A Microsoft surpreendeu o mundo com o HoloLens, um óculos inteligente com Windows 10 que mistura o ambiente real com holografias. Na Build 2015, em São Francisco, a empresa chamou a atenção ao mostrar não só aplicativos, mas também robôs controlados através do dispositivo. No entanto, será que o HoloLens é tudo isso que a Microsoft diz? O Windows Holográfico mudará a tecnologia? O TechTudo teve acesso ao HoloLens e traz as primeiras impressões exclusivas para o Brasil.

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Veja, no vídeo abaixo, algumas imagens do HoloLens na Build 2015

Preparação para o uso

Antes de tocar e usar o HoloLens, foi preciso passar por um equipamento que media a distância entre as íris do usuário, que deve ser informada posteriormente na página de configuração dos óculos. Segundo o funcionário da Microsoft, isso é necessário para garantir que a visualização da holografia seja a melhor possível e que a pessoa não acabe estrábica olhando a imagem. Perguntado se isso será necessário na versão final, ele disse não saber.

Design e características

Tocar nos HoloLens é um misto de surpresa e admiração. Os óculos futurísticos da Microsoft tem hastes de plástico, um vidro totalmente curvo na parte frontal e pequenas lentes responsáveis por criar os hologramas. No interior, há uma espécie de “tiara” flexível que serve para dar fixação ao aparelho, além de se movimentar em múltiplas direções. Essa é ajustável através de um botão giratório que aperta o acessório.

Testamos o Hololens, óculos inteligente da Microsoft, na Build 2015 (Foto: Elson Junior/TechTudo)

O HoloLens possui ainda uma entrada microUSB que serve para a conexão com o computador e uma saída que parece ser de fones de ouvido. As duas barras vermelhas nas laterais são na verdade alto falantes que criam um som ambiente capaz de se movimentar ao redor de um emissor. De volta à parte frontal, é possível ver quatro câmeras, sendo duas de cada lado, e alguns sensores espalhados pelo aparelho.

Como vestir o HoloLens

Vestir o dispositivo é um processo que exige alguns passos, mas que se torna automático com o tempo. Tudo o que o usuário precisa fazer é abrir a tiara e fixá-la na sua cabeça. Um detalhe importante é que o HoloLens precisa estar posicionado sobre o nariz e sua pequena tela deve estar compatível com a altura dos olhos para garantir uma boa experiência.

Os óculos da Microsoft são até confortáveis de usar, embora grandes. Apesar disso, a empresa precisa se empenhar para melhorar alguns detalhes, especialmente o encaixe no nariz, para que ele se torne menos incômodo em um uso mais prolongado.

Usando o HoloLens

Frio na barriga, hora de testar o HoloLens. No evento preparado pela Microsoft, os jornalistas puderam conferir um aplicativo chamado Project Origami. Como o nome sugere, esse cria objetos flutuantes de papel dobrado. A fabricante dos óculos incentivou a simular o desenvolvimento do app, acompanhando a potencialidade do aparelho. 

... ior/TechTudo)">Hololens tem um vidro e pequenas lentes responsáveis por criar os hologramas (Foto: Elson Junior/TechTudo)

O primeiro teste da Microsoft envolvia ver os objetos estáticos flutuando no espaço. Como os óculos não estavam muito bem fixados na cabeça, a nossa primeira experiência não foi muito boa. Ao contrário do que a companhia sugere, as holografias do HoloLens não vão ficar totalmente espalhadas pela casa. Na verdade, o usuário precisa enxergar a partir das pequenas lentes do aparelho, que funcionam como uma tela, daí a importância do seu bom posicionamento.

Durante esses testes iniciais, pudemos perceber como os hologramas se posicionam diante do usuário a uma distância inicialmente pré-definida. É possível chegar perto e até mesmo rodar ao redor da imagem virtual para observá-las de diversos ângulos. Nesse estágio, os óculos nos surpreenderam pouco. Porém, ainda havia boas novidades pela frente.

À medida que o teste avançava, foi possível interagir com os origamis virtuais. Ao colocar novamente os HoloLens, dessa vez melhor posicionados, a experiência mudou completamente. Era possível ver as holografias bem melhor do que antes.

Os óculos da Microsoft aceitam comandos através de gestos e por voz. Os cliques são feitos por meio de movimentos com o indicador, como se o usuário fizesse o “isso, isso, isso…” do Chaves. Já os comandos de voz eram realmente impressionantes e precisos. Nessa etapa da animação, foi possível ver como os hologramas se tornam interativos.

A simulação com o Hololens é surpreendentemente real (Foto: Elson Junior/TechTudo)

O HoloLens tem ainda a capacidade de identificar o posicionamento da cabeça do usuário e exibir um ponteiro exatamente onde a pessoa está olhando. Ao clicarmos na bola de papel, ela caia infinitamente de onde flutuava. Com o comando de voz, tudo poderia ser refeito em segundos. Mas o melhor ainda estava por vir.

A grande sacada do aparelho finalmente aconteceu quando ele passou a escanear o ambiente ao redor. As bolinhas, que antes caiam no infinito, agora quicavam no sofá ou rolavam pelo chão até chegar ao pé. A verdade é que a simulação foi tão convincente que até tentamos chutar a bola. Outro ponto que chamou a atenção foi a música introduzida no aplicativo. Ao se distanciar das bolinhas, a canção praticamente silenciava. Já bem próximo do objeto, ela aumentava de volume, como se você tivesse ao lado da caixa de som.

Lateral do HoloLens apresentado na Build 2015 da Microsoft (Foto: Elson Junior/TechTudo)

Para fechar com chave de ouro, o HoloLens ganhou um efeito de explosão que abria um buraco para outro mundo com uma realidade ímpar. Era possível olhar pela fenda virtual, ver coisas diferentes a cada movimento e com uma profundidade impressionante. A simulação era tão real que alguns dos presentes se abaixaram, sentaram e  se contorceram para conferir vários detalhes.

Conclusão

O HoloLens é surpreendentemente inovador e faz relógios inteligentes, smartphones e tablets parecerem coisas do passado. Na verdade, ele é que se trata do futuro. Afinal, a Microsoft ainda não anunciou as datas de lançamento do aparelho e nem quando ele vai custar. De qualquer forma, o aparelho era certamente o que a empresa precisava para mostrar que ainda é capaz de inovar, jogando pressão nas concorrentes que brigam pelos controversos smartwatches.

O dispositivo pode até não ser, em alguns momentos, tudo o que a Microsoft mostra durante suas apresentações, mas é capaz de oferecer muito mais do que os concorrentes, mesmo ainda sendo um protótipo. Há, porém, dois fatores decisivos pela frente: o preço e o apelo com o público. Resta esperar o que a Microsoft tem preparado para que mais uma de suas ideias não fique apenas nas promessas.



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