Os jogos gacha ganharam muita força nos últimos anos entre os games mobile, principalmente no Japão. O sucesso foi expandido também para o ocidente, algo que ficou evidenciado em 2018, quando Fate/Grand Order ganhou o título de jogo mais comentado do Twitter no ano, superando fenômenos, como Fortnite, PUBG e Pokémon GO. Entenda, a seguir, como surgiu e de que forma o conceito é aplicado em jogos para celulares Android e iPhone (iOS).

Como surgiu o termo gacha?

Os “gacha games” têm sua mecânica inspirada nas máquinas “Gachapon”, em que o cliente deposita uma certa quantidade de dinheiro para receber um brinquedo aleatório. Os prêmios vêm dentro de uma cápsula e só serão revelados depois que ela for aberta. Com a aleatoriedade dessas máquinas e por contar com temas limitados, elas acabaram se tornando uma grande febre no Japão.

Como funcionam os gacha games?

Com a troca monetária por itens aleatórios criada pelas Gachapons, surgiram os gacha games. Essa mecânica pode ser implementada em diversos gêneros, mas geralmente fazem mais sucesso em JRPG (RPGs japoneses), como no fenômeno Fate/Grand Order e outros títulos, como Fire Emblem Heroes e Final Fantasy: Brave Exvius.

O jogador pode adquirir itens aleatórios conforme avança no gameplay, como cartas para criar ataques, personagens e outros itens. Outra forma de avançar o seu progresso é utilizando dinheiro real para comprar mais chances de conseguir os mesmos itens, mas sem a garantia de que será recompensado com eles. É nessa parte que o termo gacha se aplica a esses jogos, já que os usuários investem o dinheiro para abrir uma caixa que conterá um prêmio aleatório.

Por exemplo, em Fire Emblem Heroes, o jogador participa de batalhas para conseguir orbes. Com eles, o jogador terá a chance de invocar novos heróis. Quando os orbes são usados e o item adquirido não era o desejado, uma opção de comprar mais chances é mostrada para incentivar o usuário a gastar dinheiro e ter mais uma chance de conseguir o herói. Essa prática concedeu a Nintendo cerca de US$ 300 milhões (R$ 1,1 bilhão em conversão direta) só no primeiro ano de vida do jogo.

Uma máquina de fazer dinheiro

Os gacha games são grátis para jogar, mas sempre conseguem uma grande quantia de dinheiro com as vendas dentro do jogo. A mecânica de pagar por itens aleatórios é responsável por dar milhões aos estúdios de desenvolvimento desses jogos, pois encoraja fãs a investirem o que for necessário para conseguir os prêmios que almejam.

Em alguns casos, jogadores preferem usar dinheiro real para avançar no jogo, pois possuem pouco tempo para investir na jogatina e necessitam dessas facilidades para chegar no nível que os satisfaça. O termo “Baleia” é utilizado para definir jogadores que não veem mau em gastar a quantia que for preciso nos jogos e acumulam grandes quantidades de itens.

Em países como a Bélgica, a prática dos gacha games é vista como um jogo de azar, o que fez com que uma legislação fosse criada para proibir os jogos. Com isso, Mobius Final Fantasy, Kingdom Hearts Union X e Dissidia Final Fantasy Opera Omnia foram banidos tanto da Google Play Store quanto da App Store por violares as leis do país.

Em 2018, o The Wall Street Jornal noticiou que um jogador japonês c

... hamado Daigo gastou US$ 70 mil (R$ 276 mil) em Fate/Grand Order. A principal mecânica do game é a invocação de servos, e as chances de conseguir invocar um de raridade cinco estrelas, a maior de jogo, é de apenas 1%, o que faz o jogador gastar ao menos US$ 300 (cerca de R$ 1185) para conseguir um personagem.

Via Polygon, The Wall Street Journal, The Artifice e Softonic



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