O lançamento dos novos iPhones enterrou de vez um velho conhecido dos fãs da Apple: o botão Home dedicado a retornar à tela inicial, repleta de aplicativos. O regular iPhone XS, o grandão iPhone XS Max e o mais simples iPhone XR repetem o desenho industrial do iPhone X, de 2017. A tela toma a maior parte da frente dos smartphones, garantindo uma experiência mais imersiva em vídeos e jogos. Os preços nos Estados Unidos começam em US$ 749 e podem chegar a US$ 1.449. Pois é, a empresa da maçã mais uma vez sobe o valor de seus produtos, para desespero dos brasileiros que acompanham a recente subida no valor do dólar.

Com direito ao CEO Tim Cook e demais dirigentes, nesta quarta-feira (12) eu estive no evento que revelou os produtos, apresentou as respectivas fichas técnicas e as novidades do iOS 12. Depois, a Apple nos possibilitou o primeiro contato com a geração 2018/2019 do iPhone. Já deu para ter as primeiras impressões.

Comecemos pelo iPhone XS

Ninguém sabia qual seria o nome dos novos dispositivo. Ainda se falava em iPhone 9 quando foi confirmado o iPhone XS, espécie de sucessor do iPhone X do ano passado. Antecipando-me à principal dúvida sobre o aparelho, digo que a pronúncia adotada pela Apple é “iPhone DEZ ESSE”, visto que se trata de um algarismo romano.

Talvez o mais importante seja notar que as dimensões (altura e largura) permanecem as mesmas, inclusive com tela de 5,8 polegadas e painel OLED capaz de exibir imagens incríveis e vibrantes.

Quem tem iPhone X facilmente se adaptará ao modelo S, pois as novidades ficam por conta das especificações mais modernas. O processador A12 Bionic está mais rápido, como é de costume nos lançamentos da indústria de smartphones. Sabe o desbloqueio facial? Você olha para o iPhone e ele libera o acesso aos aplicativos desde 2017, mas agora a tecnologia do Face ID está mais veloz e certeira.

O iPhone XS ganha novos recursos de inteligência artificial para melhorar a vida dos fotógrafos de plantão. Ao pressionar o botão de câmera, o telefone captura diversas imagens seguidas e depois escolhe as mais nítidas e bonitas. Na sequência, combina tudo num só arquivo em que as áreas mais claras e as mais escuras da imagem são integradas para gerar um resultado perto da perfeição. A tecnologia batizada de Smart HDR funciona até mesmo em situações intensas, como alguém pulando na piscina, o que não é possível com o HDR tradicional.

Ainda em relação à câmera, convém notar que o famoso efeito retrato fica mais sofisticado na safra 2018. O usuário pode determinar a intensidade do efeito que deixa o fundo desfocado e coloca o protagonista da foto em seu devido esplendor. Até então, iPhones permitiam ativar ou desativar o foco dinâmico, mas não ajustá-lo conforme o gosto do freguês.

A Apple corre atrás da Samsung nesta seara. Faz tempo que os celulares sul-coreanos trazem o recurso, notadamente melhorando nos mais recentes Galaxy Note 8, Galaxy S9 Plus e Galaxy Note 9.

Estamos falando de celulares de ponta aqui, com a mais alta tecnologia do momento. Não por acaso, a promessa é de maior velocidade para gráficos e tarefas complexas, e também de menor consumo de energia.

Interessados pelo iPhone XS podem escolher entre três cores: dourado, prateado e cinza espacial. O aço inoxidável usado na construção do aparelho é mais brilhante que no iPhone X, tornando fácil identificar os novos modelos zanzando pelas ruas.

São três opções de armazenamento: 64 GB por US$ 999, 256 GB por US$ 1.149 e 512 GB por US$ 1.349. Os valores são em dólares e sem taxas/impostos. Prateleiras dos Estados Unidos começam a receber os produtos em 21 de setembro. Eles estão confirmados para desembarcar no Brasil “até o fim do ano”, enquanto os respectivos valores permanecem um mistério.

Gigante: o iPhone XS Max

A tara por telonas em celulares é uma realidade, vide todos estes anos em que a linha Galaxy Note está

... na praça. Desta vez, a Apple vai além com o iPhone XS Max e seu display de 6,5 polegadas. Falando assim, pode parecer que o celular vira um jumbo dentro do bolso, mas a realidade é que ele praticamente repete as mesmas dimensões do iPhone 8 Plus – inclusive, há quem o chame de iPhone XS Plus, a despeito de não ser o nome oficial.

Seus criadores pegaram a mesma carcaça do Plus de 2017 e retiraram as bordas superior e inferior (onde ficava o botão Home). Resultado: mais espaço para exibir fotos, vídeos, aplicativos e sabe-se lá o que mais as pessoas fazem em seus iPhones.

