O Google lançou, nesta sexta-feira (28), o site oficial do Fuchsia OS, seu novo sistema operacional de código aberto. O projeto misterioso – que já é um rumor há anos, mas só foi confirmado pela companhia em maio deste ano – pode substituir o Android e o Chrome OS no futuro. No site, está disponível toda a documentação para que desenvolvedores de software possam começar a trabalhar com a plataforma experimental. Entretanto, os dispositivos com suporte para o Fuchsia ainda são muito limitados: os híbridos de notebook e tablet Acer Switch Alpha 12 e Google Pixelbook, e várias gerações do Mini PC Intel NUC.

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Parece ser uma preocupação do Google deixar claro que o Fuchsia não é baseado no Linux. Trata-se de um “sistema operacional modular baseado em capacidade”, completamente inédito. O site inclui informações detalhadas a respeito do novo microkernel Zircon sobre o qual o sistema é construído. O Kernel é uma espécie de núcleo de um sistema, que faz a integração da parte física (hardware) com a lógica (software). O Android e o Chrome OS são baseados no kernel do Linux.

O site (fuchsia.dev) estreou sem alarde e sem indicações do suposto potencial revolucionário do sistema operacional. Na verdade, o envolvimento do Google nem é evidente à primeira vista. Um olhar mais atento, porém, poderá notar o tradicional Material Design e os links de termos e privacidade que direcionam para endereços da empresa.

O sistema

Um dos pontos fortes do Fuchsia OS deve ser sua versatilidade. É possível que ele seja utilizado em diversos tipos de dispositivos, como computadores, tablets e smartphones, além de sistemas embarcados em aparelhos de funções específicas. A plataforma provavelmente terá suporte a processadores ARM de 32 bits e 64 bits. O novo kernel Zircon tem a vantagem de ser mais enxuto. Essas características devem resultar em um sistema mais leve, capaz de rodar bem tanto em máquinas mais robustas quanto em equipamentos mais simples, voltados para a Internet das Coisas.

Em janeiro, um documento publicado no site Android Open Source Project revelou que o Google estava preparando uma versão especial da máquina virtual do Android para o Fuchsia. O recurso pode permitir que o novo sistema operacional execute os aplicativos feitos para Android. A tecnologia funcionaria como um emulador do atual sistema móvel do Google.

Os apps do próprio Fuchsia são baseados na linguagem de programação Dart, mas para criar os aplicativo

... s será preciso usar a tecnologia Flutter, que é uma estrutura multiplataforma. Esse é outro benefício, pois possibilitaria que os desenvolvedores fizessem apps para iPhone (iOS) e Android com um único código base.


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