A KaBuM! e-Sports está prestes a estrear no Mundial de LoL de 2018. Após vencer a segunda etapa do CBLoL, o time vai representar o Brasil no maior campeonato de League of Legends do mundo, que acontece entre os dias 1 de outubro e 3 de novembro, na Coreia do Sul. Os brasileiros vão jogar contra a norte-americana Cloud9 e a japonesa DetonatioN FocusMe na Fase de Entrada. Em entrevista ao TechTudo, os pro players deixaram claro qual será o principal adversário do Brasil nessa etapa do torneio. "A equipe mais difícil de se bater com certeza é a C9", declarou o caçador Filipe “Ranger” Brombilla.
De fato, Ranger e seus parceiros têm motivo para se preocupar com a Cloud9. O tradicional time da liga norte-americana é veterano de mundial, já participou do torneio cinco vezes e avançou para os playoffs em quatro delas. "Eles apresentam um nível parecido com a Team Liquid e serão um grande desafio para a KaBuM e-Sports", completa Ranger.
Mas a KaBuM chega ao Mundial embalada por um ótimo 2018 no cenário nacional. O time começou o ano sem estar entre os favoritos do CBLoL, mas conseguiu surpreender ao vencer o primeiro e o segundo split da competição e deixar para trás adversários fortes como a ViVo Keyd e o Flamengo, de Felipe "brTT" Gonçalves. "Trabalho duro, acho que isso resume bastante a evolução da KaBuM e-Sports de 'underdog' para a equipe brasileira dominante de 2018", diz Luccas "Zantins" Zanqueta.
Para o top laner, a subestimação que a equipe sofreu no início da temporada foi fundamental para o seu triunfo. "O fato de não sermos considerados um time bom no começo do ano fez com que a gente trabalhasse muito duro para mudar essa perspectiva e conseguisse resultados bons". Agora, mais uma vez, a KaBuM entra em um campeonato sem estar entre as favoritas ao título. Será que esse cenário vai ajudar o time novamente?
Fato é que o Brasil não tem um bom histórico de participação nos mundiais de LoL. A própria KaBuM foi a primeira equipe brasileira a conseguir uma vaga no campeonato. O ano era 2014, e nessa época a line up laranja era formada por Daniel "Danagorn" Drummond, Daniel "Dans" Dias, Gustavo "Minerva" Queiroz, Pedro "Lep" Marcari e Thiago "Tinowns" Sartori. Apesar da boa campanha do time em território nacional e da conquista do campeonato brasileiro, os meninos não evoluíram no torneio: eles venceram apenas uma partida e terminaram no último lugar do grupo em que estavam.
Nos anos seguintes, PaiN Gaming (2015), INTZ (2016) e Team One (2017) foram as representantes do Brasil no campeonato e repetiram o baixo desempenho. Mesmo com esse histórico, os meninos da KaBuM estão otimistas. "Nós temos a faca e o queijo na mão! Agora, para mostrar a força do nosso país, viemos de dois títulos seguidos e nos organizamos com antecedência para treinar. Estamos muito motivados, pois basicamente temos tudo", diz Zantins.
Os atletas da KaBuM estão em um bootcamp na Coreia do Sul desde o dia 13 de setembro e vivem uma rotina intensa de treinamento. Mas será que o preparo foi suficiente? "Com certeza evoluímos. Mas sabemos que ainda estamos longe de ser um time forte para competir alto no campeonato. O foco é, nesse primeiro momento, sair da Fase de Grupos", declara Ranger."Eu sempre falo que, para nós, o jogo mais importante será o próximo. Porque na escada de um campeonato, não adianta nada visar o meio ou o final dele, tropeçando no primeiro degrau. O foco tem que ser sempre no próximo passo - é a maneira mais eficaz de chegar no topo", completa Zantins.
Outro fator que pode desfavorecer os brasileiros é a ausência de um pro player estrangeiro e com mais experiência no cenário internacional. Quando questionado sobre isso, o meio Matheus "Dynquedo" Rossini mostra confiança. &
Alexandre "Titan" Lima dos Santos, o prodígio de 18 anos do time, repete o otimismo do companheiro e sonha em jogar contra a Supermassive, time forte, no decorrer do campeonato. "Quero enfrentar a Supermassive, por conta da revanche", revela. A KaBuM perdeu para os turcos no MSI deste ano em um jogo rápido de 21 minutos. "Acredito que no MSI não demos o nosso melhor e foi um jogo vergonhoso de se ver. Maiores desafios vão ser o incentivo para superar cada expectativa que iremos trazer ao jogo", diz o jovem. Para enfrentar a Supermassive novamente, o Brasil precisa vencer na Fase de Entrada e avançar na disputa. Que o desejo de Titan sirva como incentivo para a equipe levar o Brasil adiante no Mundial de League of Legends 2018.
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