O Orkut foi uma verdadeira febre entre os brasileiros da década de 2000, embora tenha sido descontinuado em 2014, dez anos após seu lançamento. Além de fazer os usuários entrarem de cabeça na onda das redes sociais, o site de conexões ditou tendências que inspiraram as plataformas contemporâneas.

A moda de criar avatares personalizados com aplicativos como Bitmoji, por exemplo, remete ao extinto BuddyPoke do Orkut. Já com a função "Crush list", a rede social ajudou a unir casais quando o Tinder ainda pertencia a um futuro distante. Isso sem falar nas famosas comunidades e no tradicional scrapbook, ambos recursos adaptados pelo Facebook. Na lista a seguir, confira sete funções do Orkut que foram "copiadas" ou serviram de inspiração para outras redes sociais.

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1. Jogos dentro da rede social

Se você foi um usuário ativo do Orkut, é provável que tenha passado boas horas jogando Colheita Feliz ou Café Mania. Esses foram os jogos de maior sucesso da rede social, que também oferecia muitos outros títulos para quem quisesse se divertir na plataforma. Com a extinção do Orkut, alguns games migraram para o Facebook. A rede de Zuckerberg soube incorporar essa característica do então rival e mantém um extenso catálogo de jogos até hoje.

2. Crush list e Hot list

Muito antes de aplicativos como o Tinder existirem, o Orkut já ajudava a unir casais. Isso porque cada perfil apresentava uma opção chamada “Crush list”, na qual qualquer usuário poderia clicar para demonstrar interesse no dono da página. Se a pessoa retribuísse o gesto, o Orkut enviava uma mensagem para os dois, confirmando o match. A "Hot list", por sua vez, era simplesmente uma lista dos amigos que mais interessavam ao usuário.

3. Comunidades

As mais de 50 milhões de comunidades do Orkut eram um ambiente para fazer novos amigos e encontrar pessoas com os mesmos interesses. Estruturadas em tópicos de discussão, elas – desde a clássica "Eu odeio acordar cedo" até a bem-humorada "Não fui eu, foi meu eu lírico" – se transformaram em espaços para jogos como "beija ou passa", "atropela ou dá carona" e "o último que falar ganha".

No Facebook, o tom dos grupos mudou consideravelmente. Embora os espaços apresentem estruturas semelhantes, falta aos grupos uma ferramenta de postagem no estilo fórum. Além disso, o objetivo de quem se reúne no Facebook parece estar mais para trocar informações úteis do que para fazer amizade. Enquanto grupos como o famoso LDRV preservam o clima de brincadeiras, há outros mais sérios, que reúnem turmas de faculdade, trabalhadores freelancer e pessoas interessadas em alugar imóveis, além de compradores e vendedores de produtos usados.

4. BuddyPoke

O BuddyPoke está entre os recursos do Orkut que mais deixaram saudades nos usuários. A extensão disponível na rede social permitia criar um avatar parecido com você e interagir com os bonecos de seus amigos através de danças, cumprimentos, beijos e abraços virtuais.

O sucesso do BuddyPoke foi tamanho que o aplicativo não apenas migrou para o Facebook, como inspirou a criação de ferramentas semelhantes. É o caso do Bitmoji, app do Snapchat em que os usuários podem criar caricaturas de si mesmos e enviá-las na forma de emojis, e do Memoji, disponível apenas para donos de iPhone com iOS 13.

Difere

... nte do BuddyPoke, esses apps não permitem interação direta. Em contrapartida, os traços dos avatares acompanharam a evolução da tecnologia e se tornaram bem mais precisos, representando o usuário com maior fidelidade.

5. Scrap

“Só adiciono com scrap": se você fez parte do Orkut, com certeza reconhece essa frase. Desenvolvido para que amigos deixassem mensagens para o dono da página, o scrapbook da rede social levou à criação de um dos maiores bordões da Internet dos anos 2000.

Embora tenha o mesmo propósito, o mural do Facebook suprimiu a possibilidade de personalização dos caracteres e incorporação de códigos HTML. Outra diferença é que as pessoas já abandonaram o hábito de solicitar uma mensagem para adicionar alguém à lista de amigos.

6. Quem sou eu

A seção "quem sou eu" do Orkut foi criada para que os usuários escrevessem um pouco sobre si e mostrassem melhor sua personalidade. Acontece que a criatividade das pessoas, somada ao alto limite de caracteres disponibilizado pela rede social, acabou transformando o espaço em muito mais do que isso. Era comum que os usuários ditassem "regras" para o perfil ou ocupassem toda a página com letras de música e desenhos feitos com caracteres especiais.

Sabendo disso, fica fácil entender porque o espaço de biografia (ou bio) de redes sociais como Instagram e Twitter oferece bem menos espaço para a autodescrição. O recurso remete à seção "Quem sou eu", exceto pelo limite de caracteres oferecido. Como agora os usuários não podem escrever muito, é pouco provável que voltemos a ver "pérolas" como as do Orkut.

7. Visitantes do perfil

Uma das funções mais amadas e odiadas do Orkut era a possibilidade de saber quem havia visitado o seu perfil. A ferramenta vinha habilitada por padrão, e a lista de visitantes recentes era atualizada todos os dias.

Para a tristeza de muitos, o recurso foi extinto nas redes sociais contemporâneas. Bom, ao menos em sua forma original. Isso porque o Instagram permite saber quais as pessoas que visualizaram os seus Stories. Ainda assim, há aplicativos para celular e plugins para navegador que ajudam a driblar esse mecanismo de identificação e visualizar os conteúdos anonimamente.

No que diz respeito aos visitantes do perfil, a rede social de fotos indica apenas quantas pessoas visualizaram a página. Interessados em descobrir os rostos por trás dos números devem recorrer a serviços externos. Embora existam sites que prometem revelar esse tipo de informação, não é possível comprovar a veracidade dos dados.

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