Brasileiros não conseguem resistir a um sinal de Wi-Fi grátis. O comportamento despreocupado em locais públicos com redes liberadas, como lojas e restaurantes, pode colocar suas informações pessoais em risco. De acordo com o relatório Norton Wi-Fi Risk Report de 2017, os dados mostram que mais de 90% dos brasileiros acessam o Internet Banking, fazem login em contas de e-mails e compartilham documentos de trabalho em redes vulneráveis. Ou seja, redes de Internet sem fio que não tem monitoramento de segurança por empresas de telecomunicações.

Existe uma profunda diferença entre o que as pessoas pensam que é seguro quando se trata de Wi-Fi público e a realidade

"O que alguém pensa que é privado em seu dispositivo pessoal pode ser acessado facilmente por cibercriminosos através de redes sem fio não seguras ou mesmo por meio de aplicativos com vulnerabilidades de privacidade", disse Nelson Barbosa Jr, engenheiro de segurança da Norton. Veja dados do levantamento.

Wi-Fi grátis atrais brasileiros; 96% já colocou dados em risco usando redes inseguras (Foto: Pond5)

Os dados do Norton Wi-Fi Risk Report de 2017 sobre Brasil

  • 96% dos brasileiros potencialmente colocam suas informações pessoais em risco enquanto usam uma rede Wi-Fi pública de lojas ou bares, incluindo verificar suas próprias contas bancárias online;
  • 37% dos usuários do Brasil afirmaram que usam VPN em todas as s
... uas conexões Wi-Fi, o que garantiu a segunda maior porcentagem entre os países avaliados, atrás apenas da Índia;
  • 58% dos brasileiros acreditam que suas informações pessoais estão seguras ao usar uma rede Wi-Fi pública;
  • Por este motivo, 60% deles não tomam nenhuma medida de prevenção quando estão conectados;
  • A necessidade dos brasileiros de se manterem conectados é outro destaque: ao chegar a um novo lugar, 59% dos entrevistados não esperam mais do que alguns minutos para se conectarem via Wi-Fi.
  • Ao Techtudo, Barbosa Jr. explicou que, quando fala-se dos riscos de conectar-se à uma rede Wi-Fi pública e insegura, a companhia fabricante de antivírus se refere àquelas que não tem monitoramento ou não são oferecidas por empresas de telecomunicações ou empresas especializadas no serviço de conectividade — que já tem clientes grandes e com muitos acessos como shoppings e aeroportos.

    "Normalmente são redes de pequenos comércios [lojas de rua, bares e outros estabelecimentos], com segurança baixa, pedindo apenas um usuário e uma senha, sem um cadastro prévio e um acordo de uso do serviço", detalha.

    O engenheiro esclarece que todas as redes podem sofrer algum tipo de interceptação, desde que não apresentem as devidas proteções, como criptografia, roteamento correto e monitoramento de tráfego por serviços de segurança. "Quando navegamos em uma rede aberta podemos, por exemplo, enviar a desconhecidos, nossas credenciais de redes sociais ou serviço de e-mail, ou ainda as informações financeiras (conta bancária e cartão de crédito)", finaliza.

    Portanto, evite usar redes de Wi-Fi em que qualquer pessoa tenha a senha ou mesmo dispense o password como forma de acesso. Busque opções monitoradas, ainda que essas ofereçam apenas alguns minutos grátis.

    Sobre roubo de dados, no Brasil:

    • 50% ficariam horrorizados com o acesso indevido a seus dados bancários e informações financeiras;
    • 47% preocupados com o roubo de informações relacionadas a seus filhos;
    • 42% tranquilos se seu posicionamento político pudesse ser exposto;
    • 33% bravos com o acesso não-autorizado ao seu histórico de conversas privadas;
    • 32% envergonhados, caso seus segredos mais íntimos fossem descobertos;

    O levantamento é uma pesquisa on-line realizada com 15.532 pessoas, todos adultos e maiores de 18 anos, que usam Wi-Fi em 15 países, incluindo também o Brasil. A pesquisa foi encomendada pela Norton by Symantec e as informações foram coletadas de 18 de maio a 5 de junho de 2017 pela Research Now.

    Veja a versão completa do NORTON WI-FI RISK REPORT 2017

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