Counter-Strike é um dos jogos mais importantes na construção e crescimento dos esports no mundo. Lançado em 1999 como uma modificação do game Half-Life, e posteriormente comprado pela Valve em 2000, o jogo passou a ter um cenário competitivo extremamente relevante a partir de 2006. A união do chamado G7, grupo formado pelos maiores times dos cenários regionais, foi responsável por internacionalizar de vez as competições de CS.

O Brasil sempre esteve presente nos grandes momentos do Counter-Strike. Membros do G7, os atletas da Made in Brazil, a MiBR, foram campeões mundiais em 2006, com um elenco formado por Raphael “Cogu” Camargo, Lincoln “fnx” Lau, Bruno Ono, Renato “nak” Nakano e Carlos “KIKO” Segal, e escreveram pela primeira vez o nome do país na história do CS.

mibr-eswc-2006 (Foto: Reprodução/MiBr)

Apesar de um hiato grande – muito por questão da proibição do jogo no Brasil e pela falta de incentivo –, o cenário internacional voltou a ter forte presença brasileira no topo com a ascenção da KaBuM, posteriormente transferida para a Luminosity Gaming e, então, para a SK Gaming. Time composto por Gabriel “FalleN” Toledo e Fernando “Fer” Alvarenga, além de Lucas “Steel” Lopes, Ricardo “Boltz” Prass e Lucas “Lucas1” Teles, que deram espaço para Epitácio “TACO” de Melo, o duas vezes melhor do mundo Marcelo “coldzera” David e, até o final de 2016, o próprio fnx, da MiBr. A line up conquistou dois Majors em 2016, o MLG Columbus e a ESL One: Cologne, tornando-se o melhor time do mundo até o começo de 2018, com apenas uma breve saída do topo em 2017.

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A Luminosity Gaming foi campeã do MLG Major Columbus em 2016 (Foto: Divulgação/Luminosity Gaming)

Outras equipes brasileiras também tiveram certo sucesso jogando no cenário internacional. A Immortals, time formado pelos gêmeos Lucas e Henrique “Hen1” Teles, além de Steel, Vito “kNg” Giuseppe e Boltz foi vice-campeão mundial no PGL Major de 2017, na Cracóvia, com uma incrível campanha no torneio. Organizações como a LG e a Tempo Storm continuam investindo em equipes brasileiras, e alguns times nacionais vêm conseguindo expandir o jogo para o cenário internacional, como a Pain Gaming e a Team One.

O cenário competitivo no Brasil: o sucesso internacional não trouxe organização

Apesar do excelente desempenho dos times brasileiros em solo internacional, o cenário competitivo de CS:GO no Brasil ainda tem um bom caminho para percorrer. A falta de incentivo impede que os times consigam dar condições aos atletas de crescer, por isso grandes equipes deixam o país para buscar melhores oportunidades nos Estados Unidos ou na Europa.

A equipe de Counter-Strike da Team One conseguiu espaço internacional depois de bom trabalho no Brasil (Foto: Reprodução/Team One)

Ainda assim, o país continua revelando bons jogadores e começa a dar passos no caminho da boa organização. Com ligas como a Alienware Liga Pro, da Gamers Club, a Brasil Premier League, da ESL e a Brasil Game Cup, da BGS, equipes como a BootKamp, a Keyd Stars, Merciless e a Team One conseguiram títulos importantes no cenário.

Como estão as principais competições de CS:GO pelo mundo?

Com um calendário bastante cheio, o Counter-Strike tem o ano basicamente dividido em dois ciclos. Depois da mudança de três Majors por ano para apenas dois, os principais campeonatos tornam-se cada vez mais importantes devido à grande premiação que oferecem. Além disso, outras competições ganharam relevância por questão do Grand Slam. Os torneios de nível Premier da ESL e DreamHack, todos produzidos pela própria ESL, darão US$ 1 milhão para o primeiro time a conquistar quatro títulos dentre todos os troféus estabelecidos pela organização.

A FaZe Clan montou o time dos sonhos para chegar ao auge do CS:GO (Foto: Reprodução/FaZe Clan)

Mas o equilíbrio internacional vem se tornando ainda mais profundo nos últimos tempos. Com o retorno da Astralis e da FaZe Clan ao melhor momento, a soberania da SK foi finalmente ameaçada, com os brasileiros inclusive perdendo a primeira posição do ranking oficial do jogo, estabelecido pelo site da HLTV.

Apesar disso, os novos número um da lista, liderados por Olof “Olofmeister” Kajbjer, somaram apenas dois títulos nos últimos seis meses, mesma quantidade conquistada pela SK. Ainda em crescente vem a equipe da Cloud9, atual campeã do Major e terceira colocada do ranking, seguida de perto por um Mousesports no melhor momento de sua existência e da ressurgente gigante dos esports, a Fnatic.

O cenário feminino de Counter-Strike

Com cada vez mais incentivo, as mulheres vão tomando espaço no meio do CS:GO. No Brasil, a Vivo Keyd assumiu posição de destaque com um elenco estelar, formado por Pamella “pan” Shibuya, Gabriela “gabi” Maldonado, Juliana “showliana” Maransaldi, Camila “cAmyy” Natale e Bruna “bizinha” Marvila, e escreveu história ao ser o primeiro time brasileiro feminino de Counter-Strike a alcançar as semifinais de um evento de nível major no cenário internacional, a Intel Challenge, em Katowice, na Polônia.

Outras atletas também tiveram destaque, como Amanda “AMD” Abreu, Gabriela “gabs” Freindorfer, Claudia “santininha” Santini, Jéssica “flyzinha” Pellegrini e Suzi “suzii” Barbosa, disputando inclusive campeonatos em solo estrangeiro.

As meninas da Vivo Keyd representaram o Brasil no cenário internacional de CS:GO feminino (Foto: Divulgação/Vivo Keyd)

Mas o mundo ainda é dominado pelas atletas da antiga Team Secret, atual RES Gaming. O elenco formado por Zainab “zAAz” Turkie, Julia “juliano” Kiran, Ksenia “vilga” Kluenkova, Anna “Ant1ka” Ananikova e Christine “potter” Chi, que substituiu Michaela “mimimicheala” Lintrup, conquistaram praticamente todos os títulos que disputaram desde 2016, e são vistas inclusive disputando os Minors qualificatórios dos Majors, tendo em vista que o cenário masculino de CS:GO é aberto para equipes femininas.



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