Contrariando fala de analistas e vazamentos, a Apple deixa de fora a suposta compatibilidade com o lápis digital Apple Pencil, o que faria do Max um rival direto do Galaxy Note 9. Por falar em Samsung, o recente lançamento da sul-coreana traz tela de 6,4 polegadas. Fica, portanto, ligeiramente atrás do iPhone XS Max.

O Max no nome tem a ver com a bateria. Mais potente, ela oferece autonomia superior aos modelos do ano passado. De acordo com a Apple, consumidores ficarão até uma hora e meia a mais longe da tomada.

Tal qual o XS, o XS Max é vendido em dourado, prateado e cinza espacial. Também são três opções de armazenamento: 64 GB por US$ 1.099, 256 GB por US$ 1.249 e 512 GB por US$ 1.449. Não é desta vez que veremos entrada para microSD nos novos iPhones. Quem realmente precisa de espaço ainda deve correr para o Android.

A Apple não anunciou preço do iPhone XS Max no Brasil.

iPhone XR, o tal do iPhone barato

Lembra quando a Apple anunciou o iPhone X com o polêmico recorte na tela? Faz um ano que a companhia taxa o modelo X de futurista. Agora este mesmo futuro chega para todos os smartphones, inclusive o mais barato deles: estou falando do iPhone XR – pronuncia-se “iPhone DEZ ERRE”.

Com o lançamento, o interessante controle por gestos está presente inclusive no telefone mais simples. O usuário movimenta o polegar para cima e retorna à tela inicial, ou rapidamente o desliza na horizontal para ver os apps abertos recentemente. A boa notícia é que costuma ser rápida a curva de aprendizado para se adaptar à nova forma de navegação.

Donos de Android que pensam em migrar para iOS também devem se sentir em casa, pois as principais fabricantes deram tchau para o botão Home físico faz algum tempo.

O iPhone XR traz tela de 6,1 polegadas (sim, maior que a do iPhone XS), porém com painel em LCD. Não chega a ser o superbrilhante OLED dos irmãos mais caros, mas a Apple afirma que é o melhor painel do tipo disponível do mercado.

Salta aos olhos a diferença de definição da tela: o iPhone XR tem densidade de 326 pixels por polegada enquanto o iPhone XS e o iPhone XS Max oferecem 428 pixels por polegadas. Numa comparação simplificada, é como colocar lado a lado uma televisão Full HD (que já tem boas imagens) com uma smart TV 4K. Esta última exibe mais detalhes dos rostos dos artistas e da cenografia de um filme, por exemplo.

O quesito fotografia também mostra que o iPhone XR é, sim, mais simples. Em vez de câmera dupla, ele traz somente uma lente/sensor grande angular. Isso quer dizer que os usuários não contam com o zoom óptico de 2x, talvez a principal utilidade da câmera secundária.

Ao menos o modo retrato está mantido. Assim como faz o Google e outras fabricantes, a Apple emprega software para detectar as pessoas e desfocar o fundo. E, seguindo as mesmas características dos modelos S, disponibilidade o ajuste de intensidade.

As bordas pretas ao redor da tela do R são pouca coisa mais espessas que do XS e XS Max. É quase imperceptível. Já a construção do telefone depende de alumínio, metal menos nobre e resistente que o aço dos produtos mais caros.

Viúvos do iPhone 5C devem encontrar refúgio no iPhone XR e sua sorte de cores: preto, branco, vermelho, amarelo, azul e coral (espécie de laranja). São três opções de armazenamento: 64 GB por US$ 749, 128 GB e 256 GB. O telefone desembarca nos Estados Unidos em outubro. Está confirmada a chegada ao Brasil também até o fim de 2018. Preço? Só Tim Cook sabe.

Compatibilidade com 4G do Brasil

Você deve ter percebido que os preços são listados em dólar enquanto a Apple não oficializa os valores sugeridos para o mercado nacional. No entanto, os viajantes que pensam em comprar os novos iPhones nos Estados Unidos precisam ficar atentos à compatibilidade com a rede 4G.

Cada país decide como vai implementar o 4G e escolhe em quais frequências ele vai funcionar. Acontece que os Estados Unidos utilizam diversas faixas de transmissão de dados. Algumas delas também são usadas no Brasil, mas há uma específica que não está presente no nosso país (700 MHz) nem em outras nações europeias. Trata-se de uma especificidade do setor americano de telecomunicações.

Resumo da ópera: os novos iPhones vão funcionar com o 4G mais antigo em uso no Brasil, mas talvez não consigam se conectar ao 4G mais recente, que está em expansão principalmente em regiões urbanas. De acordo com a publicação brasileira Tecnoblog, que descobriu o entrave, pode ser mais interessante importar os novos modelos da Europa.

Em resposta ao TechTudo, a Apple Brasil informou que prestará assistência aos consumidores que comprarem os celulares nos Estados Unidos. Caso não funcionem corretamente no 4G do cliente, existe ainda a possibilidade de substituir o produto “importado” por outro vendido oficialmente no país.

O jornalista viajou para os Estados Unidos a convite da Apple.



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