A Intel está em dificuldades no mundo dos processadores, porque está ‘presa’ ao processo de 14nm há quase 5 anos. O que por sua vez não está a permitir que a empresa consiga saltar para uma nova arquitetura, que por acaso até já se encontra pronta para produção há vários anos. (Curiosamente até já existem rumores a sugerir o ‘port’ de alguns destes novos designs para o processo de 14nm)

Em suma, a Intel está a ser obrigada a usar e abusar da arquitetura Skylake de 2015, que já deu origem aos Kaby Lake, Coffee lake, Coffee Lake Refresh e ainda vai dar vida aos novos Comet Lake (Intel Core 10000).

Muito resumidamente, entre estas gerações de CPUs, não existe qualquer melhoria de IPC. Ou seja, tudo o que mudou foi apenas graças ao refinar do processo, que permitiu aumentos de frequências extremamente altos ao longo dos últimos anos.

Assim, a Intel só vai conseguir sair deste ciclo quando lançar o seu processo de 10nm, e como consequência disso mesmo, conseguir implementar uma nova arquitetura de processadores!



O problema é que os 10nm são uma autêntica fonte de problemas para a Intel

Portanto, o processo de 10nm tem sido uma autêntica pedro no sapato da Intel, trazendo para cima da mesa problemas de yields e de performance de transistores. Ou seja, a fabricante de micro-processadores ainda não conseguiu utilizar estas linhas para produzir em massa CPUs com muitos núcleos de processamento. (Que por sua vez têm de ter um bom potencial para frequências altas)

Aliás, caso não saiba, já existem processadores Intel baseados no processo de 10nm no mercado! Mas devido a todos os problemas mencionados em cima, são peças mobile quad-core com frequências demasiado baixas para serem uma ameaça.

Então, se a Intel está a ter tantas dificuldades, como é que os processadores mobile apresentam tantas melhorias ano após ano?

Pois bem, tanto a Apple como a Qualcomm, ou até a Huawei com a sua subsidiária HiSilicon, não possuem as suas próprias linhas de produção. Assim, não precisam de investir largos ‘biliões’ no desenvolvimento destas técnicas de produção, nem precisam de lidar com potenciais atrasos ou quebras de produção.

Aliás, estas empresas podem simplesmente escolher a melhor fabricante de silício do planeta, fechando acordos em que estas até se poderão adaptar aquilo que estas gigantes do mundo mobile necessitam em dado momento.

Em suma, a maioria dos ganhos de performance de um processador vem através da performance dos transistores

Dito isto, processos mais ‘pequenos’ (como o de 7nm utilizado pelo Kirin 990 ou Qualcomm 865) não só têm maior performance de transistores, como também têm uma maior eficiência energética, o que por sua vez diminui o calor produzido, possibilitando também o aumento de frequências.

Em suma, como a Apple, Qualcomm, Huawei, etc… Não precisam de se preocupar com este tipo de problemas, conseguem atingir resultados muito mais facilmente em comparação com aquilo que a Intel tem feito, que está neste momento forçada a otimizar ao máximo o seu processo de 14nm.

É devido a tudo isto que estes vendedores de SoCs ARM tiveram todo o tempo do mundo para lançar produtos realmente capazes de oferecer uma grande capacidade de computação. Aliás, é precisamente por isto que a AMD foi capaz de voltar do mundo dos ‘mortos’ (banca rota).


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