A linha do Galaxy S10 foi anunciada na quarta-feira (20) com pompa, circunstância, preços nas alturas e um visual renovado do aparelho. “Celular mais lindo que a Samsung já fez” foi o comentário que eu mais vi nas redes sociais. Faz sentido: a gigante sul-coreana acerta em cheio ao mudar totalmente a parte frontal do smartphone. O mesmo visual é visto no Galaxy S10 Plus, modelo que está em minhas mãos há pouco mais de 24 horas. Por enquanto tem sido uma experiência bastante positiva.

Todo mundo sabe a cara de um celular Samsung, empresa que mais vende aparelhos do tipo no Brasil. Testa e queixo mais altos, nada de notch, display grande. Esta tem sido a fórmula do sucesso até entrar em cena o Galaxy S10 Plus, com dois recursos inéditos em produtos da marca: câmera dentro da tela e leitor de digitais supersônico. Sobre este dois temas que me debruço a seguir.

Começando pela tal câmera dentro da tela, algo que empresas chinesas já vinham propondo. Posicionada no canto superior direito, foge totalmente do formato que a Apple ajudou a popularizar com o recorte do iPhone X. Os engenheiros tiveram que rever toda a disposição de informações da barra superior, onde ficam o relógio, os ícones de notificações e os ícones de serviços. O resultado está elegante e funcional.

O Galaxy S10 Plus testado por este escriba traz não apenas uma câmera frontal (como no S10 regular), mas sim duas lentes e sensores: têm 10 e 8 megapixels, com a proposta de fotografar bem ocasiões diferentes. Houve melhorias na interface de usuário: ao mudar para a câmera frontal, por exemplo, uma animação lembra o posicionamento dos sensores, para que o protagonista da foto não tire uma fotografia de si mesmo olhando para o lado errado.

Aplicativos diversos, como Gmail, Spotify, Netflix e Twitter, respeitam o espaço da câmera dentro da tela. Até o presente momento, não teve nenhum caso sequer de informações que ficaram escondidas naquele canto que não tem pontos luminosos.

Desbravar o app da Netflix foi particularmente interessante por descobrir que os vídeos não entram na área preta em hora nenhuma. O Galaxy S10 tem mecanismos para ajustar o recorte do filme, série etc. de modo que nenhuma informação se perca – seja na visualização normal ou em modo de zoom, que aproxima as imagens para melhor aproveitamento do display.

O comportamento difere do visto em telefones com notch em modo zoom. Eles habitualmente fazem com que parte do conteúdo fique apagado pelo recorte.

Resumo da ópera: o Android 9 (Pie) combinado com a interface One UI são suficientes para que o conteúdo se acomode ao redor do orifício da câmera, fazendo com que sua presença ali passe despercebida. Se muita gente se acostumou ao graúdo notch dos celulares Apple, imagino que seja tranquila a curva de aprendizado que o lançamento da Samsung exige.

Isso tudo ocorre por um bom motivo: as bordas superior e inferior estão ainda menores. Qualquer dia ainda vão desaparecer. Convém lembrar ainda que Galaxy S10 e Galaxy S10 Plus mantém o vidro com laterais curvas, o que ajuda na ergonomia. Mais basicão, o Galaxy S10E não traz a característica.

Agora que você entende a câmera dentro da tela, chega o instante de comentar sobre o sensor supersônico de impressões digitais. Sim, ele fica debaixo da tela – é invisível. Sim, ele é rápido – rapidamente dá acesso à tela inicial do telefone. No entanto, traz as suas peculiaridades, como de praxe em toda nova tecnologia que é adotada por uma empresa gigante e com capilaridade para entregá-la a muitos consumidores.

O uso do S10 Plus consiste em puxar o telefone da mesa para que a tela se acenda sozinha – igual no iOS. O display liga e usa recursos gráficos para indicar onde fica o leitor d

... e impressões digitais. Basta posicionar o dedo ali para que o desbloqueio aconteça. Em outras palavras, está errado dizer que toda a tela faz a leitura das digitais. Apenas uma parcela do display realiza a biometria. De quebra, os sul-coreanos abandonaram a ideia de reconhecimento de íris apresentada pela primeira vez no Galaxy Note 7.

Este novo componente depende de ultrassom para funcionar, algo que não vemos todos os dias em um um telefone.

Aqui também há curva de aprendizado. Às vezes não bastará apenas encostar no sensor, mas sim será necessário fazer um pouco de pressão. Noutros momentos, a questão é com a posição do dedo, algo que se aprende também rapidamente. O funcionamento é rápido, eficaz e, de acordo com a Samsung, fornece mais segurança.

Estes dois componentes são suficientes para afirmar que o Galaxy S10 e o Galaxy S10 Plus passaram por uma plástica completa do rosto: está mais bonito, moderno e limpo, a despeito da área enegrecida ali em cima. Os demais detalhes dos telefones são aqueles que já se espera de dispositivos de ponta: processador potente, muita memória RAM, armazenamento de sobra e câmeras que não deixem na mão.

Ao menos no Plus testado por mim, com RAM de 8 GB e armazenamento de 128 GB, por ora posso dizer que o desempenho está impecável. A ver como será o comportamento do produto daqui a algumas semanas ou meses.

O Galaxy S10 Plus tem preço sugerido de US$ 999,99 nos Estados Unidos, cerca de R$ 3.740 em conversão direta. A Samsung trará o produto ao Brasil, mas não se sabe quanto. O preço de lançamento também é mantido a sete chaves.

O jornalista viajou a convite da Samsung.

Ficha técnica do Samsung Galaxy S10 Plus

  • Tamanho da tela: 6,4 polegadas
  • Resolução da tela: Quad HD+ (3040 x 1440 pixels)
  • Painel da tela: AMOLED Dinâmico
  • Formato: 19:9
  • Densidade de tela: 438 ppi
  • Câmera principal: tripla, 12, 12 e 16 megapixels
  • Câmera frontal (selfie): dupla, 10 e 8 megapixels
  • Sistema: Android 9 (Pie)
  • Processador: Exynos 9820
  • Memória RAM: 8 GB ou 12 GB
  • Armazenamento (memória interna): 128 GB, 512 GB ou 1 TB
  • Cartão de memória: microSD de até 512 GB
  • Capacidade da bateria: 4.100 mAh (com recarga rápida e sem fio + Wireless PowerShare)
  • Dual SIM: sim
  • Peso: 175 g
  • Cores: preto, branco, azul, verde, cerâmica preta e cerâmica branca


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