O motivo das explosões do Galaxy Note 7 foi explicado pela Samsung no último domingo (22). As falhas, que foram responsáveis por tirar o produto de circulação, estavam relacionadas à bateria, como já era especulado. Segundo a fabricante sul-coreana, testes realizados nos celulares devolvidos pelos consumidores revelaram dois problemas distintos na bateria. Ambos tornaram o Note 7 propenso à combustão espontânea e até mesmo a explosões.

O primeiro erro está relacionado ao projeto da bateria original do smartphone. A peça possuía encapsulamento muito fino nas extremidades do polo negativo, portanto, era insuficiente para isolar essa polaridade do polo positivo e impedir contato imediato entre eles. Ou seja, a “capa” externa da bateria era pequena demais para o seu conteúdo.

Testamos o Galaxy Note 7, o celular da Samsung com scanner de íris

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Mesmo sem entrar em detalhes a respeito de como baterias funcionam, é fácil entender o problema: como os componentes não eram adequadamente protegidos, eles poderiam entrar em contato, gerando curto-circuito. A grande liberação de energia de forma instantânea causava a explosão se a carga estivesse cheia. Caso a bateria estivesse mais descarregada no momento do acidente, poderia provocar aumento considerável de temperatura e eventual fogo.

Mas o que fez com que esses componentes, que devem ser isolados, entrassem em contato dentro da bateria? Como o isolamento das peças era insuficiente, pequenas torções (como sentar com o celular no bolso, por exemplo) podiam gerar estresse suficiente para romper as barreiras entre os polos.

O novo problema depois do recall

O segundo problema de bateria, que acabou com futuro do Galaxy Note 7 no mercado, ocorreu com as unidades usadas para substituir as originais. As novas baterias foram redesenhadas para impedir a falha estrutural original, que permitia curtos e explosões. No entanto, com a pressa para corrigir o problema, novos erros de projeto foram introduzidos.

Samsung criou laboratório específico para descobrir a origem dos defeitos do Note 7 (Foto: Divulgação/Samsung)

Segundo a Samsung, as baterias novas resolveram o problema do encapsulamento do polo negativo, mas tiveram outro defeito grave. Neste momento, as divisórias internas, responsáveis por separar negativo de positivo, se mostraram propensas ao mesmo tipo de falhas que aconteciam nas baterias originais: rompimentos ocorriam em virtude do uso. Portanto, a segunda peça causava o mesmo tipo de problema da primeira versão do componente.

Com as baterias incapazes de manter os dois polos separados, os incêndios e explosões continuaram ocorrendo. De acordo com Tim Baxter, presidente da Samsung nos Estados Unidos, essa segunda falha eliminou qualquer possibilidade de sobrevida do celular no mercado.

O Galaxy Note 7 foi apresentado em agosto de 2016, em três cidades do mundo, incluindo o Rio de Janeiro. O aparelho começaria a ser vendido no Brasil em setembro, com preço

... de R$ 4.299. O smartphone trazia como principal inovação a tecnologia de scanner de íris para desbloqueio de tela. Além disso, ele contava com memória RAM de 4 GB, espaço para armazenamento de 64 GB e câmeras com a tecnologia Dual Pixel, assim como as do Galaxy S7. O Note 7 seria o principal concorrente do iPhone 7, mas o problema com as baterias, que começou logo após o início das vendas no exterior, fez a Samsung anunciar um recall e, em seguida, tirar o celular de circulação.
Samsung submeteu os Note 7 recolhidos dos consumidores a testes extensivos para determinar as causas das explosões (Foto: Ana Marques/TechTudo)

Via CNetEngadget

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*Colaborou Aline Batista


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