Resident Evil Village é o mais novo capítulo da popular franquia de survival horror da Capcom. O game dá sequência a RE 7: Biohazard, lançado em 2017, e é repleto de sangue, susto e muita ação. Com lançamento nesta sexta-feira (7) no Brasil e mundo para PC (via Steam), PlayStation 4 (PS4), PlayStation 5 (PS5), Xbox One e Xbox Series S/X, o título mantém Ethan Winters como personagem protagonista e faz a estreia oficial da série nos consoles de nova geração.

Nas próximas linhas, confira o que achamos de Resident Evil Village no TechTudo, e já adiantamos que o novo game é um dos mais assustadores da franquia. Vale dizer que o jogo foi testado em sua versão para PS4. Além disso, alertamos que o review a seguir pode conter alguns (poucos) spoilers.

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Enredo complexo que prende bastante

Neste novo jogo de Resident Evil, mais uma vez o jogador vive uma história protagonizada por Ethan, personagem principal de RE 7: Biohazard. Após os eventos tortuosos do game de 2017, o personagem tenta retornar à normalidade ao lado de sua esposa Mia e de sua filha Rosemary. No entanto, logo no início de Village, ele é surpreendido pelo já conhecido Chris Redfield, que assassina Mia e sequestra Rose.

Nocauteado em uma briga com Chris, Ethan acorda em um vilarejo completamente em ruínas, que parece ter especial apreço por uma figura quase religiosa chamada Mother Miranda. Lá, ele inicia sua jornada em busca de Rosemary, enfrentando vários inimigos e desvendando inúmeros segredos.

Embora pareça simples à primeira vista, o enredo é na realidade bastante complexo. Sob a premissa da busca de um pai por sua filha, são guardados vários mistérios que envolvem até mesmo a história da formação da principal empresa de Resident Evil, a Umbrella Corporation. Todo o desenrolar da narrativa vai se aprofundando enquanto avançamos no jogo, e a cereja do bolo é o seu desfecho completamente surpreendente.

Apesar de sua história complexa, o jogo é relativamente curto e pode ser zerado em cerca de dez horas. Como é de praxe em Resident Evil, porém, Village guarda alguns tesouros e pequenas missões paralelas, que fazem com que o usuário deseje jogá-lo mais de uma vez. Além disso, há ainda o retorno do modo Mercenários para desafiar ainda mais o jogador.

Vale dizer que até mesmo quem não conhece Resident Evil 7 pode jogar o Village sem grandes problemas. Isso porque o game apresenta logo em seu início uma retrospectiva da história anterior, situando aqueles que não viveram os horrores de Biohazard. No entanto, para melhor entendimento e até mesmo afinidade com este novo enredo, pode ser uma boa ideia dar play no jogo de 2017.

Inimigos poderosos e bem variados

Na demo lançada no início deste ano, a Capcom soube esconder muito bem a profundidade da história de Resident Evil Village. Se iniciamos o gameplay com a certeza de que nosso maior inimigo seria a já conhecida Lady Dimitrescu, logo nos surpreendemos: há pelo menos outros três vilões que devemos derrotar.

São eles Donna Beneviento, Salvatore Moreau e Karl Heisenberg. Eles são seguidores de Mother Miranda, e cada um impõe dificuldades diferentes ao jogador. Vale dizer que, para o TechTudo, os momentos mais aterrorizantes ficaram por conta de Beneviento, enquanto as maiores dificuldades de batalha foram encontradas com Heisenberg.

Além disso, Resident Evil Village é interessante também pela variedade dos tipos de inimigos. Neste game, há vampiros, bruxas, bonecas assassinas, criaturas que lembram lobisomens e até mesmo vilões robotizados, em uma chamativa estética cyberpunk. A dica aqui é de que nem sempre o headshot é a principal saída - no ent

... anto, é sempre uma boa manter sua mira devidamente calibrada.

Horror garantido com trilha sonora apavorante

Este novo jogo de Resident Evil é definitivamente um dos mais assustadores da franquia. Para se ter um comparativo em mente, a última vez que sentimos tanto pavor com um game da série aqui no TechTudo foi com Resident Evil 2, lançado para PSOne em 1998.

Além de contar com vários jump scares para assustar os jogadores, Village tem também uma trilha sonora assombrosa que mantém os players em um estado constante de tensão. É possível inclusive que seja esta a trilha mais apavorante de todos os jogos da série, entregando um trabalho magnífico de ambientação em survival horror.

Gráficos caprichados em cenários realistas

Como já era de se esperar, o RE Engine fez um excelente trabalho em Resident Evil Village, que apresenta iluminação primorosa e cenários realistas. O motor de videogame foi lançado em 2017, para o Biohazard, e chega agora com um jogo que roda bem até mesmo em consoles de hardware mais limitado - como é o caso do PS4.

Embora a própria caracterização das personagens, como Lady Dimitrescu e Salvatore Moreau, por exemplo, seja interessante por si só, o que mais chamou atenção durante os testes foi a beleza e o realismo dos cenários. Das tensas cenas no castelo Dimitrescu aos desagradáveis momentos na fábrica Heisenberg, o game mantém ambientações caprichadas e repletas de detalhes em praticamente todos os momentos.

Em Resident Evil Village, até mesmo o que é feio é bonito. A única exceção para essa lógica talvez seja um momento presente no segundo boss do jogo, a Donna Beneviento. No entanto, embora envolva uma situação assombrosa, a ambientação de cena ainda impressiona, tornando seu horror justificado.

Porém, como nem tudo é perfeito, houve momentos em que o jogo apresentou problemas na renderização, provavelmente causados pelo hardware ultrapassado do PlayStation 4. Contudo, eles ocorreram de maneira muito leve e rara, passando bem longe das imperfeições vistas em títulos como Cyberpunk 2077, por exemplo.

Mecânicas tradicionais e esperadas da franquia

Como qualquer outro jogo da franquia, Resident Evil Village demanda do jogador muita curiosidade e exploração. É necessário sempre olhar minuciosamente cada objeto coletado, já que alguns devem ser montados e/ou desmontados para de fato ter uso.

É interessante observar, porém, que neste novo capítulo da série da Capcom alguns itens têm vida útil prolongada. Além disso, há regiões que, embora apareçam no início do jogo, devem ser exploradas depois.

Para facilitar na trajetória, o mapa de Resident Evil Village é bastante intuitivo. Ele mostra de maneira simplificada se há ainda algo a ser explorado em cada uma das áreas disponíveis, mas sua simplicidade pode ser uma verdadeira dor de cabeça para jogadores que gostam de coletar todo e qualquer item.

Conclusão

Resident Evil Village é um excelente novo capítulo da tradicional franquia da Capcom. Com mecânicas já conhecidas e adoradas, o jogo faz uma bela estreia na nova geração. Vale dizer que, por causa das vibrações sentidas já no DualShock 4, do PS4, acreditamos que o game faça um excelente trabalho também no DualSense, do PS5.

Embora tenha um final um pouco longo, todas as horas investidas são justificadas pela complexidade da história. Com gráficos belíssimos e vilões bem desenvolvidos, Resident Evil Village finaliza com chave de ouro a jornada de Ethan Winters, agradando muito em seu gameplay surpreendente e aterrorizante.

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