O Windows Millennium Edition (ou Windows ME) é uma versão do Windows reconhecida como um dos maiores fracassos da Microsoft. O sistema foi lançado há 20 anos, em 14 setembro de 2000, e é famoso pelas telas azuis e por travar com uma simples mexida no mouse. Considerado lento e problemático, o Windows ME teve tantos problemas que durou menos de um ano no mercado. Em agosto de 2001, ele já havia sido substituído pelo Windows XP, que corrigiu grande parte dos falhas da edição anterior. A seguir, relembre os principais problemas que tornaram o Windows ME uma das piores versões do sistema da Microsoft.

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1. Muita tela azul

O Windows ME foi marcado por uma série de problemas com a tela azul da morte. Em geral, a causa era a maneira como sistema suportava aplicações que dependiam de compatibilidade integral com o MS-DOS para funcionar. Se um driver do computador dependesse do DOS para executar algum comando, era comum que ele retornasse um erro, criando um colapso no sistema e provocando a tela azul.

Problemas desse tipo eram comuns, porque o Windows ME cortou o suporte ao DOS sem que houvesse tempo, ou um plano, para cobrir as necessidades dos softwares da época que dependiam do MS-DOS para funcionar corretamente. A solução foi encontrada no Windows XP, que chegou com os modos de compatibilidade usados até hoje, no Windows 10.

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2. Acesso restrito ao modo real do MS-DOS

Desde a primeira versão, o Windows usava o antigo sistema operacional sem interface gráfica da Microsoft como base. O DOS era fácil de ser entendido por desenvolvedores e seu uso em sucessivas edições do sistema garantiu suporte retroativo a todo o catálogo de softwares para o Windows. O problema é que, com o avanço da tecnologia, o DOS começou a impor limitações e representar perdas de performance. Por ser antigo, o sistema era incapaz de tirar o melhor proveito de hardware novo, além de ser inseguro.

A solução da Microsoft foi basicamente remover o DOS do Windows ME, usando como base a tecnologia Windows NT. Desenvolvida para edições comerciais do sistema, essa plataforma garantia maior performance e muito mais segurança. No entanto, o suporte a aplicações antigas era bem menor, assim como a hardwares novos: o NT, naquela época, podia não funcionar com diversos tipos de acessórios, como impressoras e portas USB. Com essa troca, aplicações que precisavam de DOS para funcionar (principalmente, drivers para periféricos diversos) acabavam apresentando falhas recorrentes de operação e causando a famosa tela azul.

3. Restauração do sistema

A restauração do sistema, em uso até hoje no Windows 10, apareceu pela primeira vez em um sistema doméstico da Microsoft no Windows ME. Assim como hoje, a ideia era simples: criar registros de versões estáveis de arquivos para que o usuário pudesse reverter o computador para um estado anterior, caso a instalação de um recurso ou programa adicional comprometesse a estabilidade do sistema.

O problema é que a restauração do sistema do Windows ME podia deixar de funcionar depois de 8 de setembro de 2001. Um erro na forma como o recurso datava os pontos de recuperação após dessa data fazia com que a ferramenta fosse incapaz de encontrá-los na hora de tentar restaurar o sistema. Outro problema da ferramenta era a sua simplicidade. Em alguns casos, a recurso podia acabar restaurando malwares junto com arquivos legítimos, algo que inutilizava completamente os pontos de recuperação criados pelo usuário.

4. Mexer o mouse travava o sistema

Pode parecer um exagero, mas o Windows ME estava sujeito a um tipo de

... problema inusitado. Se o usuário deixasse o computador por mais de 10 minutos, e depois retornasse à máquina, o simples ato de mover o cursor do mouse poderia ser suficiente para desencadear um travamento do sistema e até uma tela azul.

A ocorrência desse bug não era universal, pois dependia das configurações de cada computador, mas era comum o suficiente para ainda ser lembrada por usuários. Mais uma vez, o problema era causado pelo suporte ruim a software e drivers que dependiam do DOS para funcionar corretamente.

5. Problemas com o Internet Explorer

O Windows ME foi lançado com uma versão intermediária do Internet Explorer, a 5.5, e não com a edição final, como a 6.0, que chegou no XP. Em uma época em que a oferta de navegadores era bem menor – Chrome e Firefox ainda não existiam – o Internet Explorer 5.5 era a única alternativa para navegar na Internet, acessar recursos do Windows Explorer ou até mesmo navegar na documentação de ajuda do sistema operacional.

Nos tempos do Windows 98, 2000 e ME, o Internet Explorer era profundamente integrado ao sistema operacional e a versão intermediária usada pela Microsoft introduziu uma série de problemas de compatibilidade com outros recursos do Windows. A dificuldade ia além de abrir uma ou outra página corretamente e também interferia na habilidade do Windows Explorer operar.

6. Sem recursos da versão corporativa

Até a chegada do Windows XP, a Microsoft usava um modelo de negócios diferente. Era possível encontrar versões domésticas de seus sistemas operacionais baseadas em MS-DOS, como o Windows 98 SE ou o Windows ME, para uso em computadores pessoais, ou opções corporativas, destinadas a empresas e ambientes corporativos. É o caso, por exemplo, do Windows 2000 que foi lançado alguns meses antes da edição ME usando a tecnologia Windows NT como base.

O Windows ME apareceu no mercado com um foco ainda mais acentuado em usuários comuns, destacando funcionalidades de mídia, e deixando de lado a integração com recursos de foco mais profissional. Essa mudança acabou irritando quem estava acostumado com o Windows 98 SE e encontrou um novo sistema operacional sem ferramentas como o Windows Fax, Personal Web Server e outros recursos profissionais que serviam como ponte entre computadores com Windows empresarial e PCs usados em casa.

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