Um conjunto de 24 aplicativos para Android pode ter comprometido a privacidade de até 382 milhões de usuários no mundo. Um relatório da provedora de serviços de rede VPNPro, divulgado na última segunda-feira (3), aponta que os apps coletaram áudio, vídeo e diversos dados pessoais para fins de espionagem. Segundo o Google, os itens comprometidos já foram removidos da Google Play Store. No entanto, o tamanho do impacto sobre as vítimas que fizeram os downloads ainda é incerto.
Os apps pareciam inofensivos, com funções com previsão do tempo, calculadora, efeitos de câmera, calendário e navegadores. Entretanto, as permissões solicitadas nem sempre tinham ligação com o recurso prometido. A análise da VPNPro aponta provável ligação com o conglomerado chinês TCL Corporation.
As dúvidas em relação à confiabilidade dos desenvolvedores estão ligadas a um histórico delicado da Shenzhen HAWK, que seria responsável por todos os aplicativos banidos pelo Google. A empresa é uma subsidiária da TCL Corporation, dona também da fabricante de celulares TCL Communication Technology Holdings Limited.
Na lista, constam apps apontados como perigosos no passado até mesmo por autoridades de outros países. Em 2017, o governo indiano ordenou que militares removessem de seus celulares o Virus Cleaner 2019, app desenvolvido pela Shenzhen HAWK que, supostamente, poderia comprometer a segurança dos oficiais.
Dos 24 aplicativos identificados e removidos pelo Google, dois são publicamente da Shenzhen HAWK, enquanto outros cinco têm relação direta com a marca de celulares Alcatel, também de propriedade da TCL. Segundo os especialistas da VPNPro, entretanto, os demais 17 apps também seriam de responsabilidade do mesmo grupo de empresas.
Veja a relação de aplicativos banidos da Google Play Store
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