Star Wars Battlefront 2 colocou sua produtora, Electronic Arts, no centro de uma das maiores polêmicas de 2017 devido a reclamações sobre suas microtransações em formato de "Loot Box" serem abusivas. No entanto, muitos outros casos também geraram grande repercussão. Várias grandes empresas, como Acivision, Take Two e Sony acabaram por gerar revolta entre os jogadores através de algumas ações e decisões, desde a proibição de Mods na versão PC de GTA 5 até barrar a possibilidade de crossplay entre outras plataformas com o PlayStation 4.

As microtransações de Star Wars

Uma das mais recentes polêmicas e possivelmente a maior do ano, as microtransações em Star Wars Battlefront 2 geraram uma grande comoção entre jogadores e abalou toda a indústria. O game multiplayer baseado na franquia de filmes Star Wars, foi lançado como um jogo completo que custa US$ 60 (quase R$ 200). Porém boa parte de seu conteúdo está travado e precisa ser desbloqueado através de dezenas de horas de jogo, ou através de dinheiro real ao tentar a sorte em comprar uma "Loot Box" com conteúdo aleatório. Para piorar, muito do conteúdo pago dava vantagens aos competidores no multiplayer.

Star Wars Battlefront 2 foi alvo de uma das maiores polêmicas de 2017 devido a suas microtransações (Foto: Reprodução/Nerdist)

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Jogadores acharam absurdo comprar um game de Star Wars no qual era preciso gastar 40 horas para adquirir personagens icônicos, como Luke Skywalker ou

... Darth Vader, caso não quisessem gastar dinheiro real para ter uma chance aleatória de recebê-los. A polêmica foi tão grande que a Electronic Arts removeu as microtransações do jogo temporariamente e reajustou o tempo necessário para adquirir personagens.

Em algumas partes do mundo, órgãos de regulamentação também começaram discussões se o formato de "Loot Box" em videogames poderia ser comparado a jogos de azar e se deveriam ser proibidos por introduzir e expor crianças à prática.

Just Cause 3 quase não chegou à PS Plus brasileira

O serviço de assinatura PS Plus da PSN oferece games gratuitos mensais por um ano para as plataformas PlayStation 4, PlayStation 3 e PS Vita pelo preço de R$ 129,99 no Brasil. Normalmente, os games que jogadores brasileiros recebem são os mesmos dos usuários dos Estados Unidos. No entanto, para o mês de agosto, foi anunciado que Just Cause 3 estaria na lista de games oferecidos para o PS4 nos EUA, porém, o Brasil teria uma substituição e receberia o jogo Strike Vector EX.

Just Cause 3 quase não foi oferecido aos assinantes brasileiros da PS Plus (Foto: Reprodução/Press a Key)

Os jogadores brasileiros ficaram irritados com a troca de um grande título por um game independente menor. Emm setembro, a Sony reconheceu as reclamações dos jogadores e liberou Just Cause 3 para os assinantes da PS Plus no Brasil.

Fifa 18 e seus bugs no Nintendo Switch

Com o lançamento do novo videogame da Nintendo, a EA prometeu dar suporte à plataforma com um de seus títulos esportivos mais famosos: FIFA 18. A versão que foi lançada no console da empresa, no entanto, era um pouco diferente da encontrada no PlayStation 4 e Xbox One, com direito a alguns bugs exclusivos e macabros. O mais conhecido é o dos jogadores sem rosto que entravam em campo com uma textura quadriculada na cabeça. Esses problemas se reverteram em vendas baixas a ponto de Fifa 18 no Switch ser responsável por apenas 1% das vendas físicas do game.

Fifa 18 no Nintendo Switch contava com um bizarro bug que deixava jogadores sem rosto (Foto: Reprodução/YouTube)

Morte permanente em Hellblade

Hellblade foi um dos jogos independentes de maior destaque em 2017. O game teve um valor de produção equiparável aos grandes games, apesar de ser desenvolvido por uma equipe menor. No entanto, o que realmente chamou a atenção e gerou polêmica foi um aviso no início do game o qual avisava sobre uma morte permanente caso o jogador morresse demais durante a aventura, a qual apagaria seu progresso.

