Monster Hunter: World chega ao mercado, com lançamento no PS4 e Xbox One, tendo a missão de agradar um público maior. A série da Capcom já é consagrada no mundo todo, principalmente nas versões de PSP e 3DS, mas agora quer expandir, alcançar um novo público, com gameplay aprimorada, gráficos melhorados, além de outros elementos. Após fases beta de teste exclusivo no console da Sony, e também com data para chegar mais tarde ao PC, o game não apenas surpreende, mas te mostra que, sim, pode ser mais acessível. Leia e entenda melhor em nossa análise completa:

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Monster Hunter: a história

Por incrível que pareça, Monster Hunter nasceu como uma série de PS2. A ideia da Capcom era criar uma marca, usando seus talentos e capacidades para lançar uma série no console da Sony. Deu certo… no Japão! O jogo fez um certo sucesso por lá, mas nada de estourar no restante do mundo - até que as versões portáteis foram lançadas.

Monster Hunter alcançou seus holofotes com as edições lançadas no PSP. A partir daí o game virou uma febre entre os fãs e fez a Capcom abrir os olhos. Versões foram lançadas não apenas no portátil da Sony, mas também no Wii, 3DS e Wii U – até mesmo no PC e Xbox 360. Hoje, ao lado de Resident Evil e Street Fighter, a saga de caçar monstros é uma das maiores da produtora japonesa.

E esse “World”, como é?

Monster Hunter: World representa a evolução de tudo que vimos até agora sobre a série. Após chegar em seu ápice e lançar, inclusive, versões exclusivamente multiplayer online – falaremos mais dela, logo, logo – a Capcom viu que era hora de expandir um pouco mais seu público. Com o estouro no ocidente sendo em consoles ou aparelhos que não foram tão populares entre os “jogadores mais clássicos”, se é que podemos classificar assim, a empresa decidiu que o caminho seria outro.

Monster Hunter: World é a evolução da saga (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Monster Hunter: World nasceu com a premissa de ser completo, em plataformas de enorme apelo atual – PS4 e Xbox One – e com novidades que possam agradar quem começou jogando no PSP ou PS2 e também quem está chegando agora. Isso fica claro nos primeiros minutos do game, que pela primeira vez apresenta uma narrativa verdadeiramente trabalhada e com cenas cinematográficas, algo que sempre foi um pouco raro na série.

A história, por exemplo, sinaliza a chegada de um grupo de caçadores a um “Novo mundo”, representando a chegada de players à saga. É neste mundo que vemos novos e antigos monstros, seguindo o enredo, que é bem básico, porém, competente para o que se propõe.

Monster Hunter: World foca mais em passar uma experiência do que contar uma história (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Na verdade, Monster Hunter nunca foi sobre “contar uma história”, mas sim sobre “passar uma experiência”. O jogo segue à risca sua tradição e coloca o usuário para fazer o que ele oferece melhor: caçar criaturas em ambientes selvagens, elaborar equipamentos com os espólios obtidos e ter ainda a possibilidade de fazer tudo isso ao lado de outras pessoas, com um modo multiplayer caprichado.

Tudo novo de novo

A jogabilidade de Monster Hunter: World é bem familiar para quem já é conhecedor da saga. Os comandos, apesar de terem sido relativamente “remapeados” - ou seja, trocados de lugar dos habituais botões -, ain

... da soam iguais para quem já jogou os anteriores. Quem está chegando agora vai ficar um pouco confuso, principalmente pelo fato de que World preza pela originalidade e foge um pouco do que vemos em outros títulos de ação em terceira pessoa.
Monster Hunter: World tem controles confusos para quem está chegando (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Entretanto, não é nem algo a se preocupar. Em todo o momento, Monster Hunter faz o que a série não fazia tanto até agora: exibe comandos bem grandes e destacados, guiando o jogador, se necessário for, em cada um dos cenários ou combates. Pode ficar enrolado no início, mas a facilidade com que pegamos os “macetes” que o game fornece é de uma qualidade ímpar.

É meio que tudo novo, de novo, mas ainda familiar para quem já conhece. Os sinais explicativos não atrapalham e nem irritam e o jogo flui normalmente para veteranos e novatos. A progressão do tom certo de quem esperava um Monster Hunter novo e “World” faz isso em todos os cantos, seja nas cidades e acampamentos ou na exploração do mapa.

Monster Hunter: World é novo, mas soa como familiar (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Quer mais coisa nova para quem já jogou? O carregamento que ocorria dentro dos mapas, entre uma seção e outra, não existe mais. Essa notícia é incrível, pois não apenas melhora o desempenho, como também dá um toque de realismo. Você realmente se sente envolvido em um ambiente vivo, com criaturas ao seu redor, pontos naturais bem realistas, entre outros elementos que a falta do “loading” aprimoram.

