanecendo.

Battleborn chegou graves problemas no sistema de criação (Foto: Divulgação/Gearbox)

Não é como se Battleborn fosse um título essencialmente ruim, porém. O principal problema do game da Gearbox Software está em sua confusão extrema, com personagens que possuem poderes cheios de elementos voando por todos os lados, indicadores numéricos que surgem a todo momento e diversos NPCs participando, muitas vezes desnecessariamente, do combate.

Além disso, o título chegou com graves problemas no sistema de criação de partidas e sem um modo de treinamento, que derrota o potencial dele para e-Sports – ninguém quer entrar em uma partida de mais de 20 minutos para descobrir ter escolhido um personagem pouco adequado. Apenas poucos meses após seu lançamento, já há quem diga que a única saída para a sobrevivência de Battleborn é se tornar gratuito, uma vez que os números de jogadores não param de cair.

Star Fox Zero

Star Fox Zero está entre os jogos que chamaram muita atenção ao serem anunciados, mas não entregaram o resultado esperado. A ideia do criador Shigeru Miyamoto de inovar mais uma vez na jogabilidade da série acabou saindo pela culatra, e de um título promissor, o jogo acabou se tornando uma proposta bastante esquecível.

Apesar dos visuais que utilizam bem o potencial do Nintendo Wii U, o título falha, principalmente, nos controles, que usam os sensores de movimento do GamePad para simular o pescoço do protagonista Fox, permitindo que ele olhe ao redor da nave ao mesmo tempo em que a pilota. Isso pode até ter trazido novos horizontes para o game, mas também contribui para deixar o jogador indefeso e confuso durante as batalhas.

Star Fox Zero tem missões repetitivas e aventura curta (Foto: Divulgação/Nintendo)

O foco principal aqui, claro, são as naves, mas a promessa de variedade com mais veículos e foco na exploração também não foi adiante, com pouquíssimos momentos desse tipo. Junte a isso, ainda, as missões repetitivas e uma aventura curta, com de quatro a cinco horad de duração. O resultado é um game bem abaixo das expectativas que sempre acompanham uma das principais franquias da Nintendo.

Assassin’s Creed: The Ezio Collection (e outras remasterizações)

O propósito principal de qualquer remasterização, além de disponibilizar um game antigo nas plataformas atuais, é deixá-lo mais bonito. Isso, entretanto, não se provou verdade quando a Ubisoft decidiu trazer de volta Assassin’s Creed 2, Brotherhood e Revelations para o PS4, Xbox One e PC, entregando um resultado bugado e bastante feio.

Assassin’s Creed: The Ezio Collection trará o popular assassino remasterizado para o PlayStation 4 e Xbox One (Foto: Reprodução/DolphinSix)

Os três títulos protagonizados por Ezio Auditore reaparecem nas plataformas de nova geração com problemas nas animações, que tornaram os movimentos do protagonista mecanizados e esbugalharam os olhos de alguns personagens. Isso sem falar nas variações na taxa de quadros por segundo, algo inaceitável quando falamos em um game de geração passada, que deveria nadar de braçada em consoles bem mais potentes.

Outras menções desonrosas também precisam ser feitas. Ao relançar Dead Rising, a Capcom finalmente trouxe o game para o console da Sony, mas trabalhou pouco em seus visuais, deixando claro o quanto ele está datado não apenas em sua jogabilidade, mas também no conjunto visual. Já Batman: Return to Arkham chegou cheio de problemas visuais, com uma taxa de frames flutuante e, principalmente, imagens chapadas e cheias de falhas na iluminação.

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