Hellblade: Senua's Sacrifice levantou polêmica com seu sistema de morte permanente que talvez nem exista (Foto: Reprodução/VideoGamer Italy)

Inicialmente, isso levantou um debate sobre morte permanente em jogos. Porém, a polêmica aumentou quando nenhum jogador conseguiu causar esse efeito permanente mesmo ao morrer diversas vezes de propósito. Eventualmente, concluíram que provavelmente não passava de um blefe da produtora, mas não se descartou a possibilidade de que o jogo exija algo mais além de morrer várias vezes para causar a morte permanente.

Dificuldade de Cuphead

Um dos games mais esperados dos últimos três anos, Cuphead finalmente foi lançado em 2017 com grande clamor de público e crítica. Houve um ponto no entanto que levantou uma certa polêmica: seu alto nível de dificuldade. A polêmica começou quando usuários questionaram a necessidade do jogo ser tão difícil quando tinha um visual tão convidativo a jogadores de vários níveis de habilidade, porém, logo evoluiu para algo diferente.

A dificuldade de Cuphead se tornou um grande ponto de discussão sobre o jogo além de sua qualidade (Foto: Reprodução/GameRevolution)

Um vídeo de um repórter do site VentureBeat, chamado Dean Takahashi, viralizou na internet com um gameplay de Cuphead no qual ele demorou 26 minutos para passar um obstáculo do tutorial. Informações incorretas foram espalhadas de que ele faria a review do jogo, e alguns fãs criaram a correlação de que reclamações sobre a dificuldade viriam de pessoas que não eram capazes de jogar. Sendo assim, elas "exigiram" que fossem publicados os perfis do Steam ou suas GamerTags em reviews para provar horas investidas e progresso. A polêmica acabou se dissipando em meio à aclamação crítica de Cuphead que não foi ofuscada por eventuais críticas à sua dificuldade.

Take Two proíbe mods em GTA 5

A versão para PC de Grand Theft Auto 5 foi lançada em abril de 2015, quase um ano e meio após sua chegada aos consoles. Porém, como vários outros jogos para computador, ela tinha uma grande vantagem que fazia valer a espera: suporte a mods. No PC, usuários podem criar várias modificações para alterar e inserir elementos que originalmente não estavam no jogo, como personagens famosos, carros específicos e muito mais. Então foi uma grande surpresa quando a Take Two resolveu proibir os mods em GTA 5 em junho de 2017 após permiti-los por mais de dois anos.

A Take Two criou uma grande polêmica ao proibir mods em GTA 5 e gerou uma grande revolta dos jogadores (Foto: Reprodução/GTA X Scripting)

A empresa alegou que isso protegeria seu modo multiplayer GTA Online. No entanto, a principal ferramenta de mods banida, chamada OpenIV, apenas fornecia conteúdo para a campanha Single Player. A atitude da empresa que publica GTA 5 não teve apoio nem mesmo da produtora do game, a Rockstar, que defendeu as criações de fãs. Jogadores revoltados deixaram muitas reviews negativas para o game na loja digital Steam, a ponto de sua classificação ter saído de "Muito positiva" para "Neutra". Poucas semanas depois a Take Two voltou atrás e removeu a proibição.

Sony não permite Cross-Play com Xbox One e Switch

Uma das novidades que começou a surgir recentemente nas redes online dos videogames é a possibilidade de "Cross-Play", multiplayer online entre usuários de diferentes plataformas. Games como Rocket League já realizam partidas entre jogadores do PS4 e PC ou do Xbox One e PC, porém apesar de haver a tecnologia para disputas entre PS4 e Xbox One, ela não pode ser colocada em prática por escolha da fabricante Sony.

