Um estudo da consultoria IDC Brasil apontou que celulares com valores entre R$ 700 e R$ 1099 foram a categoria preferida dos brasileiros em 2019. Os modelos intermediários de entrada saíram na frente ao registrarem 22,1 milhões de unidades comercializadas. Além disso, o ticket médio para adquirir um aparelho aumentou: em 2018 era R$ 1.200 e no ano passado o valor foi de R$ 1.240, o que corresponde a um aumento de 3,3%.
Outro dado interessante é o aumento de 33% na venda de celulares no país em 2019. De acordo com o estudo, foram comercializados 45,5 milhões de smartphones e 3,1 milhões de feature phones (aparelhos não smart). Os números representam um aumento de 2,2% e 23,5%, respectivamente. As expectativas de vendas em 2020 são ainda mais otimistas para o mercado, com crescimento esperado de 2%. Apesar disso, ainda não se sabe como este panorama pode ser afetado pela alta do dólar e pela pandemia de coronavírus.
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Para Renato Meireles, analista de mercado da IDC Brasil, as mudanças podem ser justificadas pela chegada de novas marcas ao país e pelas inovações e melhorias trazidas pelas marcas já consolidadas no mercado nacional. Além disso, os recordes de venda durante a Black Friday também pode explicar o resultado atingido.
O mercado cinza também teve aumento nas vendas. As vendas ilegais atingiram a marca de 3,8 milhões de smartphones, o que corresponde a uma alta de 344%. De acordo com a IDC, é possível explicar esse crescimento pela grande diferença de preços em relação às lojas oficiais. O valor pode chegar até a metade do valor. No entanto, o telefone pirata não tem garantia e pode apresentar incompatibilidades com o 4G nacional.
Entre as marcas mais visadas pelos contrabandistas estão Xiaomi e Huawei. “Essa prática levou fabricantes que atuam no mercado oficial, varejistas legalizados, entidades governamentais e até mesmo a Polícia Federal a focar em um trabalho conjunto para banir a venda ilegal, que resultou em perdas de receitas e de impostos arrecadados”, pontua o analista da empresa. Como resultado dessas ações, projeta-se a baixa de 39% até o final deste ano.
Por outro lado, a comercialização de feature phones no mercado cinza teve queda de 42,3%, com 677,8 mil aparelhos vendidos, o que o especialista atribui à diferença de preços pouco significativa e às ações de parceria entre as marcas e o varejo para aumentar a visibilidade desses produtos.
Com informações da IDC e Valor Econômico
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