Uma das tendências mais relevantes no design de novos celulares tem sido a busca por telas que aproveitam a totalidade de espaço da área frontal disponível. Essa busca tem levado à criação de soluções polêmicas, como as telas com recortes em iPhones, Zenfone 5 e nos LG G7 ThinQ. No entanto, também tem levado à avanços tecnológicos interessantes, como o Face ID que aposentou a biometria por impressão digital em celulares da Apple; os aparelhos com câmeras ocultas; e até mesmo os primeiros telefones com leitores digitais invisíveis, como é o caso do Huawei P20 Pro.

Área útil

A ideia por trás de espremer as bordas e aumentar a área de tela no painel dianteiro de um celular é a de aproveitar melhor o espaço. Um bom exemplo de como essa noção se aplica é comparar o Galaxy S7 com o Galaxy S8, por exemplo.

O S7 tem tela de 5,1 polegadas e o S8, de 5,8 polegadas. O Galaxy S8 tem tela com bordas bem reduzidas, o que garante um aproveitamento de espaço bem maior e se traduz numa diferença de apenas 0,6 milímetros em altura, quando comparado ao seu antecessor; mas de expressivas 0,8 polegadas quando o assunto é a dimensão da tela. Na proporção, o S7 tem uma tela que ocupa 72,1% da área frontal disponível enquanto que o S8 é 83,6% tela (com técnicas mais agressivas, alguns fabricantes já superam os 90%).

A ideia de aproveitar melhor a área disponível para tela contorna uma série de limitações, já que um celular com uma grande proporção de área ocupada por bordas e botões, terá que crescer bastante para abrigar uma tela maior. Essa capacidade de aproveitar melhor o espaço tem permitido aos designers das grandes fabricantes ultrapassar chegar perto das 6,5 polegadas em novos displays, sem tornar seus celulares tão grandes como tablets de 7 polegadas.

A seguir, vamos falar das ideias que os fabricantes têm perseguido para reservar a maior área possível da dianteira de seus aparelhos para o uso praticamente exclusivo das telas.

1. Tela curva

Talvez uma das primeiras iniciativas na direção de aumentar a área útil da tela em celulares sejam as telas curvas introduzidas pela Samsung com Galaxy Note Edge, ainda em 2014. Então chamadas de Edge, essas telas viraram uma característica central dos celulares premium da marca e são uma exclusividade da linha Galaxy até hoje.

A tela curva simplesmente elimina bordas laterais e oferece funcionalidades úteis aos aparelhos com essa característica: o usuário pode usar os lados curvos da tela para adicionar atalhos e funcionalidades customizadas. O aspecto mais curioso a respeito da solução da Samsung é o fato de que esse design ainda não ter sido copiado por nenhuma grande rival.

2. O polêmico topete

O problema em se tentar transformar toda a parte frontal do celular numa grande tela está no fato de que há componentes que ocupam espaço no painel dianteiro, como câmera de selfies, LEDs e sensores, além de saída de som em alguns modelos. O botão físico, por exemplo, foi eliminado porque é possível simular botões na tela via software. Mas o que fazer com câmeras?

Essa situação levou ao surgimento das telas recortadas para abrigar esses itens indispensáveis. O primeiro smartphone com essas característica foi o Essential Phone, com um pequeno entalhe que abriga a câmera de selfies. Ainda em 2017, a Apple seguiria pelo mesmo caminho com o iPhone X, mas com um recorte muito mais pronunciado para envolver não só a câmera frontal, mas também o conjunto de sensores do celular.

A solução é funcional e parece ter vindo para ficar, embora não seja unanimidade entre todas as marcas, e nem mesmo entre os consumidores. A Samsung, por exemplo, não a aplicou nos Galaxy S9 e Note 9, e nem entre seus lançamentos de perfil mais intermediário.

A saída encontrada pela Apple, Asus, LG, Xiaomi, OnePlus e outras marca

... s, pode não ser tão elegante. Se por um lado aumenta a área útil do display, por outro cria novos problemas, como a necessidade desenvolver interfaces e suportes via software que reconheçam a característica para não prejudicar o uso do celular.

3. Câmera deslizante

Como a tela com recorte não é unanimidade, algumas fabricantes buscaram se diferenciar e encontrar uma saída que garantisse a maior área possível de tela. Oppo e Vivo são duas marcas chinesas que apresentaram celulares com câmeras deslizantes. Ocultas no interior do aparelho, elas surgem por meio de um acionamento mecânico a partir do comando do usuário: se você abrir o app de câmera, o mecanismo é ativado e a câmera sai de dentro do celular.

Dessa forma, esses celulares apresentaram face que é só tela, dando ao usuário a perspectiva de um telefone com maior aproveitamento possível da área útil frontal. A ideia é interessante, ainda que levante questões quanto a durabilidade do sistema – já que envolve motores e partes móveis, propensas a desgaste.

4. Leitores de digitais integrados ao display

Uma das primeiras baixas na busca por telas amplas foram os botões físicos e os leitores de digitais, que acabaram deslocados para o painel traseiro, em alguns casos, e em outros encontraram sobrevida no botão liga/desliga na lateral de produtos com os Xperia.

Só que fabricantes já trabalham numa saída bastante ousada: a ideia de ocultar o leitor de impressões digitais sob a tela, permitindo que a leitura biométrica seja realizada assim que o usuário tocar no botão home simulado pelo display. O X20 Plus da chinesa Vivo foi o primeiro smartphone a acoplar o leitor abaixo da tela. Recentemente, o rumor sobre a presença de recurso similar no OnePlus 6T foi confirmado pela marca.

Assim como outras ideias levantadas nessa lista, o leitor de digitais oculto sob a tela representa algumas limitações. Como não é do tipo capacitivo, como os leitores convencionais em botões, esses sensores tendem a ser mais lentos e menos precisos no registro do toque e na leitura da digital.

5. Câmera invisível?

Depois de remover o botão home e de reposicionar o leitor de digitais, resta ainda um elemento frontal de celulares no caminho da tela total: a câmera de selfies. A Apple pode sair na frente quanto a construção de uma saída mais elegante e menos polêmica: a câmera invisível, oculta sob a tela.

A especulação gira em torno de uma fabricante de componentes para iPhones que desenvolve um tipo de cobertura para as lentes, permitindo que ela desaparecesse na tela, como se fosse efetivamente invisível. De acordo com notícias que circulam na China, essa tecnologia poderia estar pronta para exploração comercial em 2020.

Pode parecer ficção científica, mas o conceito não é difícil de entender e, de forma mais rústica, já é implementado em outra solução de aumento de área útil da tela: o leitor de digitais oculto sob o display.

Leitores de impressões digitais, no fundo, são como câmeras fotográficas que obtém uma imagem do padrão das impressões do seu dedo. Como já vimos, a tecnologia de ocultar esse sensor por baixo da tela do celular foi implementada com sucesso pela Vivo, é uma das características mais marcantes do Huawei P20 Pro e deve começar a surgir em novos aparelhos, como o OnePlus 6T indica.



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