Alguns apps que vêm pré-instalados em celulares Android podem contar com até 146 falhas, de acordo com relatório divulgado na última sexta-feira (15) pela Kryptowire, empresa especializada em segurança digital. O problema é ainda mais grave quando é constatado que a vulnerabilidade está presente em dispositivos de 29 empresas diferentes. A pesquisa foi patrocinada pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.

Entre as principais falhas encontradas, estão instalação de apps sem autorização do usuário, gravação de áudio sem o dono do celular saber, alteração nos ajustes de sistemas, entre outros bugs menos ou mais graves. Como destacou a publicação da Wired, o maior volume de fabricantes são pequenas e se concentram na Ásia, mas existem também gigantes do ramo como Asus, Sony, Samsung e Xiaomi.

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As empresas citadas na pesquisa foram logo notificadas, assim que o estudo ficou pronto. A Samsung, por exemplo, minimizou o problema e afirmou, por meio de nota oficial, que o Android Security faz o trabalho de proteger o usuário nestes casos.

À revista Wired, Tom Karygiannis, vice-presidente de produtos da Kryptowire rebateu: "os aplicativos da Samsung podem ser usados por terceiros da cadeia de suprimentos para obter acesso às informações sem divulgá-las ou exigir permissões. O design atual da estrutura do Android Security não impede que isso aconteça hoje".

Em 2018, o Google lançou uma ferramenta chamada Build Test Suite, que é responsável por justamente procurar e encontrar esse tipo de falha. Por outro lado, foi pouco enfático quanto as possíveis melhorias. "Agradecemos o trabalho da comunidade de pesquisa que colabora conosco para solucionar e divulgar com responsabilidade questões como essas", se limitou a dizer por meio de comunicado, enviado à Wired.

Como bem alertou o The Next Web, quando o usuário baixa um app infectado ou com falha, ainda há a possibilidade de deletá-lo. Entretanto, as falhas detectadas pela pesquisa estão em aplicativos OEM, aqueles que vêm instalados de fábrica em sistemas das fabricantes, os chamados bloatwares, que muitas vezes impedem a sua remoção.

O TechTudo entrou em contato com todas as empresas citadas na pesquisa. A ASUS respondeu com a nota abaixo.

"A ASUS está atenta e busca sempre melhorar o sistema de segurança em seus dispositivos com atualizações frequentes e monitoramento em tempo real de possíveis ameaças. Geralmente, quando essas pesquisas são divulgadas, a empresa já tomou todas as medidas necessárias e os problemas já estão em processo de correção. Priorizamos a qualidade e a segurança dos nossos produtos, com tecnologia de ponta e um time de profissionais altamente capacitados que trabalha, em parceria com o Google, para prevenir e solucionar esse tipo de problema."

A Samsung também enviou uma nota em resposta às informações divulgadas.

"A Samsung leva a segurança muito a sério e nossos produtos e serviços são desenvolvidos sempre com isso mente. Desde que fomos notificados pela Kryptowire, investigamos prontamente os ap

... licativos em questão e verificamos que as proteções apropriadas já estão em vigor. Para garantir a segurança de qualquer dispositivo, continuamos a avaliar o feedback que recebemos sobre todos os nossos produtos e serviços".

As demais fabricantes não retornaram até a publicação desta matéria.

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