Progressão natural

Não é apenas a falta de carregamento entre cenários que Monster Hunter: World nos traz. O título tem realmente uma evolução natural. Nos primeiros momentos ele guia os jogadores ao longo dos cenários, sem soar irritante ou desrespeitoso – ou seja, sem pegar o usuário “pela mão” e fazer tudo por ele. Você ainda precisa matar os monstros e realizar missões complicadas, mesmo no princípio, e sozinho.

Monster Hunter: World tem uma progressão natural (Foto: Divulgação/Capcom)

A evolução em níveis é vista no personagem, em seu ranking de caçador, nas armas, armaduras, no “Amigato”, enfim. Em todo o momento temos essa “impressão evolutiva”. Uma boa sensação sobre como Monster Hunter: World faz te sentir parte daquilo tudo, daquele grande mundo, te colocando a par de como você está crescendo nele – começando como um caçador novato e se tornando, eventualmente, uma das maiores lendas da sua vila.

Combates incríveis

Isso também é visto nos combates. Logo de princípio temos que lidar com monstros grandes, mas em todos os casos o jogo te informa claramente o que é preciso fazer, novamente sem parecer invasivo. Ainda assim eles soam épicos, como devem ser, por menor que o monstro alvo seja ou não represente tanta ameaça assim. World se leva a sério quando tenta representar tudo que a série já foi no passado.

Monster Hunter: World tem combates épicos (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Os combates são incríveis. Os monstros se comportam como criaturas realmente vivas. Eles alteram comportamentos, se rebelam quando estão nervosos, tentam se curar quando estão fracos. É realmente de impressionar o que a Capcom fez para que estes bichos se comportem de forma natural. Há até mesmo monstros que atacam quando são perturbados por uma luta próxima – e ok, isso não é bem novidade em relação às versões passadas, mas aqui está muito mais natural.

Online caprichado e inspirado

Participar de tudo isso no modo multiplayer, então, apenas estende o que já era bom. A modalidade online funciona bem e não altera a experiência de forma negativa, já que ela te permite jogar sozinho ou entrar em sessões com outros participantes para caçar de forma interativa ou interagir fora das missões. Apesar de alguns problemas iniciais de conexão, ela provou ser um dos melhores pontos de Monster Hunter: World.

Monster Hunter: World tem muito de Monster Hunter Frontier (Foto: Divulgação/Capcom)

Por falar em online, aliás, lembra que citamos a versão MMORPG de Monster Hunter, lá em cima? Chamada de Monster Hunter Frontier, muito do que foi visto nesta edição foi reaproveitado em Monster Hunter: World. Podemos dizer que boa parte do novo jogo foi inspirado por Frontier, o que é excelente, já que pouquíssimas pessoas tiveram a oportunidade de aproveitar o lançamento original do game. Vale lembrar também que este não é o primeiro Monter Hunter “de próxima geração”, já que tivemos Monster Hunter: Frontier Z no PS4, apenas no Japão, há alguns anos - mas isso não tira os méritos de “World”.

Localização e gráficos em alto nível

Esperar que Monster Hunter: World tenha bons gráficos é quase que esperar que a água seja molhada. O game é um dos mais bonitos da atual geração e, além do que já citamos mais acima, sobre “ambientes vivos e monstros realistas”, ele traz também detalhes nos mínimos objetos em cena. Até os personagens são bem modelados e o jogador se sente controlando um humano de proporções reais, com feições reais e comportamento apurado.

Monster Hunter: World tem um ótimo trabalho de localização (Foto: Divulgação/Capcom)

A maestria se traduz também na localização do jogo, que está muito cuidadosa. A tradução de nomes, de personagens, armas, monstros e até localidades. A Capcom não brincou em serviço quando resolveu lançar Monster Hunter: World em português brasileiro. Tudo foi muito bem adaptado e, por mais que cause uma certa repulsa inicial em quem estava acostumado com os termos originais, a qualidade está em tão alto nível que essa fase passa muito rápido.

Conclusão

Monster Hunter: World é muito mais do que os fãs antigos esperavam e aprende a agradar novatos sem parecer um “game hardcore”, de extrema dificuldade de absorção de fatos e jogabilidade. A Capcom cuidou bem para expandir seu público e trouxe um game com excelente multiplayer, gráficos em alto nível, história cinematográfica e ainda extras que te permitem evoluir com naturalidade e sem causar estranheza. O ano de 2018 mal começou para os jogos de videogame mas já trouxe um bom exemplar de como se fazer um produto bem construído para todo tipo de público nesta nova versão da série.

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