Google, Facebook, Instagram, Twitter e YouTube vêm anunciando novas providências para conter a propagação de notícias falsas sobre o coronavírus. O objetivo é atacar o crescente número de fake news relacionadas à prevenção da doença, incluindo falsos comunicados governamentais, além de teorias da conspiração acerca da origem do surto na China. As empresas revelaram as medidas depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o novo vírus representa emergência de saúde pública de interesse internacional. Veja, a seguir, como cada plataforma vai lidar com os casos de desinformação na Internet.
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Facebook e Instagram
Serão excluídos do Facebook e do Instagram os posts sobre coronavírus com potencial de causar danos à saúde do usuário. Também serão tratadas dessa maneira as publicações que espalham teorias da conspiração envolvendo a origem do vírus.
A medida vai contra a política usual da empresa para lidar com notícias falsas em suas plataformas. Até então, publicações checadas por agências parceiras poderiam apenas perder o impulsionamento e ganhar um selo avisando se tratar de mentira ou distorção. Foi assim que o site lidou, por exemplo, com campanhas de movimentos antivacina que ocorreram recentemente no Paquistão.
A empresa de Mark Zuckerberg, no entanto, não divulgou planos semelhantes voltados para o WhatsApp, que é visto como vetor frequente de campanhas de desinformação. O Facebook aponta a criptografia de ponta-a-ponta como entrave para evitar fake news e vem recorrendo a funções que restringem o encaminhamento de mensagens para conter a distribuição de correntes com informações falsas.
O Google lançou um alerta SOS para o coronavírus em parceria com a OMS para garantir que informações de credibilidade sejam priorizadas na busca. Ao realizar pesquisas no serviço, usuários localizados em zonas de perigo veem um novo banner vermelho com informações críticas sobre o caso, incluindo dicas de segurança e atualizações vindas canais oficiais da Organização. A ferramenta é normalmente utilizada pela empresa para lidar com desastres naturais.
Em localidades onde o alerta não estiver ativo, o buscador retorna notícias atualizadas dos principais veículos e dados provenientes de fontes confiáveis. O Google brasileiro exibe as notícias relacionadas ao tema publicadas pelos principais portais do país, além de páginas da Secretaria de Saúde estadual e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entre os primeiros resultados.
YouTube
O YouTube também anunciou mudanças para priorizar informação verídica sobre o coronavírus. Segundo a empresa, os algoritmos do site passam a dar mais importância para vídeos publicados por fontes mais confiáveis. Em uma rápida pesquisa usando o termo “coronavírus” realizada pelo TechTudo, a plataforma mostra vídeos postados por veículos da grande mídia do Brasil e do mundo. Na seção “Em Alta” também aparecem publicações feitas pelos canais oficiais de meios de comunicação estrangeiros como CBC News, Sky News, Washington Post e a agência France Presse.
Segundo o Twitter, usuários que buscam por hashtags relacionadas ao coronavírus começaram a ser direcionados para entidades governamentais que contam com informações oficiais sobre o caso. No Brasil, quem buscar sobre o tema passa a ver, no topo do microblog, um link para um artigo no site do Ministério da Saúde explicando os principais fatos sobre o vírus.
Como identificar fake news
Entre as postagens sobre o coronavírus já identificadas como falsas por esses veículos estão, por exemplo, dicas falsas de prevenção e cura que recomendam coisas como beber água sanitária ou água com sal para se proteger da doença. Já entre as principais teorias da conspiração sobre a origem da doença estão fatos desmentidos ou completamente falsos, como a ligação do vírus com morcegos, armas biológicas, planos deliberados do governo chinês e até a conectividade 5G.
Via Facebook, Reuters, The Guardian, Bloomberg e G1
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