No futuro, satélites da Samsung, orbitando a Terra, poderão oferecer conexão de Internet para todo o planeta. A ideia é suprir a crescente demanda por conectividade com um conjunto de 4.600 pequenos satélites na órbita baixa do planeta, cada um provendo ao menos 1 terabyte por segundo e um total de 1 zetabyte por mês. O estudo foi divulgado pela Samsung via Universidade Cornell, dos Estados Unidos.

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No futuro, rede de satélites da Samsung poderá garantir acesso à Internet em lugares restritos e com alta velocidade (Foto: Divulgação/Nasa)

O interessante no projeto é a proposta de usar satélites na órbita baixa. A razão para mantê-los fisicamente próximos da Terra é para reduzir a latência durante a troca de dados. Satélites de comunicação comuns, como os que garantem a transmissão de um evento esportivo para o mundo todo ao vivo, orbitam o planeta a 35 mil km de distância e o efeito dessa distância é o famoso delay entre a ação e a imagem e o som chegarem na sua telinha.

A ideia de colocar os 4.600 satélites mais próximos reduz a latência e permite que a conexão seja mais rápida. Outro ponto interessante da proposta da Samsung é o uso de frequências de rádio comuns para os satélites trocarem dados. O uso dessas frequências faz com que os satélites em si sejam mais baratos de se construir e manter.

A decisão por manter os satélites em órbita baixa também explica o por quê de 4.600 deles. Se o satélite está mais distante, suas antenas cobrem uma área maior do globo. Se está perto demais, o satélite acaba “enxergando” menos área. A constelação de mais de quatro mil unidades visa garantir que a cobertura seja total e caso o projeto saia do papel seria possível usar a Internet no meio do oceano, no meio de uma floresta. Países que ainda estão isolados, ou têm grandes dificuldades em estabelecer conexões com a Internet, poderiam ser atendidos pela rede orbital da Samsung.

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A demanda global por dados é multiplicada por 10 a cada cinco anos. Todo esse volume significa que as infraestruturas de rede e a disponibilidade de banda cada vez mais larga precisa crescer em um ritmo ainda maior. Segundo as estimativas da Samsung, publicadas no estudo, em 2028 a humanidade irá consumir um zetabyte por mês em dados, o que faz de propostas radicais, como a da Samsung, interessantes para serem estudadas no presente.

A ideia de usar o espaço como meio para impulsionar a Internet e garantir cobertura a todo o planeta não é uma exclusividade da Samsung. A SpaceX, de Elon Musk, e a OneWeb, de Richard Branso

... n avaliam projetos similares de uso de satélites específicos para conectar mais gente à Internet, com velocidades mais altas. Google e Facebook desenvolvem projetos que pretendem distribuir conectividade com a Internet via balões atmosféricos e drones, respectivamente.

Apesar do estudo, no momento, a Samsung não está desenvolvendo a iniciativa e isso significa que o projeto não tem uma data para sair do papel. Como você deve imaginar, os custos de uma empreitada dessas são bastante elevados. Ao ponto de não serem sequer mencionados no estudo da Samsung.

Via Extreme Tech e Engadget



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