A conexão em banda larga da Internet parece ter estacionado devido a limitações de tecnologia viável no momento. Só que 2016 começou a mostrar que o futuro é mais veloz do que esperávamos, com algumas novidades que prometem deixar a conexão mais rápida. Desde novos usos para cabos já instalados até mesmo a testes com velocidades que ultrapassam 1 TB/s, é hora de conhecer melhor essas tecnologias que podem começar a funcionar em 2017.

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É válido comentar que essas tecnologias ainda estão em estágios de testes, sem uma aplicação real em grande escala pelo mundo, tampouco no Brasil. O que vale é pensar no que exatamente cientistas têm em mente e como isso pode alterar a maneira como acessamos a Internet no futuro.

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Conexão via cabo sempre será mais estável do que WiFi (Foto: Reprodução/Creative Commons)

Internet de mais de 1 TB/s de velocidade

No início de 2016, cientistas da University College London publicaram um estudo em que revelavam ter desenvolvido um novo equipamento de fibra ótica que permitia o envio e recebimento de dados em uma velocidade de até 1,125 terabits por segundo.  Essa descoberta foi possível usando cabos de fibra ótica, enviando quinze pulsos de luz em diferentes frequências. Com uma combinação desses pulsos, cientistas conseguiram enviar informações em uma velocidade muito maior do que a normal, desde que a ponta que recebe os dados conte com um aparelho especial para processá-los corretamente.

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Apesar de parecer algo distante de ser alcançado, a técnica já é utilizada para dividir sinais de transmissão de dados sem fio, mas que nunca havia sido testada para conexões fixas de Internet. Para se ter uma noção, cabos de fibra ótica de mais alta qualidade utilizados por empresas de internet alcançam velocidades de até 100 GB/s.

Apesar de a velocidade ter sido alcançada em testes fechados em laboratórios, os cientistas da UCL acreditam que a aplicação da tecnologia pelo mundo pode aumentar a capacidade da velocidade da Internet oferecida em até 10 vezes. Os testes continuam, com experiências pela Inglaterra e a malha de cabos de fibra ótica espalhados pelo país, verificando as velocidades que podem ser alcançadas com tecnologia, algo que pode começar a mostrar resultados reais em 2017.

Facebook usando lasers para aumentar velocidade de conexão sem fio

O Facebook conta com um grupo de pesquisadores na sua divisão Connectivity Lab, focados em criar meios de expandir sinais de Internet para áreas ainda desprovidas de conexões cabeadas ou sem fio. Em 2016, os cientistas dessa divisão desenvolveram um novo aparelho que pode introduzir raios laser para comunicações wireless.

Normalmente, lasers são utilizados em redes de cabos de fibra ótica, com feixes de luz viajando em grandes velocidades, enquanto conexões wireless utilizando ondas de rádio. Caso utilizasse esses lasers para conexões sem fio, seria possível enviar dados em uma velocidade superior a atual.

... : Reprodução/Facebook Connectivity Lab)" height="406" src="//s2.glbimg.com/tPqcN2kJmKH6FQ6SWkuWtPOAON4=/695x0/s.glbimg.com/po/tt2/f/original/2016/12/21/wireless.jpg" width="695">Aparelho utilizado para captar os feixes de luz de conexão wireless (Foto: Reprodução/Facebook Connectivity Lab)

Pensando nisso, foi desenvolvida uma tecnologia que permite a captura e transmissão de dados que consegue capturar melhor feixes de luz, que anteriormente tinham dificuldades de serem captados após alguma distância.

Isso possibilitou a transmissão de dados em uma taxa de 2 Gbps, permitindo planejar a chegada de Internet a locais mais afastados, como zonas rurais. Com o desenvolvimento da tecnologia, será possível cidades mais afastadas de capitais possam usufruir de conexões com velocidades superiores.

Velocidades de fibra ótica em cabos comuns de telefone

É de conhecimento geral que, graças a tecnologia disponível hoje em dia, conexões de fibra ótica são superiores em estabilidade e velocidade do que cabeamento comum de telefone. Isso pode mudar em breve, graças a tecnologia G.Fast, um padrão de DSL que chega a velocidades de até 500 MB/s, que foi aprimorada e poderá entregar velocidades maiores, sem a necessidade de cabos de fibra ótica.

Anunciada pela Sckipio, a versão melhorada da conexão G.Fast pode ser ativada e entregar velocidades de até 750 MB/s através do cabo do telefone, mas esse número pode ser duplicado em 2017, entregando uma conexão de 1.5 GB/s. O único porém é que a taxa de upload dessas conexões, ao contrário de fibra ótica, que consegue igualar upload e download, é consideravelmente menor.

Testes dessa nova tecnologia já estão sendo realizados nos Estados Unidos, com a esperança de se popularizar em 2017. A grande vantagem da tecnologia G.Fast é o seu custo, já que seria muito mais barato aplicar essa tecnologia em grandes cidades, em vez de realizar novas instalações de fibra ótica, assim como sua baixa taxa de perda de conexão entre gabinete e modem.

Em conexões comuns de DSL, é possível perder até 90% de velocidade até a Internet chegar ao seu modem, enquanto com G.Fast, essa taxa cai para até 10%.

Novo padrão entregando Internet a cabo com 10 GB/s

Outra versão de conexões por cabo também vem sendo testada e deve apresentar uma evolução que pode afetar diretamente a maneira como acessamos internet por cabo por aqui nos próximos anos.

Docsis, sigla para Data Over Cable Service Interface Specification, é um padrão de comunicação via cabo presente no mercado desde 1997, e que é oferecido no Brasil, por exemplo, pela empresa Net. Aqui, a tecnologia usada já é a Docsis 3.0, proporcionando velocidades de até 152 MB/s de download e 10 MB/s de upload. A novidade é que a empresa CableLabs, empresa responsável por esse padrão de conexão, revelou que testes feitos em laboratório com a sua nova versão, Full Duplex Docsis 3.1, permitirá velocidades de até 10 GB/s, tanto de download quanto de upload.

Cabo Ethernet tradicional (Foto: Raquel Freire/TechTudo)

Os testes vem sendo feitos em 2016, com a esperança de serem aplicados até a segunda metade de 2017 em alguns países da Europa, como Inglaterra. Enquanto isso, a opção de muitas empresas ainda é a da aplicação da tecnologia G.Fast e ,aos poucos, migrar para o Docsis 3.1. Para o Brasil, tendo em mente o quão nova é a tecnologia, é possível começar a pensar na aplicação dela em 2018 ou 2019.

Via Nature, Optica, CNNArsTechnica

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