Apesar de a tecnologia para multiplayer Cross-Play entre Xbox One e PS4 já existir, a Sony não permite a prática (Foto: Reprodução/XDA Developers)

A Microsoft, responsável pelo Xbox One, mostrou-se aberta à ideia. E até mesmo a Nintendo, que costuma ser uma empresa mais fechada, aceitou oferecer Cross-Play em Minecraft para o Switch de forma que jogadores no Xbox One, Switch e smartphones possam jogar juntos. Apesar da vontade dos jogadores, por enquanto a Sony mantém sua posição de não permitir multiplayer entre outras plataformas com o PlayStation 4, com exceção do PC.

Crash Bandicoot N. Sane Trilogy mais difícil que o original

O remake da clássica trilogia do personagem Crash Bandicoot, original do PlayStation One, foi um dos maiores lançamento de 2017, alcançando uma boa recepção da crítica, público e altas vendas. No entanto, pouco após sua chegada muitos usuários comentavam algo curioso: o game parecia estar mais difícil. Muitos acreditaram ser apenas uma impressão e que jogadores apenas não se lembravam o quanto os jogos originais eram difíceis.

Crash Bandicoot N. Sane Trilogy acabou ficando mais difícil que o original (Foto: Reprodução/DingDongVG)

Porém, quanto mais usuários investigavam, mais discrepâncias encontravam o original e o remake. Enquanto um abismo poderia ter o mesmo tamanho em ambos os jogos, o arco do pulo da nova versão parecia ser menor porque Crash caía mais rápido e sua aterrissagem também escorregava um pouco nas bordas. Um gerente editorial da Activision confirmou que o game se porta de maneira um pouco diferente, mas não mencionou planos sobre consertá-lo. Apesar da polêmica inicial, jogadores acabaram por abraçar o novo nível de dificuldade como um desafio.

Loot Box na Segunda Guerra Mundial de Call of Duty: WWII

Mais um game que teve problemas com as microtransações em formato de "Loot Box" foi Call of Duty: WWII, apesar de que curiosamente dessa vez a discussão não foi em torno de fatores abusivos. Uma das maiores novidades desta versão do game é uma nova área de socialização chamada "Headquarters" (Quartel-general) na qual jogadores podem interagir antes de partidas e até jogar clássicos do Atari 2600.

Call of Duty: WWII faz jogadores abrirem sua Loot Box na frente de outros, como se fosse para causar inveja (Foto: Reprodução/Kotaku)

Caso um jogador adquira uma Loot Box, ela é jogada nos Headquartes como se fosse uma caixa de suprimentos deixada por um avião aliado. E apenas o jogador que a comprou pode abri-la, enquanto os outros observam seu conteúdo ser exibido. A prática levantou polêmica por parecer que foi projetada especificamente para incentivar mais vendas ao fazerem outros usuários ficarem com inveja do conteúdo obtido e também arriscarem a sorte.

"F****** o Oscar!" no The Game Awards 2017

A mais recente polêmica da lista aconteceu durante a premiação The Game Awards 2017 em 7 de dezembro. Durante o show, o apresentador Geoff Keighley recebeu o desenvolvedor Josef Fares, responsável pelo jogo A Way Out para falar do game. No entanto Josef, que se descreve como uma pessoa apaixonada pelo que faz, se empolgou e falou sobre muitas outras coisas além de A Way Out.

Desenvolvedor de A Way Out, Jose Fares (à direita) grita "F****** o Oscar" ao lado do apresentador Geoff Keighley (à esquerda) (Foto: Reprodução/Heavy)

Em um determinado momento, ele falavada superioridade dos games sobre outras mídias devido a sua interatividade. Então Fares gritou "F****** o Oscar!" para uma plateia que riu e aplaudiu. Em seguida, ele perguntou a Keighley se era permitido falar palavrões na transmissão ao vivo e após uma resposta afirmativa repetiu novamente a frase.

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